AUTOR:

GEIZIANE GALIANO OLIVEIRA

CO-AUTORES:

ARANEY OLIVEIRA DOMINGUES

IARA OLIVEIRA DOMINGUES DE AMORIM

MARIA ANDIARA OLIVEIRA DOMINGUES

SUZETE GOMES PEREIRA QUELMA DE SOUZA OLIVEIRA

 

 

 

 

RESENHA CRITICA

A TRAJETÓRIA 

 
   

Várzea Grande

2015

 

 

 

 

GEIZIANE GALIANO OLIVEIRA

suzete gomes pereira

Quelma de Souza Oliveira 

 

 

RESENHA CRITICA

A TRAJETÓRA

Trabalho apresentado ao Curso Superior de Serviço Social  da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina  Interdisciplinar.

 

Prof.  Adarly Rosana Goes, Sergio de Goes Barboza, Lisneia Rampazzo, Márcia Bastos.

 

Várzea Grande

2015

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

 

I-

INTRODUÇÃO.........................................................................................

04

II-

DESENVOLVIMENTO.............................................................................

06

III-

CONCLUSÃO..........................................................................................

09

IV-

BIBLIOGRAFIA........................................................................................

10

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. 1.    INTRODUÇÃO

 

O Serviço Social é uma profissão de caráter sócio-político, crítico e interventivo, que se utiliza de instrumental científico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais para análise e intervenção nas diversas refrações da “questão social”, isto é, no conjunto de desigualdades que se originam do antagonismo entre a socialização da produção e a apropriação privada dos frutos do trabalho.

É na década de 30 que a igreja resolve ajudar os mais necessitados e nesta época também que a sociedade passa por uma revolução industrial.

 É neste período que o Serviço Social teve suas origens firmadas em meio ao capitalismo e do agravamento da questão social.

  1. 1.    REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DA OBRA

 

Raichelis, Raquel. Legitimidade popular e poder público. São Paulo. Cortez. 1988.

 

  1. 2.    DADOS BIBLIOGRÁFICOS DA AUTORA DA RESENHA

 

RAQUEL RAICHELIS DEGENSZAJN

 

Possui graduação em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUCSP (1971), mestrado em Serviço Social pela PUCSP (1986) e doutorado em Serviço Social pela PUCSP(1997).

 

É professora assistente-doutora do Departamento de Fundamentos do Serviço Social da Faculdade de Serviço Social da PUCSP, professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social da PUCSP, pesquisadora do Instituto de Estudos Especiais da PUCSP nas áreas de gestão pública e políticas sociais/ política de assistência social, consultora no campo da gestão pública,vice-coordenadora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social da PUCSP (2005-2007), Vice Reitora Acadêmica da PUCSP (2000-2004). Docente e pesquisadora da área de Serviço Social nos seguintes temas: fundamentos teórico-metodológicos do serviço social, trabalho e profissão, política pública de assistência social, sociedade civil e processos de democratização, estado e política social, gestão pública e controle social. Integra conselhos editoriais das Revistas: Serviço Social e Sociedade, Em Pauta, Inscrita e Plurais, é autora de livros e artigos em revistas especializadas nas áreas de Serviço Social e Ciências Sociais.

  1. 1.    DESENVOLVIMENTO

 

Para analisarmos a história do serviço social como profissão no Brasil, precisamos lembrar que para ele chegar à profissionalização precisou passar por muitas dificuldades e desafios.

O primeiro ponto a se considerar são os pensamentos equivocados ao da real posição do serviço social, mudando, assim, o foco da profissão, tornando-a uma ferramenta “apaziguadora” de conflitos entre sociedade e poder institucional.

A profissão só se estabelece como intuição social quando a igreja católica, na metade da década de 30, passou a assumir um papel ativo nas questões sociais. O processo começou a se destacar na intensificação do processo industrial quando as questões capitalistas de tornaram mais ativas e as pessoas passam a buscar seus direitos por serem exploradas por seus superiores.

As leis sociais criadas pelo Estado corporativista significam o reconhecimento de que as pessoas precisavam ser valorizadas. É nessa situação que as “questões sociais” passam a ser o centro das contradições sociais.

Esse contexto é resultado da crescente migração em razão da acelerada industrialização urbana. Assim, a partir destes fatores: escassez de emprego no campo e crescimento da oferta de emprego na cidade se caracterizou um panorama que resultou na chegada numerosa de migrantes para os grandes centros.

Ainda nesse período, a economia brasileira passava por uma transição de agrário-exportadora para industrial, quando ocorreu a construção de algumas indústrias, que demandavam mão de obra e investimento em obras de infra-estrutura, tais como: abertura de estradas, suprimento de energia e etc.

