A famosa terra da Garoa vive atualmente uma das piores crises hídricas de sua história, e em meio a diversos problemas em outras áreas sociais, São Paulo, tornou-se a nova Paris dos brasileiros e muitos estrangeiros que cá vivem.

         Após longos períodos de estiagem dos últimos cinco anos os muitos paulistas, e outros tantos habitantes da Selva de Pedras, passaram a conviver com a triste realidade da seca na metrópole. Banhos longos e cantarolas ao chuveiro são regalias extintas na vida do povo brasileiro, isto porque não somente São Paulo vive essa realidade que até então era coisa do Nordeste, Cariri, Juazeiro... Sampa?. ”-Sampa... não... e não”!

        Quando poderíamos imaginar que um dos temas mais cantados por Gal, Caetano, Gil, Drummond, Chico, Roberto Carlos, Martinho da Vila, entre outros cantores clássicos literários, um dia tornar-se-ia uma das maiores preocupações de todos os tempos para todas as gerações do mundo?

       Falar sobre a crise hídrica na atual conjuntura é tirar água só dos olhos, considerando-se que cerca de dois terços do Planeta Terra seja ocupado por água, ora sendo assim, podemos inferir que o volume total deste recurso seja de 1,4. 109 Km3. No entanto, somente 2,5%deste total pode ser considerado água doce, sendo que 69% estão contidos nas calotas polares e nos aquíferos subterrâneos profundos, restando um estoque de 11.106 Km3.

      No Brasil os avanços industriais por volta do século XIX, mais próximo da década de 60 aparecem os primeiros registros de documentos que já apontava a uma preocupação com o consumo da água e o crescimento desgovernado e mal distribuído na capital pelo poder público, o que já nos denota uma falha no sistema de gerenciamento populacional das cidades em relação ao acesso da água potável e os recursos hídricos.

      Dimensões geográficas e hídricas á parte, como podemos acreditar que as nossas torneiras estejam vazias? Se considerarmos a questão religiosa em pauta, pode ser que exista alguma lógica, devido à ganância do homem, a perda da identidade trocada por milhares de barris de petróleo, a compra de Passadena, o rombo da Petrobrás, a ausência do amor ao próximo, falta de respeito com a natureza e o meio ambiente, o homem querendo ser maior que Deus, Pais enterrando seus filhos, valores invertidos, entre outros que nos levarão a seguir por essa esfera do conhecimento e acreditando que seja realmente o final dos tempos.

       Contudo ainda que levemos tais argumentos em conta, desde 1.992, o Banco Mundial já alertava sobre a má distribuição dos recursos hídricos e a ausência de gestão do nosso bem milagroso, tanto no Brasil como no mundo inteiro, são poucos países que investiram em gerenciamento da logística reversa da água utilizada, aproveitada, e reaproveitada, inclusive para formação de adubo (ao solo) á agricultura.

          Tais países como: Comunidades da África do Sul que sofrem com a escassez de água estão utilizando uma técnica inovadora pra obter água potável para o consumo: aproveitam a neblina para extrair litros de água. No Brasil parece que São Paulo saiu do mapa quando assunto é chuva, nem os pedidos da reza do ministro das Minas de energia foram atendidos... Por que será hein?

        Em paisagens montanhosas e com clima úmido, como na cidade Tshiavha, a água da neblina é coletada por um sistema usado nos Andes e no Himalaia. Uma malha é esticada e canos são colocados logo abaixo para que as gotas caiam em um reservatório, enquanto isso no Brasil, o povo...?

        O povo sim tem buscado meios paliativos para driblar a falta da água, pois sabemos que nossos governantes trocaram á agua pelo ouro negro, e esqueceram que a grande maioria do povo depende dessa água, ainda que vinda do volume morto, ou dos céus, é a única que podemos matar a sede.

        Resumindo a novela das Águas, o que falta mesmo, é à força de vontade política e civil do povo brasileiro que não acompanha o gerenciamento de seus impostos pagos ás duras pena, e a falta de vergonha na cara desses corruptos e corruptores que acham que podem fazer o que bem entendem com a verba pública, e, só pensa em apagar o fogo quando o incêndio já se alastrou mundo afora, e a água já findou, já era, então será tarde demais.  Sendo assim como o pobre não viu o dinheiro nem o cheiro do petrolão, só nos restará então tomar água de esgoto, ou quem sabe desalinhar a água do mar, isso... Se as geleiras também não desaparecerem.

REFERENCIAS:

http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2011/novembro/comunidades-africanas-reaproveitam-agua-de-neblina  Acesso em 27/01/15 ás 16:43h

http://www.opovo.com.br/app/politica/ae/2015/01/25/noticiaspoliticaae,3382490/presidente-do-tcu-quer-reverter-decisao-sobre-pasadena.shtml Acesso em 27/01/15 ás 15:42h

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