1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
LIMONGI, F.; FIGUEIREDO, A. Bases Institucionais do Presidencialismo de Coalizão. Lua Nova. São Paulo, nº 44, p. 82-106, 1998.

2 APRESENTAÇÃO DOS AUTORES DA OBRA
Fernando Limongi é um famoso cientista político brasileiro, conhecido internacionalmente por ter sido co-autor da obra Democracy and Development de Adam Przeworski, além das diversas premiações nacionais e internacionais, como o prêmio Olavo Brasil de Lima Jr.

Argelina Figueiredo é uma Ph.D. em Ciências Políticas, pela Universidade de Chicago, sendo muito reconhecido por seus trabalhos como pesquisadora do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNPq).

3 BREVE SINTESE DA OBRA
O texto segue, de maneira progressiva, a construção do pensamento original de ambos os autores. Eles seguem enumerando fatos, mostrando possibilidades e, por fim, chegam à conclusão do objeto estudado e como este está introduzido no poder soberano brasileiro.

4 PRINCIPAIS TESES DESENVOLVIDAS NA OBRA
Os autores começando a obra, os autores se utilizam da Constituição Federal de 1988, a qual não prestou grandes alterações na forma presidencialista de governo, mas que acabou aumentando, em grandes proporções, os poderes legislativos do chefe do Poder Executivo.

Grande parte desse “leviatanismo” se deve à conivência do congresso com as medidas proferidas pelo presidente. Ainda segundo os autores, um congresso que se oponha ao Executivo dificultará uma estabilização no país, causando problemas governamentais e desconfiança social.

Percebe-se então que o Executivo acaba sendo favorecido pela grande fragmentação partidária, a qual, por troca de “agrados”, como cargos no interior das casas legislativas, acaba deixando com que o presidente e sua cúpula controlem a agenda como bem entendem, diminuindo as dificuldades da prática governamental.

De uma maneira, tudo é feito em um jogo de interesses, o qual beneficia tanto o presidente quanto os congressistas que o sustentam. Isso seria a coalizão que os autores citam: um monopólio do Executivo que, para conseguir se sustentar, troca favores com os congressistas, que se tornam subordinados a esse.

5 REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A OBRA
O texto se desenvolve de uma maneira não muito singular, com uma linguagem difícil e vários “links” com assuntos já abordados. Sem dúvidas é um artigo muito bem feito e estuado, mas acredito que, por ser algo de interesse popular, deveria estar mais claro quanto aos seus objetivos, mesmo que tenha o tenha atingido no final. De maneira geral, é uma leitura indispensável para a compreensão do aspecto político brasileiro e uma excelente forma de demonstrar como o presidencialismo que presenciamos é falho e corrupto.