Resenha texto: Um discurso dos métodos IDE,Pascal. "A arte de pensar". Trad. Paulo Neves São Paulo: Martins Fontes,200

Em 1637, René Descartes escrevia uma obra cuja influência foi certamente uma das mais decisivas na história do pensamento: o Discurso do método nos propôs quatro leis do pensamento que ele considera universais. 
Primeira Lei: Proceder do conhecido ao desconhecido: É a lei de toda a exploração: não entro em uma região desconhecida a não ser partindo de uma terra conhecida( já que nela me encontro). Avanço então do conhecido onde estou para o desconhecido no qual estarei. Esse procedimento da inteligência é o do explorador que se lança às terras desconhecidas onde "a mão do homem ainda não pôs o pé"! A novidade é afetivamente ambivalente. Ela é fonte de alegrias quanto de tensões: abrir um novo livro, começar um novo curso, comporta, por um lado, o prazer da descoberta e, por outro, pode trazer alguma apreensão: terei coragem de ler tudo, de chegar ao fim, de fazer o esforço intelectual para assimilar a novidade? É tão mais confortável contentar-se com autores ou gêneros de obras com as quais se está familiarizado! Partir do que é conhecido de seu auditório é a única ou, em todo caso, a melhor maneira de captar sua atenção.
Segunda Lei: A inteligência vai do mais universal ao mais particular. Essa segunda lei precisa a primeira: o conhecido do qual parte o espírito é um mais universal, e o desconhecido ao qual ele chega é um mais particular. O progresso, aqui, compreende-se melhor na dimensão vertical. A inteligência parte do alto da montanha; de lá ela tem uma visão global do vale. Mas, se quiser conhecê-lo melhor, deverá descer e sua visão se fará mais detalhada.
Assim como o montanhês sente-se feliz ao voltar para sua casa no vale, também a inclinação natural ( é o caso de dizer) da inteligência é dirigir-se ao mais particular e não permanecer nas generalidades. Quando você olha um quadro ou uma paisagem, não percebe de imediato o detalhe de cada parte, mas, após uma visão de conjunto, reconhece "aspectos" mais particulares que a primeira vista lhe haviam escapado.
Terceira Lei: A inteligência tem três atos. A inteligência manifesta sua atividade em três operações, que chamamos intuição, juízo e raciocínio. O raciocínio, entregue a si mesmo, não tem motivos para se deter: ele só encontra sua perfeição no juízo que o põe em contato com as coisas e constata que o termo do raciocínio está conforme (ou não) à realidade, portanto, que é verdadeiro( ou errôneo). Razão e inteligência não são duas faculdades diferentes, mas operações distintas de uma mesma faculdade que chamamos inteligência ( donde a ambiguidade, devida à polissemia do termo inteligência). Falando com precisão, a inteligência, no sentido de operação e não de faculdade, abrange as duas primeiras operações do espírito, enquanto a razão concerne apenas à terceira operação, justamente denominada raciocínio.
Quarta Lei: Tal objeto, tal inteligência. A inteligência pode exercer sua atividade num duplo registro. Essa distinção, menos importante, tem a ver com nosso condicionamento orgânico e com a maneira pela qual as informações nos chegam e pela qual as transmitimos. Mas os dois sentidos informativos por excelência são
- a visão e a audição.
-a mediação visual: ler, escrever
-a mediação auditiva: escutar, dizer ( formular)
O texto Um discurso dos métodos é de difícil compreensão, para começar a ler é necessário ter ao lado um dicionário, além disso é muito longo a cada lei tem um monte de explicações e citações de outros autores, o que no fim acaba atrapalhando mais ainda. Essas leis deveriam ser explicadas de forma mais simples de maneira que o leitor lê-se e compreende-se, e não ficasse apreensivo "será que entendi ou não"?
René Descartes fala sobre o pensamento, inteligência que manifesta sua atividade em três operações a intuição, juízo e raciocínio. Onde mostra que cada pessoa tem seu modo de pensar ,portanto , seu modo de ver e aprender as coisas e que para isso temos que correr atrás, analisar as coisas, pesquisar, não ficar parado olhando de longe .