Religião

A pedra que separa o Homem natural do Deus Criador

 Gênesis 11

1  ¶ E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.

2  E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.

3  E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal.

4  E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.

5  ¶ Então desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;

6  E o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.

7  Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.

8  Assim o SENHOR os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.

9   Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o SENHOR a língua de toda a terra, e dali os espalhou o SENHOR sobre a face de toda a terra.

 O homem natural procura de alguma forma, ser aceito pelo Criador, quer através das obras (assim como Caim que ofereceu legumes e fruto do seu labor), quer pela consciência (assim como foi Abel, que conscientemente ofereceu o melhor do seu rebanho, já nesse episódio existindo o derramar do sangue de um animal inocente).

             Caim se sentia justificado, uma vez que para a sua oferta, ele labutou e tirou com o suor do seu trabalho. O homem natural tem essa característica de se justificar através das suas obras, e isso, causa uma sensação de bem estar próprio. Isso, contudo, somente trás satisfação de mim para mim, mas não satisfaz a justiça de Deus.

             Abel se sentia em paz, conscientemente ele, Abel, oferece o que tinha de melhor no seu rebanho, Abel não plantou nada, apenas ofereceu o que já possuía em seu rebanho. Isso causou em Abel uma paz, ele não se preocupou com os resultados da sua oferta, pois de alguma forma, Abel entendia que, o fato de oferecer um sacrifício a Deus, não o tornava justo diante de Deus, mas entendia que bastava oferecer o seu melhor e deixar que o próprio Deus aferisse segundo a sua vontade.

             Em termos práticos, temos aqui duas ofertas que foram feitas a Deus.

           Deus não atentou para a oferta de Caim, pois, trazia embutido um pacote de justificação própria. Isso, contudo, não atinge os parâmetros de justiça de Deus.

            A oferta tem que ser dada sem pretensões humanas, uma vez que, a nossa justiça para Deus, não atinge e nem sacia a Sua Justiça.

             Em conseqüência disso, o semblante de Caim caiu, para ele, o fato de Deus não ter atentado para sua oferta, lhe causou uma insatisfação, trazendo a tona o que realmente estava embutido na sua intenção ao ofertar a Deus.

            O homem oferta a Deus sempre esperando ser aceito por Deus, isso trás satisfação própria e eleva o ego, mas não eleva o espírito.

Em contrapartida, Deus atenta para a oferta de Abel e chega até Deus como cheiro suave e agradável.

 Abel oferta sem esperar aplausos ou holofotes, como acontece hoje em dia.

 Abel oferta e deixa que Deus afira sobre ele, sabendo que basta ofertar de coração sem pretencionismo, que Deus se alegrará. Na esperança do reconhecimento Divino, Abel não espera ser justificado, mas simplesmente adora a Deus com o seu melhor e isso vem sem pretensão, sabendo que o homem não conseguiria atingir o padrão de santidade de Deus. Isso é muito claro para Abel, pois ele sabia que seus pais foram expulsos do paraíso justamente por ferir os mandamentos de Deus e perdendo assim a santidade que tinham antes da queda.

 De fato, a sua oferta, não o tornava santo diante de Deus, mas o colocava como adorador e reconhecedor que Deus é digno de toda a adoração.

 Muito bem! Agora vejamos o que Deus diz a Caim.

 Gênesis 4

6

¶ E o SENHOR disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?

7

Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.

 Deus, claramente, diz a Caim para fazer o bem e isso significa dominar o seu ego e aceitar a palavra do Criador.

Deus queria mostrar a Caim que se ele fizesse isso, seria aceito, mas Caim tinha que aprender a ouvir e por em prática a voz do Criador.

Quando damos ouvidos ao nosso ego e não atentamos para a palavra de Deus, estamos como Caim, que seguiu seu ímpeto e não quis aceitar a palavra do Criador.

 Em conseqüência a desobediência, o pecado jaz a porta e o desejo tem que ser dominado. Porém dominar o pecado sem obedecer à voz do Criador é impossível, a palavra do Criador projeta a verdadeira pessoa que você é deixando você escolher entre o bem ou o mal. Se bem fizeres serás aceito, porém se não obedecer a essa palavra, terás em conseqüência a concepção do pecado, causando assim, transtornos indesejáveis, assim como aconteceu com Caim.

