O filme uma "cidade sem passado" do diretor Michael Verhoven, produzido no ano de 1989, é reproduzido na pequena cidade de Pfilzing na Alemanha, por volta da década de 70, seu pai Paul (Michael Guillaume) um refugiado político que fugindo da guerra da Silésia, foi morar na Alemanha com o seu cunhado o vigário da catedral de Pfilzing o tio Franz, a mãe de Sonia chamava-se Maria (Monika Baumgartner) professora de religião na cidade, tudo começa quando a sua filha Primogênita, uma jovem chamada Sonia Wegmus (Lena Stolze) a qual tem dois irmãos por nome de Robert (Michel Guillaume) e a Nina (Karin Thaler), Sonia era muito querida na sua cidade e resolve participar do concurso de composições de poesias, promovida pelo presidente da Alemanha o Dr. Karl Carstens. Do qual a protagonista, Sonia, é incentivada por sua professora de latim Juckenack (Hans-Reinhard Muller) a participar.

Sonia resolve escrever a sua composição a qual tinha como tema "liberdade na Europa" neste contexto ela conhece o professor de física o Sr.Martin Wegmus (Robert Giggenbanch), Sonia consegue ganhar o primeiro lugar no concurso e como premio ganha uma viagem para Paris e antes de viajar ela fica noiva do professor Wegmus. No ano de 1976 nas férias de verão, Sonia viaja para a cidade de Paris.

Novamente o presidente resolve promover outro concurso de composições no qual tinha dois temas: "o pensamento Europeu e minha cidade natal durante o III Reich" Sonia resolve escolher o segundo tema começando uma grande luta pela busca da história para o tema. Ela começa pesquisando sobre a luta da cidade contra o Nazismo sendo levada a desencadear uma grande revolta da parte da sociedade e do poder religioso juntamente com o estado. Pois ao pesquisar a história para a elaboração do seu tema, ela descobre que duas pessoas muito influentes na sociedade estavam escondendo e ocultando uma grande verdade, uma dessas pessoas era o professor e padre o senhor Juckenack (Hans-Rernhard Muller) e o padre Brummel (Willy Schultes). Sem sucesso expira o tempo e Sonia não consegue entregar o seu trabalho a tempo por falta de informações cedida pela sua cidade.

Sonia resolve casar-se com o professor Martin Wegmus tendo duas filhas por nome de Sarah e Rebecca. Não muito animada com a falta de informações sobre a sua cidade durante o III Rench ela resolve reiniciar a sua pesquisa travando grandes batalhas para desvendar o segredo guardado de sua própria cidade. Resolvendo procurar através de algumas instituições como a família, arquivos de jornais, arquivo da igreja, arquivos da prefeitura e por fim nos arquivos confidencias do estado. Sonia é um exemplo de que a historia pode ser pesquisada independente do trabalho que seja, mas a busca da historia não se perde, podemos reconstruir, basta querer.

Na sua busca pela verdade Sonia emerge de forma imediata a necessidade da reconstrução do passado, o acesso às informações, as Instituições de Memória, etc. E descobre que estavam ocultando a verdade. Sonia resolve em uma atitude exasperada processar o estado, para que lhe permita o acesso as informações ate então retidas como arquivos confidencias, e a cidade de Pfilzing fica revoltada com sua atitude, sendo Sonia o centro de grandes perseguições. Mas ela não teme, e sem medo resolve desvendar todo o passado da sua cidade. Ela conclui seu trabalho com grande êxito mostrando a todos os verdadeiros fatos ocorridos na sua cidade durante o III Reich, trazendo para todos o passado da sua pequena cidade de Pfilzing.

A cidade de Sonia resolve fazer uma homenagem para ela, colocando seu busto na prefeitura, por todo o seu esforço em desvendar o passado de uma cidade que aparentemente não tinha passado, não por nunca ter existido, mas por seu passado conter verdades que iriam ao desencontro de muitos que galgavam posições importantes na cidade. Mas Sonia em uma atitude aparentemente de desespero, refuta aquela homenagem desapontando todos que estavam ali presente.

Ao relacionarmos o filme "Uma cidade sem passado", com o curso de historia percebemos que podemos ser agentes transformadores na sociedade em que convivemos e moramos, e que a historia não pode parar na descoberta, mas sempre continuar a ser pesquisada, foi o que aconteceu com Sonia Wegmus, ela não aceitou o fim da historia de sua cidade junto com a homenagem, a história não tem fim, precisamos conhecer o passado para entendermos o presente e projetarmos o futuro.