UNICEL – FACULDADE LITERATUS

CURSO DE PEDAGOGIA

 

ATIVIDADE EXTRACLASE

Data: 23/05/2012

Disciplina:

Pesquisa em Educação I

 

Professor (a)

 Paula moura

 

Acadêmicos:

Ozinei dos santos chaves e Maria Deuzirene carvalho

Turma:

2PED/11M

Semestre/ano: 1/2012

 

Resenha do Capítulo II – Métodos das Ciências Sociais

           Essa resenha se baseia nas ideias de Antônio Carlos Gil com relação aos principais métodos de pesquisa no campo das ciências sociais. O enfoque desse capítulo é o método científico, método este, definido como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos utilizados para se chegar à compreensão da realidade por meio de um conhecimento racional e sistemático.

          Considerando a existência de um grande número de métodos nas pesquisas sociais, o autor convém classificar dois grupos distintos. No primeiro grupo, destacam-se os métodos que esclarecem as bases lógicas da investigação científica dos fatos da natureza e da sociedade. Cada um deles vinculados a correntes filosóficas. A utilização tanto de um quanto do outro depende de vários fatores: da natureza do objeto, dos recursos, do nível de estudo e da base filosófica do pesquisador.

          No método dedutivo, procura-se a todo custo confirmar a hipótese, é o que parte de uma verdade já conhecida ao ainda não conhecido. De acordo com a visão clássica, é o método que parte do geral para o particular, ou do universal para o individual, usa o silogismo. Esse método relaciona-se ao racionalismo, a qual a razão é o principio verdadeiro.

          Já no método indutivo, o caminho é exatamente inverso ao anterior, assim, partimos de casos particulares iguais ou semelhantes e procuramos a lei geral, relaciona-se com o empirismo, para qual o conhecimento é fundamentado na experiência.

          No caso do método hipotético-dedutivo, pode-se apresentar a partir da seguinte esquema: problema – conjecturas – dedução de consequências observadas – tentativa de falseamento – corroboração. Neste procuram-se evidências empíricas para derrubar as hipóteses, relaciona-se ao neopositivismo.

          Outro que merece atenção é método dialético relacionado ao materialismo dialético de Karl Marx. É entendido como um método de interpretação, da materialidade do mundo visando à transformação e a mudança da realidade, privilegiando as mudanças qualitativas, é o estudo da contradição na essência.

          Fechando esse grupo, vale destacar o método fenomenológico, relacionado naturalmente à fenomenologia. Nela busca-se a essência das coisas, valoriza a vivencia e proporciona uma descrição direta da experiência e procura em explicar o fenômeno tal com ele é. Uma observação relevante acerca da fenomenologia, é que ela, parte do cotidiano e da compreensão do mundo de viver das pessoas.

          No segundo grupo, destacam-se os métodos que indicam os meios técnicos da investigação, meios estes, que garantam a objetividade e a precisão no estudo dos fatos sociais, dentre eles, observa-se o método experimental, caracterizado por submeter os objetos de estudo à influência de certas variáveis, buscando verificar os efeitos da intervenção. Em seguida, enfatiza o método observacional, como o nome já diz parte da observação de algo que acontece ou já aconteceu, também caracteriza pela coleta de dados sem influenciar os eventos.

          Na sequência, o método comparativo merece nossa atenção, pelo fato da investigação de indivíduos, grupo sociais, classes, fenômeno ou fatos, com vista mostrar as diferenças e relação entre eles. É um método muito utilizado no campo da Antropologia. Outro método pertencente a esse grupo é o método estatístico, fundamentado na aplicação da teoria estatística da probabilidade, É bom observar que ele não proporciona um alto grau de acerto ou de precisão, método muito utilizado nos setores da psicologia e da economia.

         Por seguinte, o método clínico, utilizado principalmente, na psicologia, pelo fato contato pessoal, pela relação de convívio entre o individuo e o pesquisador. Porém, é importante que o profissional tenha o cuidado da generalização, visto que este método se apóia nos casos particulares e individuais. E finalmente, destaca-se o método monográfico, que parte do principio de que o estudo de um caso em profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros ou mesmo de todos os casos semelhantes.

          Considerando as abordagens anteriores, podemos dizer que toda a leitura do texto, cada parágrafo, cada tema, foi um aprendizado de extrema relevância no que diz respeito aos procedimentos básicos para o desenvolvimento das pesquisas, através dos métodos que aprendemos. É importante ressaltar, que todo conhecimento adquirido nesse trabalho contribui e contribuirá para fundamentar as questões, os problemas e os assuntos que posteriormente surgirão nesse período de formação, e consequentemente, em nossa formação continuada.

         Uma crítica que merece o nossa atenção, é a questão do último método abordado pelo o autor, que no espaço três linhas, não avançou muito na questão e não exemplificou de forma clara e objetiva o tema, contribuindo com isso, o não entendimento do método monográfico por essa dupla de acadêmico.

        

Referência bibliográfica

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa Social. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2009.