"Não deixe que a repugnância do mundo mude os planos de Deus em sua vida". Mediante os fatos ocorridos comigo nesses dias cheguei a uma conclusão não muito fácil, mas que esteve o tempo todo dando-me socos e pontapés apenas com a finalidade de me fazer entender o que já deveria ter compreendido há muito tempo.

Apesar de morar em uma cidade pequena, por vezes fui apontada por pessoas que posso considerar iguais a mim. Afinal somos todos seres humanos propícios ao erro, mas infelizmente muitos insistem em parecer perfeitos e superiores. Vejo isso como uma realidade lastimável, pois muito se fala em valores, ética, princípios, moral e bons costumes. Contudo, as pessoas insistem em apontar o dedo na cara das outras e dizer que são melhores que elas, simplesmente afirmam isso com tal frieza que acabam acreditando neste absurdo.

Não sei muito bem lidar com certas situações, costumo ser um pouco desaforada com aqueles que se acham "superiores". Tem gente que é tão repugnante que só de pensar sinto nojo!

Sempre batemos na mesma tecla, “não é porque se gosta de alguém que isso faz com que a pessoa tenha que lhe retribuir de alguma forma”. As pessoas não são objetos ou moedas de troca. Queria que todos entendessem de uma vez: o gostar é algo que acontece com a convivência, mas isso não significa que há necessidade de uma relação pecaminosa e carnal com essa pessoa.

Nem todos são tão baixos que acham que um abraço ou um toque é motivo de pouca vergonha. Há uma grande diferença entre as pessoas: nem todos são vulgares, mesquinhos, promíscuos... Há também aqueles que são caridosos, atenciosos, amáveis, humanos.

O que me alegraria imensamente seria viver em uma sociedade um pouco melhor, onde cada um se preocupasse apenas consigo mesmo?

Sinto muito por ter prejudicado algumas pessoas que sempre foram tão maravilhosas comigo. Estou triste, pois mesmo sem querer fui o pivô de um grande problema e o pior de tudo é que eu não queria que tudo acabasse assim.

Sempre gostei de verdade, da mesma forma que quando não gosto, renuncio. Com isso, sinto que cada dia que passa fico mais e mais isolada. Talvez essa seja a minha sina. Infelizmente, todos os que eu gosto de verdade vão me deixando. E eu sempre fico a mercê do meu próprio acaso.

Tenho todo mundo e não tenho ninguém, mas enfim, tudo na vida é aprendizagem. Confesso: estou odiando essas práticas, pelas quais sempre estive exposta. Até hoje nunca consegui fazer com que meu emocional me entendesse. Espero que um dia tudo finalize!

Odeio o fato de sempre ser golpeada pela maldade alheia, porém nunca a devolveria com a mesma moeda.

Senhoras e senhores ninguém jamais disse que este mundo horroroso seria um paraíso, então viva à sua maneira sem se esquecer que há um Deus que nos ama incondicionalmente e que espera que façamos o mesmo.

Não deixe que a repugnância do mundo tire o bem mais precioso que existe: o amor verdadeiro ao próximo. Era o que dizia uma flor despedaçada que se encontrava caída na beira da estrada.

Kananda Alexandria, Universitária e Secretária.