O artigo analisado foi elaborado por três autores sendo dois deles mestrandos em Controladoria e Contabilidade Estratégica, são eles: Norberto Giuntini, Formação em Economia (Mackenzie), Ciências Contábeis (UNIP) e especialização em Controladoria pela FGV - Fundação Getúlio Vargas, experiência profissional de 24 anos trabalhando nas áreas de Auditoria e Controladoria em empresas de grande porte como: Mercedes Benz, Price Waterhouse, Grupo Belgo Mineira e Caloi e 10 anos em consultoria empresarial nas áreas contábil, financeira e de gestão de negócios, em empresas de médio e grande porte; Wilson Roberto Boaventura, Pós-graduado - lato senso - Contabilidade e Finanças, Atualmente é Sócio Gerente na empresa BP Assessoria em Controladoria e Finanças na cidade de São Paulo/SP; Ambos Coordenados para elaboração deste artigo por Anísio Candido Pereira, Atualmente vice-coordenador e professor titular do Mestrado em Ciências Contábeis da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado em São Paulo/SP.

O presente artigo aborda os passivos (exigibilidades) ocultos, originados através de atos de negligências, como: Passivos Operacionais, Consumo, Ambiental, Ético ou Ações Involuntárias, que se trata de falhas não propositais, não existentes no presente, mas poderão tornar-se encargos no futuro, e de responsabilidade exclusiva da contabilidade registrar a demonstração qualquer destes fatos.

O grande complicador que encontrei para mensurar o passivo contingente é a sua identificação, já que para avaliar e evidenciar, em primeiro lugar tem-se que reconhecer contabilmente, mas devemos levar em consideração que nem todas as incertezas poderão ser registradas como contingências. Tal afirmação encontra no mundo real quando, exemplificativamente, reportamo-nos ao passivo contingente, cuja negligência de tão importante informação, pode levar a empresa a dificuldades financeiras quando, de repente, essas contingências tornam-se reais e obrigacionais e não foram devidamente avaliadas.

Diante do exposto, consideramos que são igualmente relevantes para a informação contábil correta, o reconhecimento, avaliação e evidenciação do passivo.

Portanto, as contingências passivas vêm sendo um desafio para contabilidade, uma vez que podem ser usadas como instrumento de manipulação para mascarar a posição patrimonial da empresa, por diversos motivos, portanto para que isso possa ser devidamente corrigido se faz necessário conhecer a todas as contingências, bem como seu fato gerador, e, a conseqüência de sua existência de modo que não haja o indevido registro afetando ao resultado e a própria posição financeira no momento de sua ocorrência.Evidentemente que o reconhecimento e/ou a divulgação das contingências deve ser efetuado no exercício em que se verifiquem as condições que indiciam as perdas futuras, desde que estas sejam susceptíveis de avaliação racional.

Francielly Cardoso de Aguiar, acadêmica do curso de graduação em Ciências Contábeis pela Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul.