A posição relativista de muitos sobre a indústria de celulose e papel em relação a seus potenciais impactos ambientais contrasta com seu importante papel no desenvolvimento sustentável. Seria inconcebível contestar a importância desta indústria no atendimento das necessidades atuais e futuras da sociedade. Por isso, neste estudo o foco são os efeitos sobre os seres humanos em termos de riscos ocupacionais relativos à variedade de substâncias químicas aplicadas no processo de polpação Kraft. Os compostos químicos envolvidos são potencialmente perigosos para a saúde humana. Sob este aspecto as atividades relativas ao estudo dos fundamentos de limites de tolerância de exposição em qualquer substância química são importantes e necessárias antes mesmo de definir se um indivíduo ou grupo submete-se a exposição que venha a causar danos à saúde e meio ambiente. Assim, o envolvimento dos compostos químicos no processo requer abordagem sistemática nas reações químicas com outras substâncias integradas na transformação de celulose e papel. Sob este aspecto alguns fatores são fundamentos nas atribuições de gerenciamento dos riscos:  Natureza do agente,  Intensidade e duração da exposição,  Susceptibilidade da pessoa,  Ambientes expostos. A possibilidade de integrar os riscos, em princípio comuns, transforma o modo como às pessoas interagem com os efeitos das emissões químicas sob a interação do organismo humano com elas. Por suas características iminentemente corrosivas, o processo de produção de celulose e papel oferece permanentemente riscos para a pele, mucosas e outras situações com forte estímulo a corrosão. Sob o aspecto térmico, a exposição pode produzir o metabolismo basal 2 , doença cujos efeitos não são perceptíveis de forma imediata, mas lentamente através das alterações do metabolismo. 2 Energia mínima despendida para manter funções vitais como respiração, circulação, tono muscular, temperatura corporal, atividade, granular, etc. O aumento de riscos nas atividades relativas ao processo de celulose e papel pode crescer ou decrescer de acordo com a forma como são repassadas as informações das causas e efeitos adversos nas diversas reações químicas e os possíveis riscos que elas representam para as pessoas envolvidas direta ou indiretamente. Obvimente isso é compreensível sob o ponto de vista do atendimento das necessidades dos fabricantes de celulose e papel, principalmente nos processos de reciclagem. O repasse de informações sobre as situações de riscos a que as pessoas se expõem representam desafios permanentes na atualização e minimização das sequelas a saúde e meio ambiente. Então não deve haver intercadência em cada estágio de produto assim como em cada fase do seu ciclo de vida Neste estudo um dos fatores considerados é a concentração “upfront” (à frente) na fase de gerenciamento dos riscos a saúde sob o aspecto de que isto pode proporcionar aos gestores de processo de celulose e papel oportunidades de materais e processos, concepção de produtos bem como seleção dos possíveis danos à saúde que os sais dos ácidos podem representar na causa dos danos ao organismo dos operadores nesse tipo de processo. MATERIAL É MÉTODO De acordo com relatórios das atividades de consultoria, corroborados com consultas a ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY – USA ANALYTICAL METHODS FOR LHE DETERMINATION OF POLLUTANTS IN PULP AND PAPER INDUSTRY/OFFICE PULP AND PAPER INDUSTRY. Os compostos químicos, entre os diferentes métodos utilizados no segmento de celulose e papel são os seguintes:  Metanol,  Ácido hidrofluorídrico,  Amônia,  Ácido sulfúrico,  Clorofórmio,  Epicloridrina,  Dióxido de sódio  Sulfato de alumínio, mais aplicado em processo de reciclagem. Com uma visualização mais ampla no processo ativo de celulose e papel, é possível deduzir que reações no imenso volume de água requerido pelo processo somado aos compostos químicos e outros aditivos químicos utilizados no ajustamento são prenúncios de problemas complexos para a saúde das pessoas e o meio ambiente. Em média, a cada tonelada de papel produzida o volume de água é cerca de 100.000 litros que circula entre o inicio e fim do processo. Essa água + os compostos químicos são usados efetivamente nos estágios de:  Fragmentação da pasta de celulose,  Fragmentação de sucatas de papelão (no reciclo),  Limpeza da massa,  Depuração,  Refino,  Tratamento químico,  Etc. Então, a minimização dos riscos a saúde e meio ambiente está diretamente relacionada com a reutilização de água, contendo traços de compostos químicos perigosos. Esses compostos não são os únicos relacionados com esse tipo de processo. Na reciclagem, a matéria prima principal, as aparas de papel, geralmente contaminadas por outros materiais