 Quero abrir uma observação:

 Deus não fala nada com Abel, não diz a ele se aceitou ou não a sua oferta.

É com Caim que Deus fala, e observem que é para justamente alertar ao incauto sobre o seu pecado oriundo do seu egocentrismo.

 Também observamos que Abel não se preocupou em receber, do Criador, uma palavra de aceitação, pois de alguma forma, Abel sabia da sua condição de pecador e nada que fizesse poderia atingir os parâmetros da justiça de Deus.

 Abel se posicionava como um pecador, e para ele, bastava adorar ao Criador sem com isso esperar receber elogios ou algo que massageasse seu ego, fazendo do objeto da sua adoração o combustível de satisfação própria, se isso fosse possível, a adoração seria compra da remissão de pecados e isso não é aceito por Deus. Somente o sangue de Jesus vertido na cruz é aceito pelo Criador. E isso é providencia do próprio Criador.

 Interessante que o que sobrava em Abel, faltava em Caim

 Caim não compreendeu ou não entendia a sua condição de pecador diante do Criador, porém a sua ignorância não o isentou das sanções do decreto do Criador.

 O Criador se posiciona sobre a sua palavra, e Caim ouviu a palavra do Criador, onde lhe dizia claramente que o pecado jazia a porta, e Caim tinha que dominar seu ímpeto.

 Deus havia falado a Caim, mesmo Caim sendo de coração duro, Deus não o deixou sem informação sobre o que de fato estava em seu coração.

A palavra do Criador é como espada de dois gumes que penetra até a junção das juntas e medulas e é apta para discerni as intenções do coração.

 Deus descortinou Caim e o colocou como ele realmente era e mostrou a Caim qual era a verdadeira intenção do mesmo ao ofertar a Deus.

 Isso acontece muito hoje em dia, pessoas adoram e ofertam ao Senhor, mas Deus sabe qual a intenção verdadeira de cada oferta ou adoração.

Temos até aqui, uma breve apresentação de dois protagonistas, no caso Caim e Abel, representado e caracterizando o que é RELIGIÃO.

 Caim representa a Religião de ontem e de hoje, isto é, o homem querendo se justificar através de suas obras diante do Criador, causando assim uma satisfação própria e saciando o seu ego na vã ilusão de se sentir aceito segundo o seu raciocínio próprio sem passar pelo crivo da palavra de Deus.

             Abel representa a Adoração, sabendo que nada pode substituir o plano de salvação estabelecido pelo Criador. Adorar é entregarmos os nossos corpos como sacrifício santo, puro e agradável a Deus, não se conformar com os parâmetros do mundo, mas transformarmos pela renovação do nosso entendimento segundo a palavra de Deus, para experimentarmos qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. E isso não tem nada a ver com Religião.

             A Religião foi criada desde os primórdios e se estende até hoje em nossos dias como veremos a seguir.

 Em Gênesis, no capitulo 11, do versículo 1 ao 9, temos um retrato do que seria o começo de uma RELIGIÃO, todos falavam uma só língua  e reuniram em um só lugar.

Edificaram uma cidade e fizeram uma torre para tocar nos céus.

A intenção deles era tão somente chegar aos céus e se aproximar de Deus, isso é implícito no texto e a ação deles, caracteriza o que tinham no coração.

 O Criador observa todo o movimento deles e ressalva:

 Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.

Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.

A criação de um só povo e uma só língua naquele momento não agradou ao Criador.

Um sistema Religioso nasceria naquele momento, sistema sem conhecimento dos decretos de Deus.

O homem natural tentando chegar aos céus por méritos próprios, não observando e nem passando pelo aferimento do Criador, sem com isso, consultar ao Criador, de como agradá-Lo e como expressar uma adoração que chegasse ao trono de Deus.

 Em conseqüência, o Criador os espalha por toda terra e confundi a língua vigente.

 O Senhor Jesus não veio estabelecer uma RELIGIÃO e nem Deus assim o fez quando tirou seu povo da escravidão do Egito, estabelecendo uma aliança com o povo de Israel que serviu de juiz para várias nações.

