FOCHEZATTO, A.; CONCEIÇÃO, G. H. A proposta da educação problematizadora no pensamento Paulo Freire. 2012. 15p.

RESENHA

O artigo que apresentamos é A proposta da educação problematizadora no pensamento Paulo Freire, publicado na quarta edição do seminário de pesquisa em educação na região sul, ministrado pela ANPED (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação), em 2012, com 15 páginas. Anadir Fochezatto atua como professora no curso de licenciatura em Educação do Campo na Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, mesma universidade onde o Doutor em Educação Gilmar Henrique da Conceição atua como professor adjunto.

Na introdução, há uma chamada para a crítica negativa ao modo de ensino do sistema capitalista, que diz converter o homem em coisa/objeto, extraindo sua crítica, tornando-o não pensante e desumanizado.

Paulo Reglus Neves Freire foi um educador, pedagogista e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial e o mais influente educador brasileiro, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica e a corrente pedagógica da Educação Libertadora, citada no primeiro capítulo Paulo Freire: a concepção de homem e a educação.

De acordo com Freire, o homem necessita de um pensamento libertador para que sua emancipação lhe forneça plenas condições de atuar em seu contexto social, pois diferente de animais, que são seres de contatos, somente o homem é capaz de refletir sobre si mesmo, o que o torna um ser da práxis.

Freire acompanhou o desenvolvimento educacional da classe trabalhadora e do sistema educacional como um todo, além da conduta social dos trabalhadores, que é moldada e neutralizada pelo capitalismo, principalmente pela mídia e o método de aprendizado que era implantado não supriam as necessidades político-filosóficas, tampouco educacionais, e então construiu sua crítica a respeito dessa comprovada enfermidade da qual sofre a educação em nossa sociedade.

Paulo Freire acreditava que a transformação dessa realidade se dará a partir do momento em que o homem trabalhador tomar consciência da real condição de exploração que está submetido, quando realizar que é antiético, o sujeito poderá construir a força necessária para promover a mudança. Somente ao enxergar criticamente a ausência de ética, poderá acreditar em si e na união com seus pares para enfrentar a alienação onde está envolvido.

A educação popular, organizada no Brasil a partir da década de 1950, está fortemente ligada à ação e organização dos movimentos sociais que buscaram e ainda buscam a transformação da realidade. Entende-se que uma práxis educativa não se refere somente às ações pedagógicas, mas também às suas intencionalidades políticas e formas de organização. A história da educação popular libertadora, de base freireana, caracteriza-se pela concepção político-pedagógica do diálogo problematizador, que propõe estimular a reflexão e a ação de homens e mulheres sobre a própria realidade e a intervir nesta. É também uma práxis histórica, que se transforma diante da realidade, mas procura manter seus princípios fundantes: o diálogo, a transformação da realidade e a articulação da diversidade com objetivos comuns, ou seja, suas dimensões pedagógica, política e organizativa.

De forma geral, o artigo trata de uma problemática que ocorre na contemporaneidade e ainda vai assombrar o futuro da sociedade, pois não basta somente um indivíduo ou somente uma nação abrir os olhos para tal opressão, deve-se obter uma união geral para que seja implantada uma nova educação em tal magnitude.

É afirmado nas considerações finais do artigo, que Paulo Freire engajou-se completamente à causa dos oprimidos e principalmente dos menos favorecidos economicamente, mas tal parcela da sociedade é a que menos tem acesso e de certa forma interesse em mudar seu estilo de vida por não pensar que possui esse poder, mas esquecem de que unidos possuem mais força que políticos, por exemplo. 

Adriano Corumba Alexandre

Aluno de graduação no curso de enfermagem nas Faculdades Oswaldo Cruz 

Lucas Dias de Souza

Aluno de graduação no curso de enfermagem nas Faculdades Oswaldo Cruz e Técnico em Farmácia no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo