Os autores Félix Baumgarten Rosumek e Rogério Parentoni Martins, em seu artigo chamado “Ecologia, Filosofia e Conservação”, abordam sobre a fragmentação do ensino, e como esta se reflete para o senso comum, muitas vezes acaba ficando praticamente inimaginável ligar uma ciência, ou campo do conhecimento a outro, como é mencionado no artigo, o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) admite a existência de cerca de 1.300 áreas de conhecimento. Razão esta que para muitos Ecologia não se associa a filosofia e esta não se associa a conservação.

O artigo ainda trabalha o fato de ser facilmente confundido pelas pessoas o que é ecologia com o que é ambientalismo, notadamente pelas imagens e noticias vinculadas pela mídia fica difícil fazer essa distinção. Rosumek e Martins definem como sendo “A ecologia dedica-se a estudar as interações entre os seres vivos e destes com o seu meio” e ambientalismo como tendo a idéia principal “a redução dos impactos das atividades humanas sobre os ecossistemas, deste modo conservando o planeta em um determinado estado (considerado “de equilíbrio”)” (ROSUMEK & MARTINS, 2010).

A falta de parâmetros na ecologia, segundo o artigo, acaba por tornar complexas as análises sobre os ecossistemas e sua consequente conservação. Por isso é difícil um consenso de opiniões entre especialistas de um mesmo assunto.

A conservação que é um dos eixos principais do artigo, tem sempre questões referentes a sua necessidade levantadas: O Por que conservar?. Buscando de certo modo responder a essa questão, os autores mencionam 3 razões que podem justificar a necessidade de conservação do ambiente: o benefício da conservação para o humano; a existência de valor intrínseco para a espécie; e sua importância para a manutenção da estrutura e processos do ecossistema. (ROSUMEK & MARTINS, 2010).

As razões levantadas sobre a necessidade de conservação, apontam de forma ou outra para o ser humano, o benefício em conservar uma espécie, se essa espécie faria falta ou não para o ecossistema, e quanto ao valor da espécie por si mesma, nisso acabam vez por outra entrando valores subjetivos do ser humano, como por exemplo o gosto do pesquisador por tal espécie que deseja proteger. Todavia apesar da dependência do julgamento humano em avaliar tal necessidade, a conservação é algo necessário e extremante importante para o planeta, e para o seu equilíbrio, conforme a definição dada pelos autores para o ambientalismo.

Desta forma a objetividade e a praticidade em detrimento dos sentimentos individuais ou apego a qualquer espécie devem tem peso maior nas práticas conservacionistas, entrando ai a filosofia, pensando e preponderando no quanto realmente isso se faz necessário.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENTO, Luís. O elo que falta na conservação da biodiversidade. 2010. Disponível em: <http://scienceblogs.com.br/discutindoecologia/2010/05/o_elo_que_falta_na_conservacao/>. Acesso em 13 mar. 2012.

LAVAJO, Sandra. Conservação das espécies animais. 2008. Disponível em: <http://es-ds12c-preservacao.blogspot.com.br/>. Acesso em 9 mar. 2012.

ROSUMEK, Félix Baumgarten & MARTINS, Rogério Parentoni. Ecologia, Filosofia e Conservação. 2010. Disponível em: <http://www.graduacao.unuead.ueg.br/mod/resour-ce/view.php?id=41434>. Acesso em 8 mar. 2012.

SILVA, Diogo. Projeto Conservação de Espécies Ameaçadas da Flora. 2011. Disponível em: <http://cncflora.net/?q=content/projeto-conserva%C3%A7%C3%A3o-de-esp%C3%A-9cies-amea%C3%A7adas-da-flora>. Acesso em 21 mar. 2012.