 Quando o Senhor Jesus chega a esse mundo, Ele encontra Israel corrompida pelo sistema religioso, sendo perseguido e até morto pelos mandatários religiosos da época.

 No deserto, Deus pede para Moisés construir o Tabernáculo e os utensílios para o mesmo e a única classe que havia era sacerdotal.

 Os sacerdotes serviam todos os dias na casa do Senhor, incumbidos das ofertas e sacrifícios por intercessão ao povo. Nessa época, era a única classe que existia designados pelo próprio Deus para o oficio ora imposto.

 Na época do Senhor Jesus, existia 5 classes sendo elas:

Classe dos Fariseus

Classe dos Saduceus

Classe dos Essênios

Classe dos Zelotes

Classe dos Sacerdotes

 Deus não criou essas classes e nem as ordenou sendo as mesmas criadas pelo sistema religioso que Israel implantou ao seu bel prazer e não atentando para a vontade Deus.

Prevalece aqui a vontade do homem natural, esquecendo do seu Criador e voltando a ser escravo de um sistema criado para satisfazer seus próprios interesses.  

 A única classe criada por Deus e ordenada foi a Sacerdotal, e era a classe de menos valor e sem força, espremida e comprimida pelas outras.

 Os Fariseus e os Saduceus eram as classes de maior poder e exerciam influencia nas questões religiosas da época, sendo os que influenciaram Roma na morte e crucificação do Senhor Jesus.

 Jesus pregou o Evangelho, curou e fez milagres e maravilhas, não ensinou nada sobre Religião e nem implantou nada sobre a mesma.

 Paulo nos diz claramente que o Evangelho é loucura para os que não entendem, mas para nós é o poder de Deus.

 O Evangelho é as boas novas que vem com força e poder para descortinar o véu que separa o homem de Deus, é Deus reconciliando o mundo pecaminoso com o Criador, através do seu filho Jesus, quando da sua morte na cruz, vertendo seu sangue para a remissão dos pecados da humanidade em todos os tempos desde Adão até os dias de hoje.

 O Evangelho é único e suficiente para nos ensinar a andar segundo a vontade do Criador.

Aceitando o sacrifício do Senhor Jesus pela fé, somos salvos pela graça abundante que Deus Pai nos concede mesmo estando o mundo em pecado.

 Jesus é o caminho, a verdade e a vida e nenhuma Religião pode salvar o homem do seu estado pecaminoso.

Somente a graça de Deus manifesta no seu filho Jesus através do seu sacrifício pode salvar o homem.

 A única condição para ser salvo é ter fé em Jesus, crer que Ele ressuscitou dos mortos, que vive pelos séculos dos séculos e está assentado a direita de Deus Pai e todo poder lhe foi dado no céu e na terra.

  O que passa disso é Religião pura, tentado atingir os céus através de doutrinas e sistemas, com boas ações e oferecendo a Deus ofertas e sacrifícios sem passar pela cruz. Mas Deus só aceita o sacrifício que ele mesmo estabeleceu no seu Filho.

 Tentar chegar aos céus sem Jesus é sacrifício de tolo, sem efeito legal para Deus.

O pecado afastou Adão e Eva do Criador, e os mesmos foram expulsos do Paraíso por desobedecerem à palavra do Criador, colocando o mundo em trevas e contraindo uma natureza pecaminosa que se alastra em toda humanidade a partir desse momento.

 A graça é tão maravilhosa que temos um episodio onde dois ladrões estão morrendo e sendo punidos pelos seus delitos praticados ao longo de suas vidas, até ai tudo bem, eles estavam recebendo o que eles mesmos plantaram, ou seja, a punição pelos seus crimes. Eram culpados diante da sociedade. Mas no meio desses dois ladrões, está um homem que também foi julgado e sentenciado á morte. Seu delito foi pregar boas novas, anunciar o Reino De Deus, curar enfermos, praticar milagres e alimentar mais de cinco mil pessoas com pães.

 Então nesse quadro temos três pessoas sendo punidas á morte sendo que tanto o que praticou o mal quanto o que nada de errado praticou, estão na mesma sentença.

 Os ladrões foram julgados pelos delitos por uma corte que representava o Império romano e a sua sociedade.