O êxodo rural constituiu-se no fator que viabilizou o atendimento desta oferta por mão de obra, que, embora abundante, necessitava ser disciplinada para o trabalho. Visando atingir esse objetivo disciplinador, o Estado lançou mão de estratégias tanto institucionais, quanto ideológicos, sendo o Serviço Social e o Assistente Social agente de suma importância nesse processo.

O surgimento do Serviço Social no Brasil tem sua origem no amplo movimento social que a Igreja Católica desenvolve com o objetivo de recristianizar a sociedade. Com o crescimento da industrialização e das populações das áreas urbanas, surge a necessidade de controlar a massa operária.

Com isso, o Estado absorve parte das reivindicações populares, que demandavam condições de reprodução, como alimentação, moradia e saúde, ampliando as bases do reconhecimento da cidadania social, através de uma legislação social e salarial. Essa atitude visava principalmente o interesse do Estado e das classes dominantes de atrelar as classes subalternas ao Estado, facilitando sua manipulação e dominação.

Em 1936 é criada a primeira escola de serviço social no Brasil, organizada pela igreja católica, que foi logo reprimida pela ditadura militar. O serviço social funciona então através de trabalhos de caridade devido à repressão do período, passando a assumir ação preventiva para os trabalhadores.

Esse trabalho de prevenção servia para formar no proletariado uma ideologia que fizesse parte de seu cotidiano e o enquadrasse no sistema burguês, acreditando que este é naturalmente superior e bom e que toda  assistência oferecida pela burguesia, pelos patrões, era nada mais do que algo dado, de bom coração sem nenhum custo e que o operário agradecia com sua mão-de-obra, seu trabalho. Dessa forma, grato, o funcionário trabalhava feliz e satisfeito, pois sabia que tinha tudo o que precisava e que seu patrão o valorizava. Igreja, Estado e burguesia unidos para dominar o mais fraco, ou seja, o mais pobre.

Após a década de 40, aprática assistencial consegue superar o tipo de ação pré determinada e busca sua própria ideologia, passando a ver os problemas sociais como situações que necessitam de instrumentos e métodos adequados para serem sanados de forma eficaz, problemas que precisam de tratamento, estudo e não apenas de um curativo, como cita o texto (p.68).

 

Assim o empresário burguês vê a necessidade de harmonizar capital e trabalho, pois as indústrias crescem e o capital aumenta. Não há mais como lutar contra a mão de obra essencial para as fábricas e para o sistema capitalista. Aí a repressão ameniza e começa a dar espaço à colaboração.

Começam aí os programas que ainda existem (SESI, SESC, SENAI etc.) e que prestam assistência ao trabalhador, proporcionando educação regular, esporte, lazer, cursos, palestras, para que assim o trabalhador se sinta recompensado pela empresa/indústria, por oferecer esses serviços. O trabalhador entende como se a empresa onde ele trabalha tivesse lhe fazendo um grande favor. O Serviço Social então surge através da necessidade da classe dominante em manter o poder.

Era necessário conter a classe proletária para que não prejudicasse o bom andamento da produção das indústrias. Assim, fazia-se necessário acatar seus pedidos, mas como uma estratégia de persuasão, pois era importante que se dessa atenção aos pedidos dos operários, porque  trabalhador insatisfeito não rende, na dá lucro ao patrão. Então, a forma encontrada pela classe burguesia para controlar e manter o poder sobre a classe dominada, foi apoiá-la através do assistencialismo, que oferecia meios de ajuda para famílias em situações desumanas.

Nessa ocasião, os proprietários contratavam os assistentes sociais para atender aos operários, porém eles tinham que atender as ordens de seus subordinados, sendo assim, acabava sendo dominados e explorados pelos burgueses.

Hoje, a profissão é vista com o poder de ajudar as pessoas nas questões humanitárias, pois é a grande responsável pela execução das políticas sociais, mesmo que por muitas vezes atenda a regras e determinações políticas, mas com maior flexibilidade na execução do seu trabalho, de acordo com a realidade e a situação vivenciada.

  1. 2.    CONCLUSÃO

 

O serviço social tem sido visto de uma forma diferente. A pesar de todos os interperes e desafios enfrentados, a profisão conseguiu sobreviver e se fortalecer, hoje juntamento com outras ciências ela tem ajudado a sociedade a lidar com suas questões sociais.

A Revolução Industrial na década de 30, foi um fator importante para que a profissão se fortalecesse e passase a cumprir com o seu real objetivo que era ajudar as pessoas a lutarem por seus direitos.

BIBLIOGRAFIA

RAICHELIS, Raquel. Legitimidade Popular e Poder Público. Cap. II - São Paulo. Cortez. 1988.

http://www.franca.unesp.br/ssrealidade/SSR_8N1.pdf