“Resumo” Da nossa escola primária ( FREIRE;GUIMARÃES)

Cláudia gomes

O artigo sobre Educação vol.I da editora Paz e Terra,(pág.35-49) Diálogos entre Paulo Freire e Sérgio Guimarães, retrata o centralismo da educação diante de uma atitude política, os descasos dos governantes em propiciar as classes menos favorecidas uma educação de qualidade desprendida de interesses em elevar o nível de capacitação dos docentes e intelectuais dos estudantes das massas populares.
Faz refletir na necessidade de uma democracia na gestão educacional a começar no planejamento escolar que deverá ser voltado para a realidade local de acordo com as vivências de cada região. Ressalta que os mesmos deveriam reunir-se para discutir de maneira geral os conteúdos a serem aplicados reforçando o aprendizado.
Numa comparação entre a educação atual e de 20anos atrás, ele mostra que diante da tecnologia e métodos avançados a mentalidade dos educando não evoluiu, continua apegada aos velhos livros e conceitos e o governo ilude as estatísticas de pesquisa do rendimento do ensino no país, usando como referência escolas particulares que possuem número menor de alunos e mais recursos para oferecer como ferramenta de estudo. Em sua crítica aponta a desvalorização do educador como principal fracasso do ensino, uma vez que os alunos estão à frente dos seus educadores no que diz respeito às tecnologias e modernidade, por outro lado distantes do conhecimento de sua realidade local, encharcados de informações e empobrecidos de conhecimentos. Adverte que, somente uma escola centrada democraticamente no seu educando e na sua comunidade local, levará seus estudantes a uma nova postura diante dos problemas de seu contexto, Freire lembra a luta de Anízio contra o centralismo ao citar o livro escrito pelo mesmo com o título de Educação Não é Privilégio, abordando a necessidade de pesquisar o meio de vida da comunidade local incluindo os estudos utilizando a prática como concreto.
A falta de estímulos parte dos governantes que abarrotam salas de aulas impondo limites de35 a 40 alunos por sala, onde a professora terá que atender um a um para realizar um trabalho de qualidade, nesse ritmo a defasagem da educação aumenta, e crianças desestimuladas desistem de querer aprender, sentem-se eliminadas pela falta de perspectivas futuras. O educador sente-se desamparado  com falta de desestrutura física e material que lhe dê suporte, provocando descontentamentos falta de entusiasmo diante das impotências que se enfrenta, e sentem-se desrespeitadas na sua profissão que é uma das mais nobres e menos bem pagas do país.
Desde a escola primária de Paulo Freire até as atuais, existe um imenso avanço tecnológico e mudanças notáveis na educação, porém necessitamos de condições iguais para as classes populares, o governo deve fazer sua parte, que é acolher a educação como o bem maior da sua população, o professor deve refazer-se no amor pelo ensinar unindo-se com os de mais para discutir suas aulas e descobrir maneira descontraída e convidativa para o aluno desejar o conhecer e o aprender, tornando independente seu educando, fazendo-lhe compreender seu potencial de cidadão que tem vez e voz, acabando com a discriminação das classes menos favorecidas, uma vez que esse é o processo pleno de transformação social de qualquer sociedade.
Faz-se necessário uma auto avaliação por parte dos educadores para reverem seus conceitos de ensinar para a Vida, pois as crianças agem  de acordo com os reflexos recebidos dos seus professores. Nota-se o quanto é indispensável uma reforma igualitária na educação para que seja democraticamente para todos sem distinção de raça e classe social.

REFERÊNCIAS:
LEITURA: FREIRE, Paulo. e GUIMARÃES, Sérgio. Sobre Educação: Diálogos.
Volume I. Paz e Terra, (Pág. 35-49).