Quando o inútil orgulho é colocado acima dos interesses da pátria, nada mais se pode esperar de um homem que se diz "público".



José Sarney de Araújo Costa, advogado (ou apenas bacharel?) e jornalista , tem sido denunciado por seus próprios atos. Nega-os peremptóriamente. Culpa o Senado, a instituição que preside já pela terceira vez, sendo que esta última, após ter sido presidente da República, por vias transversas.
Com todas as provas expostas como chagas à Nação, não pode ele pretender se creia tratar-se de um segundo Caso Dreyfus. Não terá Émile Zola algum para defendê-lo, pois Dreyfus era inocente ...

Na terminologia do Direito Penal, já é "dolo" e não mais "culpa" a classificação de seus inúmeros "feitos".
Quando se pensa que nada mais há a descobrir sobre o senhor feudal do Maranhão, emerge a mansão (sic): "erro do contador"...

Senhor Sarney... por gentileza, assuma, com o pouco de dignidade que lhe resta - se é que um dia a teve, assuma seus erros. Todos os dias afloram novas 'descobertas'...seus feitos por sua pessoa "ignorados" ..."enganos desse ou daquele...", menos seus...

Sua (sic) "história de 60 anos de vida pública" , deveria o senhor tentar apagá-la - se pudesse, ou "pagá-la", como um cidadão comum que é (não importa o que digam, 'somos todos iguais perante a lei') e não tentar culpar sempre os demais.

A verdade sobrepõe-se à mentira, senhor do Maranhão e, apesar de ter dado o nome de sua família para quase todas as obras daquele seu estado, o senhor o está manchando com a vergonha que não tem - mas que todo e qualquer homem de bem teria.

Ao contrário do que imagina, o senhor não tem nada do que se orgulhar, mas sim, do que se envergonhar.

Acima e além, agora agarra-se a uma posição que por direito não poderia mais pertencer-lhe, pois desrespeitou frontalmente a Constituição da República.

Sua biografia diz ser jornalista e advogado, mas o que se sabe é que sua profissão é a política. Instituiu, inclusive uma inovação:"política hereditária"... assim como as capitanias, os regimes monárquicos...

Só que as capitanias eram doadas por El Rei ... As monarquias tinham - e têm seus herdeiros... enquanto o nobre senador criou, com dinheiros públicos, um inadmissível e imoral feudo para os seus.

Senhor Sarney, deixe o cargo que não mais merece exercer e volte para seu estado de orígem antes que o povo - o mesmo que o elegeu - e toda a nação mesmo, revoltada, faça com que saia.

Ninguém mais suporta ouvir suas cantilenas monocórdicas.

O Brasil não merece o mal que lhe está o senhor a causar. Aliás, acompanhem-no todos quantos têm participado desses vergonhosos atos secretos de nepotismo, clientelismo e sabe-se lá o que mais há por debaixo dos tapetes persas sobre os quais os senhores todos caminham.

Uma vez que o senhor não se respeita, respeite, pelo menos, o país que lhe sustentou - e aos seus, como verdadeiros nababos por todos esses "60" anos.

Não é o cargo que dignifica o homem, mas o homem que dignifica o cargo.



PS - Senhores leitores, após ler o artigo abaixo, não pude conter-me tal é a indignação que sinto. E tive que escrever a matéria acima.

CONGRESSO EM CRISE


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse a Lula que não renunciará nem pedirá licença

José Sarney encontrou-se em 03/07 com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por quase uma hora e meia. Nesse tempo, os dois conversaram sobre a crise que atinge a instituição provocada pela série de denúncias de irregularidades --que vão desde atos secretos para nomear parentes até a descoberta que um neto de Sarney negocia contratos de empréstimo consignados para funcionários do Senado.

Sergio Lima/Folha Imagem Sarney deixa CCBB após encontro de uma hora e meia com Lula para discutir crise Aliados do Palácio do Planalto disseram à Folha Online que Sarney disse a Lula que não pretende se licenciar nem renunciar à presidência do Senado.

Lula, por sua vez, manifestou apoio a Sarney e disse que também entendia que não havia necessidade de saída do peemedebista do cargo. Um aliado de Lula disse que o presidente afirmou que as denúncias não justificam "movimentos arriscados".

A reunião entre Sarney e Lula ocorre logo depois da bancada do PT no Senado pedir o licenciamento temporário do peemedebista da presidência da Casa. Incomodado com a falta de apoio do PT, Sarney deu um ultimato e ameaçou renunciar. Lula entrou na negociação e avisou ao PT que a renúncia de Sarney provocaria instabilidade política ao país.

Sarney admite erro em justificativa, mas volta a culpar contador por omissão de casa Explicação de Sarney para omissão de casa diverge de informações dadas ao TSE

Enquadrado por Lula, o PT mudou de discurso. Ontem, o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), disse que a manutenção dessa proposta dependerá da orientação do presidente Lula. "É claro que o presidente influencia o partido e a minha combatividade está a serviço dele. Isso não significa submissão ou enquadramento do partido, mas não me peçam um ato ingênuo, espontâneo que coloquem em risco a governabilidade, que passa pelo PMDB e pelo papel do presidente Sarney", disse Mercadante.

Hoje, Mercadante disse que Lula entende que a saída de Sarney poderia trazer instabilidade. "O presidente Lula considera a crise grave e acredita que o melhor caminho é investigar com rigor, apurar os responsáveis e propor mudanças estruturais. Ele não concorda com a licença temporária porque para ele dificilmente Sarney voltará a presidir o Senado. Se ele sair, vai gerar uma crise política séria, um cenário de instabilidade", disse.


Divididos


Apesar da posição de Lula, Mercadante disse que a bancada petista ainda defende o afastamento temporário de Sarney.

Os petistas do Senado devem voltar a discutir a crise que atinge a imagem da instituição na terça-feira. "A bancada deixou claro ao presidente Lula que nós achamos que seria um gesto de grandeza o afastamento temporário de Sarney, seria uma contribuição para superar a crise", disse Mercadante.