Realizado, domingo, 7 de abril 2013, em Argel, trata da segunda conferência da Associação dos sábios e pregadores religiosos do Sahel, instituida por Argélia, em janeiro passado, descartando Marrocos, tal encontro é dedicado a discutir «o papel da mensagem dos sábios na divulgação dos valores de paz e da unidade nacional ».

 A conferência conheceu a participação de representantes de Argélia, de Niger, de Mali, de Burkina Faso, de Mauritânia e de Nigéria, mas pela primeira vez o evento não contou com apoio de Líbia e  Chade.

 Os atores expressaram a preocupação diante do emprego dos sábios e pregadores religiosos sobre os conflitos políticos. Eles apoiam as teses separatistas, em um momento em que tais encontros necessitam circonscrever os países influentes na região.  Deve reconhecer  Marrocos como um dos mais poderosos, sem manipulação nem cálculos  estreitos, especialmente poque o Conselho Supremo dos sábios no Mali tinha expressado o desejo de cooperar com cientistas marroquinos em prol do diálogo e do debate, para promover o pensamento centrista, em virtude das relações históricas que unem sábios  marroquinos e  malianos, desempenhando uma posição do meio entre os atores e os religiosos destes paises.

 Assim, o Conselho sublinhou que qualquer iniciativa destinada a reconciliação no Mali deve investir todos os atores, sem cálculos políticos, evitando manipulações e estratégias como no   fórum em África, cujas entrevistas realizadas pelo Conselho Científico Supremo e  Associação de cientistas, em Rabat, Marrocos.

 Por sua parte,  o sr Saeed Siddiqi, professor de Relações internacionais da Universidade de Sidi Mohammed Ben Abdullah, em Fez, explicou que Argélia sempre buscou excluir Marrocos dos fóruns do Sahel e do Saara. Pois convidar Marrocos para tais reuniões, seria um reconhecimento implícito do saara. O porta-voz do conselho, através do seu comunicado » ao jornal Renovação», frisou que as autoridades argelinas declaram mais de uma vez, Marrocos não faz parte dos Estados de Sahel-Saara.

 Mesmo se Argel se contradiz, enfrentar Marrocos é como se fosse um  verdadeiro jogador-chave pronto a reagir diante dos fóruns e conferências principalmente  sobre o Sahel e o Saara. Apontando também a recente crise de Mali, no qual Marrocos se mostrou eficaz na diplomacia durante os últimos meses, tanto nos países da África Ocidental, do Sahel e na região do Saara, chamando pelo reconhecimento internacional e regional do sara marroquino, como garantia a paz e harmonia no Magrebe Arabe.

 Siddiqi explicou que as instituições religiosas e os sábios revelaram um aspecto de concorrência entre  marroquinos e argelinos, possibilitando reforçar a  influência na região, bem como destacar uma preponderância em termos de equilíbrio de poderes em favor de Marrocos, devido à ligação das instituições religiosas e históricas da região. Isso fez com que  Marrocos permanecesse  sempre como patrocinador dessas instituições, como foi evidencia na Última visita do rei Mohammed VI para alguns países da África sub-saariana.

 O porta-voz do conselho considerou o apoio de Marrocos importantes no sentido de promover as negociações e suporte de sábios para o Sahel e Saara, delimitando os esforços dos religiosos e instituições. Sem que o papel dos atores  esteja corrumpido pela petição da base popular.

 O porta-voz do conselho denunciou o surgimento de novas expressões islâmicas influentes na área de defesa dos direitos humanos, bem como as chamadas pessoas da diplomacia espiritual que abriram novos canais para acomodar vários espectros islâmicos, manipulando os valores desta região, como  um baluarte estratégico de  Marrocos.

 Lembrando por fim que esta Associação tem sede em Argel, cujo Abdou Daouda Borimh do Estado do Níger age como  presidente, e Joseph, secretário-geral da Associação, tendo nomeado membros de cada um dos países do Sahel para sua Secretaria de Executivo.

 Lahcen EL MOUTAQI

Investigador universitario