Ultimamente em nosso país, estamos nos deparando com uma maior quantidade de empresas preocupadas não só com a sua própria permanência no mercado, na busca desenfreada por lucros, atitudes que nos dias de hoje já estão mais que ultrapassadas, mas sim voltadas para um melhor convívio social, respeito a seu corpo de colaboradores, agregando maior transparência ás suas transações, ética e também um grande olhar para o meio ambiente, ou seja, o impacto que estas podem estar causando no mesmo. Infelizmente, ainda para muitos empresários, tal modo de agir, principalmente em um meio que a busca pelo capital domina, ainda é algo muito além de ser feito. Para tais empresários, que para nossa esperança esteja cada vez mais em queda, fazer um papel mais “social” pode levar uma imagem a empresa na qual eles não estejam tão de acordo, por acharem que talvez tais pensamentos não condizem com o “mundo empresarial”. Enfim, mas será mesmo que um olhar mais humanizado, preocupado com questões sociais que a empresa está inserida ou não e, principalmente com o meio ambiente, é algo que possa vir a ser questionado com uma imagem ruim? Sinceramente, cremos que não.

Talvez, infelizmente o que possa vir a ocorrer na ideologia destes empresários e também em uma parte de nossa sociedade, neste mundo imediatista e consumista que estamos vivendo, seja apenas mesmo uma falta de coerência, uma falta de transparência e ética com questões de grandes valores como estes que estamos citando desde o inicio. O que falta realmente talvez seja uma vontade de encarar a realidade e poder perceber que como agentes de uma sociedade, sim nos podemos ajudá-la e também porque não sermos agentes transformadores de ideias novas e positivas. A sociedade e a economia em si precisam, e muito, do setor empresarial, ele que dá um suporte maior ao fluxo econômico, gerando emprego e renda e muito mais que isso, as empresas podem e devem ser ferramentas de um auxílio social, de atitudes éticas e condizentes com a realidade na qual estamos inseridos. Devem prestar um papel também de utilidade pública e quando falamos de assumir tal papel, não queremos dizer que as empresas devem assumir apenas um lado filantrópico, não mesmo, pois deixariam sua essência de fazer e ajudar na circulação de renda ou quem sabe assumir um papel de prestação de serviços específicos do Estado, mas sim assumir também um posicionamento preocupado com as questões do valor humano, da natureza que gera recursos que os auxilia. Respeitar as diferenças e conviver com as mesmas pode ser uma chave para um progresso, que muitos ainda desconhecem o valor desta simples atitude.