Enfim estamos nós, em um mergulho duro e profundo,
nesta mágica estrada que nos chama.
Estrelas e nuvens, desgelo dos sentidos,
aquece no fundo,
ligados pela mãe a terra nos quer,
entrelace, diástole,
balança mas não cai,
somos nós a um passo de achar.
Líquidos, nos perdemos e nos achamos,
o vento não para,
nos acalma
e nos brinda com champagne de bosta de vaca.
Faculdades mentais
possuímos poucas,
todos sabem,
ou melhor não sabem o gosto de enroscar
mergulho de almas em um abismo de infinitos
com doces flores e fadas massageando-nos em um jardim
que só os impuros experenciam e vêem.
Eles não sabem do que digo.
sei que abracei-a para cairmos
e sentir o toque do que não existe descrição,
a cidade fantasma,
das almas
dos sentidos perdidos
que ecoa dor e amor.
Seja lá o que for.
Não quero sair
me deixe com cheiro de perfume de flores e mato,
lambuso a alma com cheiros, gostos e cores
com potência amo com urgência
e sinto a bailar (mentira).
O voltar é de pensar e raciocinar,
deixa pra lá.
Sentimos o que nos invade,
é um apoderamento que não se evita,
deixa rolar
brisa com maracujá.
Pálida eu quero entrar,
bato a porta
não sei a senha
não sei escalar.
Escravo.
Ganho espaço,
ganho seu ar,
já não há para voltar.
Escape sem se machucar.
Vem pensar.
Noite se aproxima,
eles vão vir nos buscar,
medo de gostar.
Perdemos ou perderemos.
Entrega.
Dança de almas vou te ensinar.
Dá-me a mão e estarei lá.
Fonte de marmelo,
mel,melado,jorumelo,
capim-limão,cheiro de pão.
Você veio aqui,
se vão os poderes de um homem que quer estar com uma mulher.
Casas de esferas
diedro de mulher,
figuras geométricas
brincam em seu pé,
mão
e coração.
Só os impuros vêem,
os desenhos se misturam
já não sei quem és.
Só quero me perder,
entrar sem bater
e ser contigo
sem doer.
Não agüento mais a falta de chão
tamanha solidão
não quero perdão,
quero entrar nesta cidade mágica
figuras em quarta dimensão,
beber e comungar
tu e eu
todo prazer de viver
e nos encher de morrer.