 Jesus foi julgado primeiramente pelo sistema religioso, acusado de blasfêmia e em seguida julgado pelo império romano, no caso, Pilatos é quem coordena o julgamento do Senhor Jesus.

 Ele mesmo, Pilatos, reconhece que Jesus nada fez que merecesse ser punido e lavou suas mãos querendo assim, isentar-se da responsabilidade acerca da sentença contra Jesus.

 Pilatos tentou ainda uma troca, colocando Barrabás junto com Jesus e deixando que o povo decidisse entre eles quem seria absolvido.

O povo decide então, influenciado pelo sistema religioso da época, por Barrabás, culminando assim para a crucificação morte do Senhor Jesus.

 Temos, então, um quadro pintado, Jesus no meio de dois ladrões tendo recebido a mesma pena de morte. Veio para os seus, mas os seus não o receberam e o colocaram numa cruz.

 A questão profética não é tratada nesse estudo, muito menos a razão e propósito da vinda e morte do messias. Aqui tratamos apenas da questão Religiosa embutida dentro das razões do sistema religioso no que tange aos interesses da classe religiosa da época.

 Jesus entregue a morte, ao lado de dois ladrões. Temos uma visão de um dos ladrões onde o mesmo dizia:

 Não és tu o Cristo? salva-te a ti mesmo e a nós.

 Temos aqui, não um reconhecimento, mas uma ironia que retrata muito bem o que o mesmo tinha no coração, Isso me faz lembra de Caim ao responder a Deus sobre seu irmão, após o mesmo tê-lo matado, vejamos como Caim responde a Deus:

 E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.

9  ¶ E disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão?Gn 4:8,9

 Caim responde a Deus com ironia, da mesma forma, um dos ladrões da cruz se dirige á Jesus, “não és tu o Cristo?”.

Pessoas insensatas e sem temor de Deus que agem segundo os conselhos dos ímpios ou segundo seu conhecimento sem consultar, analisar e examinar a palavra de Deus, indo de encontro ao precipício, atrai para si as conseqüências da sua imprecaução, como no caso de Caim que foi amaldiçoado por Deus e do ladrão da cruz que perdeu a chance de ser salvo pelo Senhor Jesus.

 Observe que a salvação estava do seu lado e a chance oportuna, mesmo na hora da morte, não o deixando isento da sua responsabilidade concernente a sua salvação diante do Criador. Tendo assim, mesmo na hora da morte, preferir morrer em seus argumentos segundo o curso deste mundo e não atentando e nem dando crédito à vontade de Deus, mesmo tendo Deus enviado seu filho ao mundo para, dessa forma, salvar e resgatar os pecadores, perdendo a chance de torna ao Pai como filhos aceitáveis pelo sacrifício do Seu Unigênito, a saber, Jesus Cristo, o Justo.

 É claro que Jesus estava moribundo, em forma de expectação de horror, devido à forma como foi moído, chicoteado e recebendo na sua carne, os pecados da humanidade, tendo a aparência de um sofredor, fraco, sem força para esboçar qualquer reação, em estado igual ao dos ladrões.

Era uma visão de horror e uma pergunta devia ronda a mente e os corações das pessoas presentes nesse espetáculo cadavérico. “Como pode ser isto, esse homem fez milagres, curou a tantos e até mesmo ressuscitou mortos, mas a ele mesmo não consegue Se salvar e nem Se livrar das dores e ferimentos oriundo do seu martírio?”.

 Uma coisa é ver e acreditar em Jesus quando realizava milagres, curas, libertações e ressuscitando mortos, estando com vida, andando entre a multidão cheia de força e vigor com aparência de profeta e falando com poder a palavra do reino de Deus. Envolto dos seus discípulos e cercado da multidão que acreditava nas suas palavras e aceitando pela aparência vivida que Jesus é o filho de Deus e o messias anunciado.

 Outra coisa é ver esse mesmo homem, Jesus, pendurado numa cruz ladeado por dois ladrões, vertendo seu sangue e morrendo, causando um desapontamento nos que acreditavam e até mesmo nos que foram curados por Ele. Daí vem à frase “salvou a tantos, mas a si mesmo não salva”, não entendiam o mistério da cruz e nem nos propósitos eterno de Deus Pai.

