O texto trata de relatos de um professor em sala,sob a visão de aprendizagem de um adolescente autista.

Relatos de um adolescente autista: um diário do autismo na era inclusiva em aula.

O adolescente chama atenção de qualquer forma, seja ele emo, roqueiro, homossexual, rebelde, usuário de droga ou portador de uma necessidade especial. Mas aquele que é portador de uma necessidade especial ,sem sombra de duvidas vai ser o mais apontado em suas atitudes no dia a dia de uma classe e portanto o que vai chamar mais atenção e o que mais nos dará lições de vida.

Negligência , ignorância, conceitos e difamação fazem parte da vida do diferente ,do especial. Foi pensando nisso que a busca de relatos de profissional da educação que estão ali  semanalmente com o portador da necessidade especial foi o alvo para tal pesquisa.Pois é no universo classe que podemos chegar a noção da inclusão do diferente no meio social.É na escola ,umas das mais importantes instituições sociais que o individuo aprende não só o saber sistemático ,como também interagir com todo o meio social que lhe é necessário na sobrevivência.

A necessidade analisada nos relatos foi o autismo, que segundo Gauderer trata se de uma disfunção global do desenvolvimento, crônica, incapacitante que compromete o desenvolvimento normal e se manifesta tipicamente antes do terceiro ano de vida. Ele também caracteriza o portador de autismo por possuir uma diminuição no ritmo do desenvolvimento psiconeurológico, social e linguístico.

O aluno em questão tem 12 anos de idade e apresenta um quadro de transtorno do espectro do Autismo(CID F8)muito possivelmente o transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, que segundo analise neurológica  ele vem demonstrando uma excelente evolução muito embora persistam dificuldades que prejudicam o rendimento acadêmico.

Receber um autista em sala de aula requer amor ao próximo, vontade e profissionalismo, não estamos tratando de uma tarefa fácil ,nem sempre o professor foi preparado ou avisado sobre ter um aluno autista e como lhe dar com a diferença incluindo. Essa é infelizmente uma realidade da educação inclusiva. Cabe ao profissional que não foi preparado buscar mecanismos de convivência que alcancem a necessidade do aluno ,para que este realmente se adeque ao meio social, a classe e a inclusão.