Resumo de novum organum
Publicado em 23 de março de 2011 por Daniel Leite da Silva Justino
Por Daniel
BACON, Francis. Novum Organum. (tradução de José reis de Andrade). São Paulo: Nova Cultura, 1997, p. 33- 98.
Resumo
Francis bacon, publicou em 1620 sua obra mais famosa, o Novum Organum, que, na intenção do autor deveria substituir o Organum aristotélico. Nesta obra Aristóteles apresenta sua lógica, essencialmente dedutiva, que deveria conduzir a filosofia à verdade. Bacon filósofo da modernidade opõe a esse método do estagirista e propõe um novo método, a indução por eliminação. A primeira parte da obra (a única que deteremos), chamada de interpretação da natureza e o reino do homem, o filósofo preocupa-se em demonstrar que os métodos vigentes, o dedutivo na filosofia e o indutivo por enumeração em algumas ciências eram improdutivos. Associado a isso havia também os bloqueadores da razão que ele chamava de ídolos e por fim apresenta um novo método que visa à produção de conhecimentos mais coerentes. O problema da dedução é que ela em vez de interpretar a natureza, procura antecipá-la, deixando de lado o experimento e, baseando-se em axiomas gerais, julga tudo e fornece uma explicação para tudo, ou seja, constrói noções prematuras da natureza por utilizar um método inadequado. Por isso, conclui ele que, a lógica tradicional era inútil para a pesquisa das ciências e para a filosofia. Como também a indução numérica cujos axiomas são extraídos indevidamente, por meio de uma passagem rápida e ilegítima de poucos casos particulares para o universal. Além de criticar o método vigente da época, apresentou os bloqueadores da razão humana, para o filósofo, aqueles que se detinham as especulações científicas e as reflexões filosóficas deveriam ter cuidado com os deturpadores da verdade que ele chama de ídolos. Esses são falsas noções que invadem o intelecto humano, tornando difícil o acesso à verdade. Há quatro tipos de ídolos: o da tribo, que é estruturada a partir da natureza humana, por causa da influência das vontades e dos afetos humanos; o da caverna que tem por base a individualidade, que é influenciado pela educação, os hábitos e costumes; o do foro que se origina das relações sociais há influência da linguagem; o do teatro que derivam das doutrinas filosóficas. Ao apresentar estes obstáculos da razão, bacon afirma que há a necessidade de um auxílio para a razão, por isso, estabelece uma nova lógica indutiva por eliminação. Esta consiste em extrair dos fatos particulares axiomas (médios) interpretativos da natureza, afim de, obter conhecimentos gerais mais seguros. A indução proposta por Bacon é chamada de eliminação, pois visa a partir de uma idéia básica de determinado fenômeno eliminar as hipóteses falsas com o intuito de fazer valer uma teoria verdadeira. Por tanto estes são as três temáticas trabalhadas por Bacon na primeira parte, criticar os métodos vigentes, expor os bloqueadores da razão e apresentar um novo método para a filosofia.
BACON, Francis. Novum Organum. (tradução de José reis de Andrade). São Paulo: Nova Cultura, 1997, p. 33- 98.
Resumo
Francis bacon, publicou em 1620 sua obra mais famosa, o Novum Organum, que, na intenção do autor deveria substituir o Organum aristotélico. Nesta obra Aristóteles apresenta sua lógica, essencialmente dedutiva, que deveria conduzir a filosofia à verdade. Bacon filósofo da modernidade opõe a esse método do estagirista e propõe um novo método, a indução por eliminação. A primeira parte da obra (a única que deteremos), chamada de interpretação da natureza e o reino do homem, o filósofo preocupa-se em demonstrar que os métodos vigentes, o dedutivo na filosofia e o indutivo por enumeração em algumas ciências eram improdutivos. Associado a isso havia também os bloqueadores da razão que ele chamava de ídolos e por fim apresenta um novo método que visa à produção de conhecimentos mais coerentes. O problema da dedução é que ela em vez de interpretar a natureza, procura antecipá-la, deixando de lado o experimento e, baseando-se em axiomas gerais, julga tudo e fornece uma explicação para tudo, ou seja, constrói noções prematuras da natureza por utilizar um método inadequado. Por isso, conclui ele que, a lógica tradicional era inútil para a pesquisa das ciências e para a filosofia. Como também a indução numérica cujos axiomas são extraídos indevidamente, por meio de uma passagem rápida e ilegítima de poucos casos particulares para o universal. Além de criticar o método vigente da época, apresentou os bloqueadores da razão humana, para o filósofo, aqueles que se detinham as especulações científicas e as reflexões filosóficas deveriam ter cuidado com os deturpadores da verdade que ele chama de ídolos. Esses são falsas noções que invadem o intelecto humano, tornando difícil o acesso à verdade. Há quatro tipos de ídolos: o da tribo, que é estruturada a partir da natureza humana, por causa da influência das vontades e dos afetos humanos; o da caverna que tem por base a individualidade, que é influenciado pela educação, os hábitos e costumes; o do foro que se origina das relações sociais há influência da linguagem; o do teatro que derivam das doutrinas filosóficas. Ao apresentar estes obstáculos da razão, bacon afirma que há a necessidade de um auxílio para a razão, por isso, estabelece uma nova lógica indutiva por eliminação. Esta consiste em extrair dos fatos particulares axiomas (médios) interpretativos da natureza, afim de, obter conhecimentos gerais mais seguros. A indução proposta por Bacon é chamada de eliminação, pois visa a partir de uma idéia básica de determinado fenômeno eliminar as hipóteses falsas com o intuito de fazer valer uma teoria verdadeira. Por tanto estes são as três temáticas trabalhadas por Bacon na primeira parte, criticar os métodos vigentes, expor os bloqueadores da razão e apresentar um novo método para a filosofia.