 Mas, um personagem rouba a cena com um olhar além da vida, repleto de fé, esperança e reconhecimento, fazendo da sua morte o acontecimento da sua vida, tendo em poucas palavras, garantindo a sua salvação eterna, transportando-o, da cruz para o paraíso.

 A visão desse ladrão, que reconheceu ser merecedor da pena, era a mesma visão que todos naquela hora tinham de Jesus. A diferença é que ele, o ladrão, não andou com Jesus e nem recebeu as suas palavras, mas por um momento ele estava atento a tudo que acontecia, ainda que ele mesmo estivesse morrendo. Mas ele mesmo deve ter pensado, “se fazem isso com esse homem que nada fez, ao contrario, ele só fez o bem, não roubou, não matou, não fez nada de errado, pelo contrario, só fez o bem e deu vida aos enfermos e palavra de esperança, se fazem isso com ele em nome da Religião, imagina o que não fariam comigo se eu pedisse pra ele me tirar dessa cruz e voltasse a ter vida na terra, não, não, se fazem isso com o Filho de Deus, já eu mesmo não quero mais viver nesse mundo onde matam o Filho de Deus em nome do próprio Deus”.

 O ladrão nesse momento de reconhecimento do seu estado pecaminoso, não se justifica, mas antes, confessa que ele mesmo merecia estar ali, mas que Jesus nada fez para tal pena.

O ladrão, chega a convicção de que para onde quer que Jesus fosse, após sua morte, seria melhor do que esse mundo corrompido, ele mesmo reconhece que Jesus tinha um reino diferente e ele mesmo queria estar lá com Jesus.

Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.  

Lucas 23:43   Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.

 Após, a confissão do pecado, o reconhecimento de Jesus como filho de Deus, vem o pedido do ladrão.

Ele poderia ter pedido mil e uma coisa, mas preferiu estar com Jesus onde quer que ele esteja.

 Jesus de pronto aceita o pedido do ladrão e faz do ladrão da cruz um morador dos céus onde muitos se acham dignos por seus méritos, obras, caráter, moral e justiça própria, não aceitando o sacrifício do Senhor Jesus como fez esse ladrão que não servia para a sociedade assim como também Jesus não servia, descortinando e esquadrinhando o que realmente o mundo é sem a direção e orientação da palavra de Deus, mundo este que tanto mata um ladrão como também um inocente para saciar sua justiça carregada de interesses acima dos planos Excelsior do Criador.

 E assim, se revela a Religião, onde se criam regras, dogmas e doutrinas que anseiam seus interesses próprios na vã ilusão de se chegar ao Criador, revestidos de moral e justiça própria sem passar pelo aferimento da palavra do Criador, onde o que de fato é não pode mudar para se amoldar às doutrinas que seguem o paganismo sem o crivo da palavra de Deus.

 A Igreja visível é bem representada em comparação à arca de Noé, que nos garante a salvação estando em Cristo Jesus. A arca comportava um numero grande de animais, tinha um cheiro desagradável oriundo dos dejetos dos animais, diria que insuportável dado o numero de animais que ali estavam, porém era justamente nesse lugar cheirando mal e com dejetos que a salvação estava. O mundo estava perecendo e dentro da arca estava a salvação que foi anunciada por Noé, mas o povo não dava crédito às palavras do Noé e pereceram pelos seus desejos e vontade própria, não atentando para o anuncio da destruição, absolvendo assim, mesmo que incautos, a sentença por vir.

 O Senhor Jesus veio anunciar o ano aceitável do Senhor aos pobres de espírito e aos quebrantados de coração, encaminhando aos que crerem no seu nome, á Igreja visível que prega o Evangelho segundo a Palavra de Deus com imparcialidade, dissoluta de heresias e doutrinas que firam ou denigram a verdade das Sagradas Escrituras.

 Os que confiam no Senhor Jesus não serão confundidos e terão o poder de serem filhos de Deus, participando da Ceia do Senhor e em comunhão com os irmãos, dando graças todos os dias pela alegria da salvação.

