Sangue fraterno?

 “Por três crimes e pelo quarto, eu não vou perdoar: porque perseguiram seus irmãos com a espada, sem ouvir a voz do sangue fraterno, ...” ( Amós, 1:11 ...).

Como, alguém com a mente sã e coração dito símbolo do amor, a partir do nada, da não existência, sai criando seres e predestinando-os ao sacrifício e ao fio da espada, no seu jogo de vontades, opondo e confrontando os chamados por Si mesmo de “não meu povo e os chamados de Seus?”

Como, quem diz: “Eu sou o caminho, a verdade, a ressurreição e a vida” ( Jo 11:25; 14:6 ), é capaz de, quando nenhum ser da espécie humana existia, planejar e determinar à Sua direita: Abel, Sem, Isaac, Jacó, Efraim, ... e à Sua esquerda: Caim, cam, Ismael, Esaú, Manassés, ... e projetá-los às guerras “santas” e exterminar os ditos não escritos no seu “Livro da vida”, como se estes tivessem absorvido a maldade por conta própria?

Como um coração que só tem amor é capaz de erguer um tirano e dizer: “Já que vocês não ouviram as minhas palavras, eu mandarei chamar todas as tribos do Norte e também o meu servo Nabucodonosor, ... vou condenar todos ao extermínio, ...” ( como se o próprio não houvesse dito a Isaías no 6:8: “Vá, e diga a esse povo: escutem com os ouvidos, mas não entendam; olhem, mas não ... torne insensível o coração desse povo ...”)? E depois quer confundir: “ ... Você, Babilônia, foi o martelo, minha arma de guerra; contigo martelei Nações, homens e mulheres, velhos e jovens, ... mas eu devolverei a você e aos Caldeus, todo o mal que vocês fizeram a Sião. ... Nabucodonosor me devorou; ...” ( Jr 25:9; 27:6; 28:11 ...; 51:20-24,34 ...).   

Como um coração que só tem amor ergue um guerreiro e ordena-o que avance: “sem piedade”, e passe ao fio da espada até os recém-nascidos? (Is 13:16, 18; Ez 9:5, 6; 21:8, 9, 22).

Como um coração cheio de amor planeja Suas guerras “santas” e ordena rasgar os ventres das grávidas ao fio da espada (2Rs 8:12; 15:16; Oséias 14:1,) e depois condena alguém por ter cometido os mesmos crimes?

Como um coração que só tem amor pode ordenar: “Devore todos os povos que seu Deus entregar a você. Não os trate com piedade, ...” Como se as vítimas tivessem o poder de criar suas próprias vontades?  (Dt 7:16; 1 Sm 15:1-3,8; 22:19 ...).

Como um coração que só tem amor é capaz de ordenar: “Quem for encontrado, será transpassado; quem  for alcançado, morrerá ao fio da espada. Suas crianças

 

 serão despedaçadas diante de seus olhos; suas casas serão saqueadas e suas mulheres serão violentadas. ... Pois a minha espada ficou embriagada no céu”? (Is 13:15 – 18; 34:2,5;); e ainda dizer:  “Veja! Fui eu quem criou o ferreiro que sopra as brasas no fogo e produz ferramentas de trabalho. Mas também fui eu quem criou o exterminador para arrasar. ...” (Is 54:16; Jr 20:4); fazendo até o profeta desejar não ter nascido (Jr 20:14-18). E declara sem nenhum sentimento de compaixão: “Eu formo a luz e crio as trevas; sou o autor da paz e crio a desgraça (Is 45:7). ... Exterminar todos pela espada (Js 6:21; 8:24; 10:1-39; 11:11-14,16,17; 19:47;  Jz 1:8,25; 4:6-16; e Deus marcha na frente, 18:27,28; 1Sm 15:3-8; sem piedade até com as crianças; Jr 21:5 ... Eu mesmo vou guerrear contra vocês com mão forte e braço estendido, ez 26:6,11; 28:7,8,23; 30:1-26; e o país ficará coalhado de mortos; 32:11 ...)

Quem com um coração cheio de amor diria: “... Vou tirar da bainha a minha espada para matar tanto o justo como o injusto ...” ? (Ez 21:8,9). Que mal o justo fez, além de obedecer seus mandamentos?

O que faz germinar num coração cheio de amor, a capacidade de dizer e fazer: “Eu fiz você (o Faraó) nascer precisamente para mostrar em você o meu poder”? (Rm 9:15-17); e aos filhos de Rebeca, quando ainda não tinham feito nada de bem ou de mal foi dito: “ Em seu ventre há duas nações, dois povos se separam em suas entranhas. Um povo vencerá o outro, e o mais velho servirá ao mais novo”. (Gn 25:23; Rm 9:13; Ml 1:2,3).

Quem, com um coração paterno diria aos seus: “... seus cadáveres cairão neste deserto ...”, (Nm 14:29)? Ou: “... seus cadáveres estão pelas ruas como lixo ...”, (Is 5:25 ...)?

Como, alguém que só tem amor no coração, após expandir estas duas Nações criadas pela sua própria vontade, promove a perversidade, como se não fosse Ele o Autor dos Planos e Projetos, aos quais vitimou os que criou e os chamou de “não seus”, e aos brados ordena: “Matem, sacrifiquem, despedacem sem piedade ... (Nm11:33,34; 16:21-35; 17:6-15; 21:6; 25:5 ... ; 31:17; Dt 2:34; 7:2,16; 19:21; 20:16-18; Js 11:20; 1 Sm 15:2,3; Is 13:15,16; Ez 5:11; 9:5,6; 21:8,9; ... ), e assim é todo desfolhar do velho testamento, horrorizando e persuadindo as gerações futuras aceitarem ser frutos da desobediência. E mostrando a quem Ele de fato ama e é fiel, diz: “E, então, como se cumpririam as escrituras, que dizem que isso deve acontecer?” (Mt 26:54). 

Não argumentem a falta de obediência, pois o que foi dito e feito com os filhos de Rebeca, com o Faraó e com os reis: “De fato, Deus tinha endurecido o coração desses reis, para guerrearem com Israel, a fim de que fossem exterminados sem piedade e

 

completamente destruídos, como Deus tinha ordenado a Moisés”, não deixa muito espaço para justificativas (Js 11:20).

O verdadeiro Amor teria mandado circuncidar o coração (Jr 4:4) e dar um Espírito novo a cada um; (Ez 11:19,20; 36:26,27); jamais optaria por sacrifícios macabros justificados por “Planos, projetos, Caminhos Is 55:8) e Números” (Ap 6:11), imaginados por uma Mente capaz de impor coisas como: “... Comerão a carne dos próprios filhos (Lv 26:29; Dt 28:53; 2 Rs 6:28,29)

Você trataria os seus filhos como Ele trata os Seus?