Quando o fim chegar

Quero me sentir satisfeita

Sem sombra de qualquer lamento

Talvez por isso seja intensa

Essa minha geografia

Verbalizando a dor

Nessa metamorfose ambulante

Passeio pela vida

Num compasso de dança

Despertando a alma

Que se expande e transborda

Transpira por todos os poros

Alimentando-se  de prazer.

O corpo muda e se reiventa

Imagem  que por si só não é densa

Para viver como uma onda

Na  natureza generosa

Fazer  uma releitura diferente

Embalando  coisas preciosas

Tendo olhos que se aguçam

Na imensidão azul

Para mergulhar sem medo

Encontrar a calma

Num céu tingido de anil

São pedaços de mim

Numa moldura antiga,

Imagem despretensiosa

Em nenhuma forma de textura.