A Igreja de Cristo se caracteriza pela comunhão entre os irmãos, reunidos em nome do Senhor Jesus e adorando ao Pai em espírito e em verdade.

 Resumindo isso tudo, temos a palavra Graça, que traduzido significa “favor imerecido”, não mereço, assim como o ladrão da cruz, mas creio em Jesus, arrependo dos meus pecados e deixo de praticá-los à medida que Cristo vive em mim e me fortalece a cada dia, esquecendo-me das coisas que pra trás ficaram, sigo para o alvo que é Jesus, o Senhor da minha Salvação, e vou vivendo todos os dias, dando graças, louvor e adoração ao único que é digno de toda a honra, graça e louvor e a Ele foi dado todo o poder na terra e no céu e vive pelos séculos dos séculos em toda a eternidade, seu nome é Jesus Cristo.

 Pela graça sou salvo mediante a fé em Jesus cristo e isso não vem pelas obras, para que ninguém se glorie diante de Deus, simplesmente a graça é dom de Deus e Ele mesmo quer que todos venham a ser salvo, pois pra isso deu seu filho para nos salvar da perdição total.

 A Religião é como a pedra que o Senhor Jesus mandou retirar quando da ressurreição de Lázaro, Jesus disse: “tirai a pedra”.

A pedra somos nós que temos que tirar e não o Senhor Jesus.

Feito isso o Senhor diz para o seu espírito que segundo a bíblia, está morto, “venha para fora”, e o seu espírito renasce assim como ensinou o Senhor Jesus a Nicodemos ao dizer-lhe para nascer de novo no espírito.

É essa pedra, que se chama Religião, que precisa ser removida na vida das pessoas para nascer de novo e alcançar através da fé, a salvação.

  A Religião tenta forja um caminho, mas Jesus é o Caminho.

  • A Religião tenta implantar uma verdade, mas Jesus é a Verdade
  • A Religião tenta dar vida, mas Jesus é a Vida.
  • A Religião forma líderes e membros.
  • Jesus forma discípulos e adoradores.
  • A Religião forma seus santos e os colocam em imagens para serem intercessores.
  • Jesus nos torna santos pelo seu sangue na cruz e intercede por nós sendo nosso advogado e ensina que somente a Deus se deve adorar e prestar culto.
  • A Religião sincretiza, Jesus purifica.
  • A Religião prende com doutrinas.
  • Jesus ensina pelo Espírito Santo.
  • A Religião condena ao seu bel prazer.
  • Jesus salva e intercede.
  • A Religião cria barreiras e fronteiras.
  • Jesus transpassa as mesmas e te ensina a enfrentá-las.
  • A Religião procura quantidade.
  • Jesus procura verdadeiros adoradores.
  • A Religião olha aparência.
  • Jesus olha o teu coração.
  • A Religião te chama de membro.
  • Jesus te chama de amigo.
  • A Religião desenvolve espírito religioso.
  • Jesus nos ensina a ser manso e humilde.
  • A Religião te condena pelos seus pecados
  • Jesus te lava dos seus pecados.
  • A Religião fabrica o alimento dos membros
  • Jesus da o pão do céu para os seus.

  Termino aqui rogando ao bom Deus que abra o seu entendimento para a palavra de Deus, e que esse artigo sirva para edificar sua vida e acrescente no seu conhecimento, lembrando que, assim como Jesus foi Ungido para levar as boas novas aos quebrantados e aos pobres de espírito, não tenho por interesse persuadir ou confrontar suas convicções, mas antes apresentar uma verdade que anele a palavra de Deus ao seu entendimento, sabendo que somente o Espírito Santo convence do pecado, juízo e salvação.

 Tenho por certo, o dever cumprido no tocante ao anuncio do evangelho pela palavra de Deus que é absoluta, mas no campo das idéias é relativa. Porem a relatividade é humana e o absoluto é Divino. Por isso que se devemos sempre examinar as Escrituras para não corrermos o risco de cometer uma heresia.

 Deus seja Louvado, Revelado, Adorado e querendo Deus, sejamos cheios de graça e amor.


 E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no    paraíso

    By Miss Zanone T Maciel, phd de Jesus

Fonte de Inspiração: Espírito Santo

Contatos: [email protected]