João Coelho da Rocha Neto
Jarbas Vargas Nascimento

I ? Introdução

Este trabalho pretende refletir sobre os procedimentos históricos e lingüísticos utilizados pelo narrador de Vidas Secas (1938), Graciliano Ramos, para caracterizar a personagem Fabiana ambientada nos espaços hostis da seca e da sociedade nordestina. Privilegiamos a materialidade lingüística desse documento histórico e lingüístico com o propósito de observar de que maneira se constituem historicamente as produções de sentido e de que modo os fatos da língua observados participam esteticamente da constituição do documento. Para esse estudo, orientamos-nos pelos pressupostos teórico-metodológicos da Historiografia Lingüística que se conceitua como uma maneira de reescritura dos fatos da história da língua, por meio de princípios: contextualização, imanência e adequação teórica (Koerner, 1995,1996; apud Nascimento, 2005:11). Privilegiamos o recurso da metalinguagem como suporte para descrever os traços constitutivos de Fabiano, personagem, que, em Vidas Secas, imobiliza e referencia toda uma problemática natural e histórica e social, causada pela seca que acarreta desgastantes conseqüências econômicas, físicas e psíquicas ao homem nordestino.

II ? Fabiano: resistência e submissão às forças naturais, econômicas, históricas e sociais.

A figura de Fabiano, personagem central de Vidas Secas, está representada na imagem histórica e lendária do vaqueiro nordestino. O vaqueiro Fabiano encarna, em Vidas Secas, um dos símbolos mais expressivos da cultura popular brasileira e está representado na narrativa como figura tipicamente brasileira, já que historicamente o vaqueiro se caracteriza como um fenótipo humano miscigenado resultado de uma mistura continuada entre o colonizador europeu com os grupos indígenas dos sertões brasileiros (RIBEIRO, 1995:343).

Fabiano encerra em sua figuração de vaqueiro o símbolo maior da cultura sertaneja do Nordeste, pois representa a garra, a coragem, marcas representativas de resistência humana na caatinga nordestina. Em Vidas Secas, Fabiano é investido de coragem, força e dignidade de um homem que se empenha no combate às irregularidades ambientais e sociais, fazendo com que o Nordeste se apresente no cenário nacional como uma região econômica frágil, subdesenvolvida com tipos humanos raquíticos, secos e famintos.

As ações de Fabiano no documento caracterizam-se por ser um vaqueiro que zela e conduz a sua família e o rebanho de gado. Apesar de ser representado como um tipo grosseiro, ignorante, duro e angustiado, Fabiano atua pela voz do narrador como um sujeito que direciona o outro, por meio de suas ações, ao manifesto de rupturas e quebra de barreiras contra as estruturas opressivas. Nesse sentido, observa-se que Fabiano apresenta características de um herói de resistência, já que nele se manifesta uma persuasão no sentido de libertação do homem das arbitrariedades dominantes.

A fama de Fabiano, vaqueiro que conduz e trata do gado em Vidas Secas, pode ser remetida à figura do pastor que conduz um rebanho. Na configuração de um pastor, Fabiano, metaforicamente, no percurso narrativo, manifesta-se como um instrutor espiritual que influencia um rebanho no sentido de superá-lo das limitações existenciais causadas pelo espaço físico e social. Nessa perspectiva, observamos em Fabiano um investimento de valores e ações sociais que privilegiam o coletivo. Por isso, podemos considerá-lo como um herói de resistência.

Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra (p.23)

Compreende-se que há, em Fabiano, um afastamento ou ocultação de sua real identidade em virtude de sua condição sociocultural. Constitui-se como um indivíduo que não se realiza enquanto sujeito social, já que se encontra em disjunção dos meios de produção agrários: a terra e os animais. Na verdade, socialmente, Fabiano mantém-se numa posição de objeto, já que ele está afastado da terra. No espaço, tudo lhe é negado e exposto ao outro, o branco, que, por sua vez, exerce a condição de sujeito social, o qual mantém o domínio sobre Fabiano que é apresentado como um indivíduo preso, alienado pela sua situação enquanto indivíduo-objeto que não possui o instrumento de produção: a terra, ainda que mantenha uma relação com ela.

Fiorin et Savioli (2001) afirmam que o narrador pretende mostrar que Fabiano é um ser degradado, colocado num nível infrahumano. O narrador reitera isso por uma série de interseções. Fabiano possui as cores primárias da paisagem seca no amarelado da barba e dos cabelos, no vermelho da pele e no azul dos olhos. Há, na perspectiva de Fiorin et Savioli, uma fusão homem e mundo natural. Fabiano manifesta uma capacidade física capaz de vencer a luta selvagem pela sobrevivência por efeito de uma adaptação ao ambiente rude e hostil em que vivia.

Compreende-se na voz do narrador que Fabiano é um homem como qualquer semelhante. As diferenças apontadas são determinadas por fatores econômicos. A identidade de cabra, homem mestiço, tipicamente brasileiro e subordinado, lhe é atribuída em virtude de sua classe socioeconômica, já que vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios. Por esse fato, julgava-se cabra. O valor e a classe do indivíduo na sociedade representada são determinados pelo capital que possui, ou seja, pela sua relação com o instrumento de produção, neste caso, a terra.

Tudo secco em redor. E o patrão era secco também, arreliado, exigente e ladrão espinhoso como um pé de mandacaru.

Indispensável os meninos entrarem no bom caminho, saberem cortar mandacaru para o gado, concertar cercas, amansar brabos. Precisavam ser duros, virar tatus. Se não callejassem teria o mesmo fim de seu Thomaz da bolandeira. Coitado. Para que lhe servira tanto livro, tanto jornal? Morrera por causa do estomago doente e das pernas fracas.(p. 32)

Observa-se que, com uso do quantificador universal tudo, Fabiano encerra-se numa totalidade de coisas e/ou animais e/ou pessoas que se caracterizam pela hostilidade da seca. O patrão, o representante do capitalismo agrário, inclui-se nesta totalidade austera e áspera, pois, além de ser desonesto, rigoroso, apresenta-se em semelhança ao mandacaru, cacto que apresenta obstáculo de aproximação por causa de seus espinhos. É importante observar que, nos cactos, os espinhos funcionam como elementos catafilos para evitar perda de água e garantir sua vitalidade na seca. O mandacaru, assim como o patrão, é um cacto que se mantém verde e vigoroso na estiagem. Nesse sentido, Fabiano, na voz do narrador e num ensinamento de vida que direciona o ambiente no qual está inserido para uma organização social justa, expressa que os meninos, marca figurativa de possibilidades, devem saber cortar mandacaru para o gado. Nessa passagem, o narrador, em comparação metafórica do mandacaru com o patrão, o proprietário de terras, expressa que os meninos devem acabar com o capitalista agrário, disponibilizando a terra para o sustento do gado e do homem sertanejo. E para combater as securas do meio, devem apresentar resistência física, virar tatus, pois seu Thomaz da bolandeira que expressava força espiritual pelo domínio da palavra, nem por isso escapou da seca. Acabou-se por causa de sua fragilidade física.

Fabiano constitui-se pela marca de resistência e reação a uma organização conservadora, contrário às idéias que envolvem importantes transformações políticas e sociais.

Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tirava d?ali. Aparecera como um bicho, entocara-se como um bicho, mas criara raízes, estava plantado. Olhou os quipás os mandacarus e os chiques-chiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras e as barahunas. Ele, Sinha Vitória, os dois filhos e a cachorra Baleia estavam agarrados na terra (p. 24).

Fabiano apresenta-se na condição de zelador de um rebanho, era vaqueiro. Embora seja um homem que tenha se apresentado numa condição animalesca, possui uma identidade social, já que o fato de ter criado raízes e estar plantado na terra refere-se a sua característica enquanto indivíduo que está associado a um determinado meio sociocultural e ambiental em referência ao Nordeste com sua histórica tradição que muito contribuíram para o fortalecimento da identidade social brasileira. Nesse sentido, mantém-se apegado às suas referências e experiências coletivas enquanto rede de relação e identificação, o seu lugar de origem, o sertão nordestino.

No aspecto de resistência de Fabiano, o narrador, ao comparar os mandacarus e os chiques-chiques - vegetação cactácea e espinhosa que representa a figura do patrão e as obstinações do meio em favor da seca -, apresenta Fabiano numa identidade metafórica em fitomorfia às catingueiras e às barahunas, vegetação que se caracteriza pela rigidez, vigor e resistência. A catinga, na estiagem, seca, mas não morre. É uma vegetação xerófila que se ambienta, resiste à seca e se caracteriza também por ser uma vegetação específica do Nordeste brasileiro. Em nenhuma outra parte do planeta, ela pode ser encontrada. As barahunas caracterizam-se como vegetação particular do sertão nordestino que se particulariza por apresentar uma madeira extremamente dura e utilizada como dormentes, peças de madeira nas quais se assentam e se fixam os trilhos de estradas de ferro, que, por sua vez, pode ser entendida como figura representativa de progresso econômico e social. Assim sendo, Fabiano como barahuna constitui-se como trabalhador por meio do qual o capitalismo se sustenta. Apesar disso, ele resiste para extingui-lo, já que se caracteriza como um sistema econômico e social injusto em Vidas Secas. Fabiano, ao mesmo tempo em que se constitui na narrativa como força dura que age contra as forças que o desgastam, apresenta-se com uma estrutura física que aponta as conseqüências da agressão e ameaças do meio.