desconhecidos podem produzir reações diferentes das programadas. Essas reações podem resultar em emissões com probabilidades de danos a saúde dos indivíduos envolvidos. Sob este aspecto aqui se entende que em se usando componentes químicos, os processadores disponham de boas práticas de laboratório, pois só assim é possível um gerenciamento de riscos seguro. Por uma série de variáveis, muitas vezes o interesse restringe informações. Felizmente essa situação leva alguns a uma realidade característica daqueles que se ocupam com a ciência pela busca de conhecimentos cada vez mais acurados dos dados da experiência. Então, a busca permanente de facilidades no entendimento dos riscos sob o aspecto de preservação da saúde e meio ambiente é importante e necessária. No obstante, este estudo visa contribuir com uma sistemática de gerenciamento de riscos com foco na percepção desses riscos, não somente no processo de celulose e papel, mas em outros processos que envolvam substâncias químicas perigosas. Uma análise parcial do processo. É válido ressaltar que o processo de produção de celulose e papel envolve impacto agressivo sobre as máquinas e equipamentos em função da acidez. Sob o ponto de vista de exposição aos riscos, estão mais expostos a diferentes tipos de falhas, notadamente o estresse e corrosão. Por isso o gerenciamento da exposição aos vapores impregnados de compostos químicos ácidos requer planos de prevenção, elaborados com a participação de funções multidisciplinares, questões aqui relevadas. Sob este aspecto, é importante que os profissionais do segmento de engenharia química entendam o contexto de forma que lhes permita definir as atividades de gerenciamento de risco em sincronismo com as demais atividades no processo. A título de sugestão cabe dizer que metodologias multicritério e engenharia simultânea são ferramentas úteis na abordagem sistemática em um sistema integrado em concomitância com os compostos químicos e outros materiais envolvidos neste tipo de processo. Na realidade o propósito é chamar a atenção para o papel de abordagem na motivação dos operadores sob o cuidado de considerar desde o início as probabilidades das emissões possíveis. Os elementos relacionados a essas probabilidades são os riscos que a exposição representa para a saúde, segurança e meio ambiente. Variáveis a ser consideradas sempre. Naturalmente os objetivos corporativos são necessários, no entanto em alguns casos os planos de previsão são caracterizados por prognósticos formados por conjecturas e estimativas sobre eventos e situações futuras. Partindo do principio de que em processos de transformação química as alterações ambientais podem antecipar ou atrasar reações fisicoquímicas então é valido afirmar que estamos sujeitos a situações complexas pela própria subjetividade. No contexto de análise dos riscos de exposição aos compostos químicos usados no processo de celulose e papel o uso de conjecturas não é uma boa prática, principalmente por que um plano de prevenção só atenderá seu objetivo quando desenvolvido a base de dados realistas obtidos dos ensaios de laboratórios, experiência anteriores, ações mútuas, interatividade nas trocas de informações e conhecimentos muldisciplinares. Estes critérios são fundamentos importantes, inclusive para os prognósticos, cujo monitoramento e ajustamentos podem ser necessários em função de possíveis variações no ambiente da prática industrial no estágio de secagem do papel, quando as folhas molhadas em formação são passadas por uma cadeia de cilindros contendo vapor saturado, numa atmosfera de ar povoada por indivíduos que respiram partículas aeradas e imperceptíveis arrastadas por vapores impregnados de compostos ácidos com potencial de provocar doenças laborais como, irritações intermitentes e contínuas. Notadamente, doenças pulmonares provocadas pela inalação além de doenças de pele em função da acidez. Numa visualização mais geral do ambiente onde se processa celulose e papel é possível assimilar a tendência de exposição continuada por causa das condições pesadas em que as fábricas operam. Etapas como o ciclo de processamento, altas pressões, altas temperaturas e vapores no estágio de secagem requerem acompanhamento contínuo como forma de precaução a riscos a segurança e saúde dos operadores. Nos últimos anos vem sendo aplicada tecnologia de secagem por aplicação de vapor superaquecido em contato direto com a folha evaporando a água por contato direto; assim arrefecendo o vapor superaquecido. No entanto este método só é aplicável em sistema fechado onde o vapor excedente é reaproveitado. Este método ainda não é aplicado na maior parte dos processos de celulose e papel.

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