Este artigo tem a intenção de alguma forma colaborar ou chamar a atenção dos RH’s, para o que esta acontecendo no mercado e que de alguma forma tenho a impressão que poucos estão observando.

Quando alguém fica desempregado e busca uma recolocação no mercado, o que ele mais quer é que, pessoas que estão precisando de profissionais qualificados, no mínimo consigam ler e entender, o que esta expresso no Currículo, que demorou horas a ser confeccionado, até ficar em um padrão aceitável pelo próprio autor.

Sabemos hoje, que sessenta por cento das vagas, são fechadas através de indicações, headhunters, ou empresas de consultoria, porém o que fazer com os outros quarenta por cento.

RH’s das empresas, discursam diariamente a busca e retenção de talentos, porém na prática isso esta muito longe de acontecer.

Não tenho formação específica em RH, sou Bacharel em Administração e meu foco durante vinte e cinco anos, sempre foi área comercial, portanto minha opinião neste e pautada em conhecimento teórico, através de várias bibliografias focadas em RH e cases profissionais ocorridos, no decorrer da minha vida, o qual citarei, em seguida.

Em alguns casos, fica nítido que o recrutador, nem sequer desprendeu de quinze minutos, para ler o seu Currículo, pois quando você chega à entrevista, às vezes nem o seu nome ele sabe.

Os fatos a seguir, são todos verídicos e por uma questão ética, não citarei nomes de empresas.

“ fui chamado à uma entrevista, tudo correu dentro do “praxe”, qual sua experiência? pontos fortes? pontos fracos? etc.  Ficaram de dar um retorno. Três dias depois, me liga uma outra pessoa da mesma empresa, solicitando a presença em uma entrevista. Chegando lá, era para mesma vaga,  informei que já havia participado de uma entrevista, três dias antes. A pessoa informou que não havia nenhum registro sobre isso e tive que falar tudo novamente e a mesma resposta, “daremos um retorno”. Depois disto, mais nenhum contato, via telefone, email ou qualquer tipo de comunicação.”

“ Em outra, fui contratado e marcou o dia do início,  pedi demissão de onde estava, quando cheguei lá, surge a surpresa, me informaram, que a vaga por motivos internos, havia sido vetada. Como tinha emails, de todo processo, após dois meses de conversas amigáveis, iniciei na empresa, porém com uma sensação de que não estava em uma empresa séria”

“ Estava trabalhando e recebi uma ligação em meu celular, sobre uma vaga, perguntei qual era a empresa,  fui surpreendido novamente, pois era a empresa na qual trabalhava já há três anos, informei que já era funcionário.”

“ fui chamado à uma entrevista, após a mesma, ficaram de dar um retorno.  Um mês depois, me ligaram novamente, pensei que era um feedback, sobre a primeira entrevista, porém quando cheguei lá, a mesma pessoa me entrevistou novamente, para outra, vaga e sequer lembrava  que me entrevistou um mês antes, durante o período da entrevista, é que fui lembrando à mesma, de que já havia falado comigo, sem constrangê-la.”

Estes são apenas alguns fatos citados, o qual me dá embasamento para falar que o departamento de RH, deverá ser repensado em algum momento. Estou falando aqui de empresas multinacionais, como será então nas empresas de pequeno e médio porte?

O básico de um RH, em minha opinião e ter a obrigação de manter um banco de dados de candidatos, o qual poderá dispor a qualquer momento. Dados os quais deverão se aprofundar e ter um histórico do candidato, se já foi entrevistado? em que mês e ano? para qual vaga? O motivo da não contratação? para evitar ou sanar futuros erros de interpretação.  

Existem outras situações, vivenciadas por amigos, as quais não citarei, pois vou ficar mesmo só nas minhas experiências, porém tenho certeza que a maioria, já passou por algum equivoco ou constrangimento, com relação ao tema RH e contratação.

Descrevi apenas a opinião externa, na hora da contratação, a hora crucial da entrevista, que é o cartão de visita de qualquer profissional e onde poderá ser decidido a sua contratação ou não.

Se nos aprofundarmos, nos meandros do RH, visto pelo público interno, teremos muito mais a pontuar, porém isto ficará para uma outra oportunidade, onde falarei também das consultorias e empresas que prometem a sua recolocação no mercado.

Existem vários profissionais no mercado, e uma parte destes, estão preparados a ser à  diferença dentro de qualquer empresa, porém com a forma que é tratado, hoje o processo de contratação, com certeza a empresa não terá o melhor profissional, entre os apresentados, pois este ficará no meio do caminho, por falhas no tratamento deste primeiro contato.

Os profissionais estão preparados para o mercado, porém creio, que o RH, não esta preparado para os profissionais.