Chapchap. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco (p.24)

Entendemos que Fabiano se compara com o solo seco e rachado. As rupturas do solo manifestam-se também no corpo dele. A gravidade que atua sobre ele revela-se firme e compacta, pois o seu corpo e as pernas apresentam-se dobrados e os braços desconjuntados. O enrolamento é causado pela intranqüilidade. É uma manifestação de comportamento do organismo em resistência às ameaças externas.

Fabiano revela-se fisicamente desarticulado, em aparência de um macaco, figura representativa que indica que Fabiano se sente rebaixado a uma condição animal. Entendemos, também, que a relação metafórica dele com o macaco, apesar de se encontrar com uma estrutura corporal desajustada, tem a ver com um indivíduo feio, em uma situação primitiva, porém astuto, muito experiente, com habilidade de equilíbrio e que não cai em enganos.

Em seu percurso, Fabiano, ao reconhecer-se como indivíduo que se encontra preso a terra, porém sem a posse dela, afirma pela voz do narrador que:

Entristeceu. Considera-se plantado em terra alheia! Engano. A sina delle era correr mundo, andar para cima e para baixo, á toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela secca (p.24)

Observamos que Fabiano, além de ser um herói de resistência, apresenta características de herói trágico, uma vez que ele luta contra o destino de aparente condenação ao nomadismo. Em interferência à lenda do Judeu errante, o narrador estabelece uma comparação metafórica entre Fabiano e o homem judeu que também sofreu em terra alheia. Na tradição cristã, reza-se que os judeus pediram a Pilatos a morte de Jesus Cristo. Como conseqüência disso, os judeus foram, desde então, castigados à eterna dispersão. Os judeus, povo com uma identidade social, viveram, até a constituição do Estado de Israel, dispersos pelo mundo, conservaram no meio de outros povos a sua nacionalidade, o seu caráter, as suas tradições e a sua religião. Eles, no passado, formavam uma nação sem estado. Encontravam-se na mesma condição de Fabiano, homem do sertão nordestino. Ele parece reconhecer uma destinação prenunciada, para se manter em peregrinação em terras alheias. Fabiano sente-se numa condição de excomungado do seu espaço social, condenado a manter seus costumes em contato com grupos ou pessoas diferentes. Apresenta-se um indivíduo que busca uma resposta para seus conflitos. Como isso não ocorre, autodenomina-se como indivíduo tocado pela seca, enquanto má sorte e perpétua desgraça existencial.

Fabiano curou no rasto a bicheira da novilha raposa. Levava no aiol um frasco de creolina, e se houvesse achado o animal, teria feito o curativo ordinário. Não o encontrou, mas suppoz distinguir as pisadas delle na areia, baixou-se, cruzou dois gravetos no chão e rezou. Se o bicho não estivesse morto, voltaria para o curral, que a oração era forte. (p.23)

A cachorra Baleia sahiu correndo entre os alastrados e os quipás, farejando a novilha raposa. (p.26)


Entendemos que nesse percurso narrativo, a figura da novilha raposa não representa uma vaca nova. A figura da novo-ilha expressa um valor simbolicosemântico de um coletivo novo confesso, designado astuto, esperto, configurado na imagem da raposa. Em referência a isso, o que o narrador expressa é que a novilha raposa encontra-se metamorfoseada, não manifesta entre os outros animais, os alastrados e os quipás. Vale destacar, também, que a figura da raposa e do cão, animais que biologicamente manifestam uma oposição violenta, ainda que pertençam à mesma espécie dos canídeos, no documento, é compreendida na imagem da novilha raposa e da cachorra Baleia. A cura da bicheira da novilha representa o restabelecimento, a manifestação do animal ao curral, local de congregação dos animais. E o fato desta cura realizar-se pelo rastro ? marca, sinal - expressa o fato de restabelecer essa novilha pelas marcas deixadas por ela. O fato de Fabiano rezar uma oração, cruzando dois gravetos, marca de representação metafórica dos dedos polegar e indicador na ação de escrita, segundo Ferreira (1999), pode ser entendido como tentativa de convencer o animal a manifestar-se pela interferência e pela força da expressão lingüística, já que a oração era forte.

Essa situação expressa um fato metalingüístico, já que, pela situação histórica do documento, Vidas Secas constitui a primeira publicação de Graciliano Ramos depois de sair da prisão. Esse período caracterizou-se pelo rechaço aos comunistas na ditadura de Getúlio Vargas. No Brasil, os rebeldes não só nesse período, mas também no século XIX, eram apelidados de raposas pelos legalistas. Nesse sentido, a busca da novilha raposa no sentido de restabelecê-la ao curral pelo rastro, pode significar, em Vidas Secas, uma manifestação, um convite à resistência; portanto um esforço de mudança na organização social, política, econômica e cultural do Brasil.

