A segurança do uso de medicamentos em neonatos constitui-se uma problemática atual muito grande devido à falta de ensaios clínicos realizados nessa faixa etária o que faz com que os efeitos sejam ainda desconhecidos até serem empregados clinicamente. O neonato inserido em uma Unidade de Terapia Intensiva está sujeito a cuidados especiais e em sua grande maioria necessitam de mais de um fármaco, favorecendo no surgimento de reações adversas a medicamentos. Essas reações são efeitos indesejáveis ou prejudiciais ocorridos após a administração do medicamento. O presente estudo visa identificar e classificar possíveis reações adversas a medicamentos ocorridas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Regional da Asa Sul. Os dados foram coletados no período de julho a dezembro de 2011, com visitas diárias do pesquisador, inserindo no estudo pacientes com mais de 24 horas de vida e excluindo da amostra recém-nascidos com dados incompletos em seus prontuários, totalizando em 28 pacientes. O número de prescrições médicas foi de 597, tendo como média 21 prescrições por paciente, contendo cerca de 7 medicamentos em cada uma, sendo os medicamentos para manutenção do sangue e tratamento de órgãos hematopoiéticos os mais prescritos. Das prescrições e prontuários analisados 12 pacientes tiveram sinais que não eram associados ao quadro clínico de admissão e provavelmente provenientes de eventos indesejáveis dos medicamentos, resultando em as reações adversas. Foram observadas 28 características indesejáveis e então consideradas como reações adversas que foram classificadas e de acordo com seu tipo a maioria foram do tipo B, sendo moderadas e de acordo com a causalidade possíveis reações do medicamento.  Mostra nesse estudo a importância do farmacêutico e um serviço de Farmacovigilância nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, promovendo o uso racional de medicamentos e avaliando a segurança medicamentosa aos pacientes.

Palavras chave: Reações adversas, medicamentos, neonatos, prescrição, segurança.