UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA-UFPB

CURSO DE LINCENCIATURA EM LETRAS

DISCIPLINA: METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

DOCENTE: Maria Cristina de Assis

DISCENTE: Jacinto R Fontes

REFERÊNCIA:

 CASTILHO, - Ataliba Teixeira. Saber uma língua é separar o certo do errado?

A língua é um organismo vivo que varia conforme o contexto e vai muito além de

uma coleção de regras e normas de como falar e escrever,1998 a 2004 p.

 

  1. 1.    CREDENCIAIS DO AUTOR

 

     Ataliba Teixeira de Castilho é um linguista brasileiro. Foi professor titular da Universidade de São Paulo (USP) (1996-2005), da Faculdade de Filosofia de Ciências e Letras de Marília (1961-1975), atualmente unidade da Unesp, e do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp (1975-1991). Na Universidade, organizou o Sistema de Bibliotecas e o Sistema de Arquivos. Foi professor visitante da Universidade do Texas. Presidiu a Área de Letras e Linguística da Capes (1987-1990), a Associação Brasileira de Linguística (1983-1985), a Associação de Linguística e Filologia da América Latina (1999-2005) e foi membro do Comitê de Assessores em Letras e Linguística do CNPq (1991-1993).

   CASTILHO, - Ataliba Teixeira, Autor de dezenove livros, entre os quais Subsídios à Proposta Curricular de Língua Portuguesa para o 2º Grau (org.); A Linguagem Falada Culta na Cidade de São Paulo (org., com Dino Preti); A Linguagem Falada Culta na Cidade de São Paulo; Português Culto Falado no Brasil (org.);Gramática do Português   Falado (org.); e Para a História do Português Brasileiro (org.).

  1. 2.    RESUMO DO ARTIGO

 

   O presente artigo possui em sua estrutura sete (7) tópicos bem organizados em subtítulos que se completam a partir do momento que o autor tenta justificar e problematizar cada questão.

  No primeiro tópico do artigo, o autor começa com uma indagação, e ao longo, deste esmiúça o assunto para responder a pergunta: o que é falar certo e falar errado? E ao mesmo tempo relaciona sua resposta ao entendimento de como as línguas naturais, a exemplo do português, se desempenham na sociedade. Para isso o autor de utiliza da Teoria da Variação e Mudança. CASTILHO segue com uma analogia neste primeiro tópico sistematizando-o em eixos; 1) espaço geográfico, através  do qual Ele afirma haver uma correlação entre a região dos falantes e as marcas especificas num determinado território geográfico.2) espaço social, o autor observa que há uma correlação entre fatos linguísticos e o seguimento social do qual o falante procede; em síntese, nível sociocultural do falante, a intimidade com o interlocutor, a idade e sexo.

   No segundo tópico do artigo, o autor designa que cada situação sociolinguística, dispõe de normas próprias. Assim as pessoas não costumam, por exemplo, usar o português formal numa situação familiar, mas, segundo Castilho na visão de alguns linguistas a norma culta se sobressai as demais normas, gerando então certa discriminação para com os falantes das demais normas. Castilho reconheceu três tipos de normas: a norma objetiva, (ou padrão real) que é o uso linguístico usado pela classe culta, a norma subjetiva, (ou padrão ideal) que é o conjunto de juízos de valor pelos falantes a respeito da norma objetiva; Enfim a norma pedagógica (ou padrão das escolas) caracteriza-se como norma gramatical, exemplos de norma pedagógica é a gramática normativa e o dicionário.

   Já terceiro tópico do artigo, o autor traz um questionamento sobre o português, agora: “o português certo e português errado se tratam de duas línguas?” Para preenche esta lacuna de forma precisa observamos alguns exemplos dados por Castilho, em análise não há oposição de categorias com relação à fala popular e culta, mesmo que em certos casos, haja preferência pela norma culta; ainda, em situações informais a distancia entre essas variedades diminui. Essas variedades linguísticas funcionam de acordo com a região demográfica, certo de que a fala culta é mais homogênea, entretanto conclui-se que não há variedade linguística em uma mesma língua, portanto não são duas línguas diferentes.

   O tópico quarto tópico do artigo, o autor dá continuidade a essa série de questionamentos, agora tenta responder a uma pergunta que atina o entendimento de muitos, sejam eles adultos graduados ou jovens em idade escolar; afinal o português é uma língua difícil? O autor afirma que o mau entendimento e consequentemente o mau relacionamento com a disciplina de português (ou língua portuguesa como queira), dar-se num eventual mau ensino do(a) mesmo(a) neste sentido Castilho afirma que é justamente os professores que ensinam erroneamente a então disciplina. Aqui Castilho exemplifica formas de se aprender a língua portuguesa, tais como; uma visita ao Museu da Língua Portuguesa e até o Portal da Língua mesmo, e não do modo tradicional ao qual o alunado está exposto algo que Ele chama de concentração do ensino do português aquele método ultrapassado de condenar ao aluno por um erro gramatical.