Fabiano apresenta-se, apesar de sua caracterização de resistência, como um herói que fraqueja diante das circunstâncias opositivas confrontadas por ele. A fuga do espaço tornou-se o único recurso de tentativa no sentido de manter-se vivo. O espaço manifestou-se não propício à ânsia do ser. Na verdade, a fuga refere-se também a um ato de resistência à morte, que o persegue, associada à imagem da seca.

(...) os mandacarus e os alastrados vestiam a campina, espinho, só espinho. E Baleia aperreava-o precisava fugir daquella vegetação inimiga. (p.185)

(...) encarquelhou as pálpebras contudo as lagrimas, uma saudade grande espremeu-lhe o coração, mas um instante depois vieram-lhe ao espírito figuras insupportaveis: o patrão, o soldado amarello, a cachorra Baleia inteiriçada junto ás pedras do fim do páteo (p.188)

(...) Chegaram a uma terra desconhecida e civilizada, ficariam presos nella. E o sertão continuava a mandar gente para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, Sinha Vitória e os dois meninos. (p.197)

Entendemos que o espaço se afigura infértil para a sobrevivência. Os latifundiários metaforizados nas figuras do mandacaru e dos alastrados mantinham a ocupação da terra e sobre ela agiam como escudeiros em guerra para sustentar a sua autoridade e, com isso, a exploração do homem. Esse recurso estilístico em Vidas Secas denomina-se fitomorfia. Fabiano sentiu-se prostrado, impotente diante das forças que agiam contra ele. Configurava-se um poder constituído, centrado na figura de Baleia, do patrão e do soldado amarelo. Baleia, ao contrário do que se pode interpretar, no percurso narrativo, não desvanece. Na voz do narrador, Fabiano afirma que ela continuou inteiriçada e o aperreava, ou seja, o perseguia constantemente. Baleia manteve-se inflexível diante das ações de Fabiano. O patrão roubava-lhe e o soldado amarelo o reprimiu com seu autoritarismo, colocando-o na cadeia. Por tudo isso, Fabiano manifesta-se em Vidas Secas sem capacidade de desenvolver e sustentar os seus desejos. Sem capacidade de lutar, de mudar o percurso histórico constituído, ele arrasta-se em busca da cidade onde idealiza manter contato com pessoas civilizadas, uma vez que no sertão não se encontram meios que garantam a sua sobrevivência e a educação dos meninos. Fabiano segue o seu percurso de alienação. E na figura dele, seguem inúmeros Fabianos, homens de coragem; e por essa condição são explorados em seus destinos, na ilusão e no sonho do poder ser cidadão de consciência, liberdade e superação de barreiras e limites geográficos, econômicos, políticos e culturais.

III ? Considerações finais

Ao estudarmos a organização dos elementos histórico-lingüísticos que representam e constituem a figura de Fabiano em Vidas Secas, observamos o vínculo entre a materialidade lingüística e a miserável realidade histórica, social e econômica do homem nordestino no ambiente da seca. Esse documento apresenta Fabiano em seus anseios e frustrações em suas práticas sociais. Com isso, podemos argumentar que a identidade de Fabiano apresenta-se com características adversas, ora firme em suas ações e direcionamentos, ora desengonçado, feio, incapaz e desertor. Com a primeira predicação, pode-se reforçá-la com a afirmação de que o sertanejo é antes de tudo um forte, conforme descrição de Euclides da Cunha em Os Sertões. Com a segunda, o narrador apresenta Fabiano como objeto de denúncia e tipo social que absorve física e psiquicamente toda uma problemática histórica e social do sertão nordestino: o atraso cultural, a exclusão, a ausência de subsídio econômico e assistência social pelo poder público.

IV ? Referências bibliográficas
CUNHA, Euclides da. Os sertões. São Paulo: Brasiliense, 1985.
DUPONT, Pierre. A lenda do judeu errante; tradução de David Jardim Junior. Rio de Janeiro; Belo Horizonte: Vila Rica, s/d.
FERREIRA, Aurélio Buarque de H. Novo Aurélio XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
FIORIN, José L et SAVIOLI, Francisco P. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2001.
NASCIMENTO, Jarbas V. Fundamentos teórico-metodológicos da Historiografia Lingüística. In: Historiografia lingüística: rumos possíveis / Jarbas Vargas Nascimento (org). São Paulo: Edições Pulsar; Terras do Sonhar, 2005.
RAMOS, Graciliano. Vidas Seccas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1938.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.