Santos, Milton. Da totalidade ao lugar. S. Paulo. Editora da Universidade de São Paulo, 2005.

O Profº Dr. Milton Santos é baiano de Brotas de Macaúbas. Geógrafo e livre pensador brasileiro ganhador do premio Vautrin Lud em 1994 (o prêmio Nobel em Geografia), professor em diversos países (em função do exílio político causado pela ditadura em 1964), autor de cerca de 40 livros, é membro da Comissão, Justiça e Paz de São Paulo, entre outros.

Nesta obra o autor faz diversas analises sobre os aspectos objetivos e subjetivos do tema, e diz que a Globalização é um modelo para se compreender os diferentes aspectos da realidade deste tempo. O mundo esta cada vez menor e mais semelhante, nos costumes e desejos.

Os espaços se transformam para se adaptarem ás novas necessidades da sociedade. Há uma urgência em se criar e fabricar objetos modificando o todo, pois estes objetos não mudam com a mesma velocidade e com o mesmo tempo que surgem os desejos de consumo.

Para Santos, o espaço é o teatro de fluxos ou subsistema do espaço global, e que são esses fluxos que a cada fase se inova. Ele mostra que essa nova forma de se usar o tempo e o espaço são por conta do processo de cientificização, tecnicização e da informatização que são incorporados à globalização.

De acordo com o autor, a crescente interdependência entre governos, empresas nacionais e transnacionais são decorrentes do atual processo de globalização, e faz crítica ao fato dela privilegiar uma minoria em detrimento da maioria.

A globalização é o ápice da internacionalização do capital. É o outro nome dado ao sistema capitalista, ou imperialismo do capital transnacional, onde os Estados nacionais têm menos poder, e as multinacionais ou transnacionais dispõe de grande volume de capital. Esta obra mostra que a globalização também tem sua faceta na cultura, onde todos estão ligados via computador recebendo informações em tempo real, fazendo com isso a massificação das informações dos gostos etc.

Assim, pode-se concluir que a globalização é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e comercias e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta, porém só é vantajoso para quem detém o capital, conquistando com isso mais capital, fazendo um círculo vicioso, onde os países em desenvolvimento fiquem mais pobres, e os desenvolvidos cada vez mais ricos.