No dia 08 agosto de 2013 na volta às aulas, foi proposto pela docente Roselba, a exibição do filme “Black”, iniciando exatamente as 08h da manhã, durando cerca de aproximadamente 02h de filme.

O filme narra a história de uma moça jovem com o nome de Michelle, que convivia com suas deficiências auditiva e visual (surda e cega), que não tinha domínio sobre suas maneiras de agir, suas limitações bastantes restringidas, devido à não preparação da sua família para saber tratar da situação em que Michelle estava exposta, fazendo com que a jovem, de semblante doce e meiga passasse a ser uma moça violenta, muito triste e sem esperança de vida. A negatividade do pai em relação a Michelle só agravava ainda mais a situação de encontrar melhorias à sua filha, pois, o próprio pai desacreditava na ciência e na capacidade de sua filha.

Pelo filme é perceptível o envolvimento da mãe de Michelle em procurar soluções e curas para sua filha. Afetos eram possíveis somente para com a mãe de Michelle. Devido à má preparação da família, principalmente do pai da jovem, a moça era considerada por muitos como um ser insociável, causadora de muitos problemas, como muitos por ai, costumam dizer: é “um encosto”.

Finalmente a família encontra um professor, o senhor Debraj Sahai que com sua capacidade pudesse interagir com Michelle e assim ensinar a moça surda e muda. Ensinar a partir das suas limitações, respeitando as necessidades físicas e cognitivas da adolescente. No momento em que o filme retrata a chegada do professor a casa de Michelle e quando ele a encontra debaixo da cama e se aproxima da adolescente e ambos começam a trocar carinho, ela o toca no óculo dele e ele a presentear com os óculos, percebe-se que a partir daquele momento a relação entre o professor e Michelle vai se consolidando, passando assim confiança à moça. O momento em que o professor vai ensinar Michelle a fazer refeição na mesa, à usar os talheres, é muito desesperador para a adolescente, por isso sua revolta, aquilo para ela, era algo novo, e tudo que é novo de certa forma, nos causa um ‘impacto’. Graças ao bom desempenho do professor, que fez com que as habilidades de Michelle fossem se desenvolvendo, foi possível a transferência da adolescente para uma escola de pessoas “normais”.

Enfim, o filme vem mostrar a real situação das pessoas portadoras de necessidades especiais, bem como a má preparação dos seus familiares para conviver com a diferença, e agregar a valorização e a relevância da formação docente na área das pessoas com necessidades especiais. Sabemos que o corpo docente é muito deficitário quando se trata do assunto. Neste sentido, a formação continuada e o engajamento do professor são essenciais para sua efetividade docente e para o bem estar social e intelectual de ambos.