Do mesmo modo que a frase não é uma simples sequência de palavras, o texto não é uma simples sucessão de frases. É um conjunto limitado de informações que seguem sobre um eixo de sucessividade.
Duas principais espécies de relações mantém interligados os elementos construtivos da significação do texto: as relação e lógicas e as relações de redundâncias. Ambas, executam um duplo movimento que chamamos de antecipação e de retroação. Os mecanismos de repetição favorecem o desenvolvimento temático, permitem um jogo regrado de retomadas a partir do qual se fixa um fio textual condutor.
As relações que definem a estrutura temática do texto esclarecem-se num campo nacional de múltiplas dimensões. Entendem-se a outros eixos da significação, tais como as práticas intertextuais, as operações metalinguísticas, e os procedimentos que asseguram coesão e coerência ao texto.
As práticas intertextuais inscrevem o texto novo num campo intelectual já conhecido do leitor que predetermina o texto e lhe assegura a previsibilidade, desde a simples reminiscência até a citação.
As operações metalinguísticas consistem em preposições equacionais que surgem desde que há incertezas. No texto metalingüístico há uma dinâmica prevalentemente articuladora, as referenciais apontando para si próprio.
Os procedimentos que asseguram coesão e coerência do texto são as relações semânticas entre lexemas e é um importante instrumento articulatório do texto e a co-presença de traços semânticos, a simples iteração e a substituição léxica.
A incoerência do texto decorre da incompatibilidade entre aquilo que ele descreve e os fatos da realidade.
A coesão diz respeito aos modos de interconexão dos componentes textuais; a coerência refere-se aos modos como os elementos subjacentes à superfície textual tecem a rede do sentido. A coesão funcionando como efeito da coerência, ambas cúmplices no processo de articulação do texto.