   Já quinto tópico do artigo, Castilho ainda sob o efeito secundário do certo ou errado, perambula agora para saber onde se fala o melhor português do Brasil; segundo a observância de algumas respostas seria o de São Luís do Maranhão, tendo em vista a influência francesa; para outros entendidos seria o português dos escritores clássicos, a exemplo de Camões, Pe. Antônio Vieira, dentre outros. Ainda seria o português falado no Rio de Janeiro, São Paulo, contudo verifica-se que a própria pergunta em si não faz menor sentido, haja vista que o Brasil dispõe uma aparente variedade linguística.

   No sexto tópico do artigo, Castilho ainda na perspectiva do certo ou errado, postula que não de deve se deter a meras regras impressas no português brasileiro, sobretudo porque ele é variado e dependendo da localização onde o falante se encontra (regionalmente falando) o mesmo tende a exercer de maneira natural a linguagem aprendida desde a infância. Assim o bom caminho pra resolver essa questão seria o desenvolvimento reflexivo e ainda pessoal sobre a língua.

   No sétimo tópico do artigo, e último o referido autor agora conduz o leitor a observar algumas situações corriqueiras e ao mesmo tempo em que o coloca de fronte a novos questionamentos a cerca da língua e de como se dar o “fenômeno da linguagem” seja ela culta ou coloquial.

  1. 3.    CONCLUSÃO RESENHISTA

 

   Este artigo só tem a acrescentar entendimento sobre a questão de como a linguagem se estabelece dentro do cotidiano dos falantes, em suas mais diversas áreas do conhecimento, seja cientifico, histórico, cultural e pessoal. O artigo também traz esclarecimentos técnicos e científicos (linguísticos) com o intuito de aproximar os falantes, em suas mais diversas maneiras de expressões linguísticas, com o enfoque para a língua portuguesa, seja esta expressão culta ou coloquial.

   Através de estudos e pesquisas cientifica o autor desenvolve e apresenta de maneira clara e objetiva seu entendimento a cerca da língua; deste modo Castilho exibe em detalhes as características deste fenômeno linguístico.

   De maneira simples o Castilho traz esclarecimentos sobre a funcionalidade linguística e sua aplicação no dia a dia dos falantes em seu convívio social, portanto; Ele apresenta conceitos e conclusões que levam o leitor a refletir de maneira crítica, e a se portar como conhecedor desta variedade linguística exercida aqui no Brasil.

   As citações e exemplificações retratadas pelo autor nesta obra permite um maior entendimento técnico, cientifico do fenômeno linguístico por parte dos falantes. Ao mesmo tempo em que abre um leque de outras indagações e conclusões acerca do tema em foco, percebemos igualmente que o artigo faz jus a seu título e é uma continua alusão ao tema Saber uma língua é separar o certo do errado?

   Enfim, através da analise deste estudo elaborado por Castilho, temos a certeza de que realmente o campo linguístico vivenciado aqui no Brasil é vasto, portanto, cheio de variações, que devem prevalecer sobre as ditas regas que nas maiorias das vezes só excluem e distanciam os diversos tipos de falantes; assim todos mesmo que das distintas classes sociais deste país, quer que se expresse de forma culta ou coloquial, falamos a mesma língua.

  1. 4.     INDICAÇOES DO RESENHISTA

 

   O estudo apresentado neste artigo tem por finalidade, além de discutir e responder a alguns questionamentos a cerca da forma correta e incorreta de falar o português, sugerir aos falantes sejam eles, estudantes universitários, pesquisadores e sociedade civil, meios que rompam esse paradigma ainda muito presente na nossa língua e a maneira certa de pronunciá-la. Vemos que este artigo tem suma importância, principalmente aqueles que estão envolvidos no meio acadêmico e desenvolvem pesquisas nesta área do conhecimento.

  1. 5.    REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

 

    Rodrigues (1968:43). William Labov, "The isolation of contextual styles": Labov (1972) Mollica / Braga (Orgs. 2003).2). e Rosa Virgínia Mattos e Silva (2004)

Sobre Dialetologia e Sociolinguística: Castilho (1973), Tarallo (1985), Mollica

/ Braga (Orgs. 2003), Calvet (2002).

2. Sobre a variação linguística e o preconceito linguístico: Lavandera (1984),

Bagno (1997, 1999, 2000).

3. Sobre o português culto e a questão da norma: Castilho (1978 a, 1979, 1980,

   Org. 1989), Bagno (Org. 2001, 2003).

4. Sobre como desenvolver reflexões sobre o Português: Travaglia (1996),

Ramos (1997), Castilho (1998), Bagno (2001), Mattos e Silva (2004) http://www.clickmonografias.com.br/resenha-critica.htm

http://www.ead.ufpb.br/file.php/1260/EXEMPLODE_FORMATACAO_DA_RESENHA.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ataliba_Teixeira_de_Castilho