1.  INTRODUÇÃO 

O referido estágio contemplou 50 horas no Ensino Fundamental e 30 horas em Gestão Escolar sendo de suma importância para a conclusão satisfatória do curso de formação pedagógica conforme determinação legal para a graduação com habilitação plena em pedagogia. O objetivo é aprimorar a prática em sala de aula e nas atividades extra-sala, assim como, conhecer os novos paradigmas da convivência da gestão com a comunidade escolar compreendendo lições do ensino infantil e fundamental. Durante o estágio (horas do estágio), desenvolvi atividades de observação participativa e também ministrei aula para a turma da 3ª série do Ensino Fundamental, da Escola Estadual Deputado Maurício Goulart, cedente do referido estágio.

A implantação do Ensino Fundamental de nove anos, com as crianças interagindo com o mundo globalizado, o uso da internet e o fenômeno das novas tecnologias, me fez perceber que é preciso aliar os conceitos da modernidade as teorias do conhecimento pedagógico, que foram defendidas por Piaget, Wallon, Paulo Freire e outros pensadores que influenciam a Educação.

Para o exercício da pedagogia , precisamos estar abertos para os novos conceitos de interação social, um apoio que vai além das disciplinas e conteúdos que ministramos do lado de dentro dos muros das escolas.

Portanto para atender as novas demandas e exigências da educação, precisamos de estratégias, habilidades e procedimentos que respondam na prática as novas necessidades e expectativas da educação, começando pela  Educação Infantil.

Sempre estamos discutindo qual o método apropriado para envolver o educando no processo de aprendizagem com maior eficiência, mas é preciso considerar que com advento da escola para todos, estamos na fase da transição em que os pais são atraídos pela estrutura física do prédio escolar ou mesmo se encantam com a distribuição de uniformes, merendas e outros complementos que necessariamente não são ou não deveriam ser principais objetos da relação do processo de ensino-aprendizagem.

Assim é necessário aos educadores da sociedade do conhecimento crítico, investir na formação de educandos que tenham uma visão voltada para o dever cidadão, que apreenda o saber, que questione e que pense criticamente.

 

Devemos educar para além dos muros da escola, que possamos encontrar formas de ensinar envolvendo as famílias, fazendo-as entender que, principalmente, a Educação fundamental como base da socialização das relações pessoais e sociais, não deve ser responsabilidade somente da escola, deve ser responsabilidade compartilhada entre todos os atores que são responsáveis ou co-responsáveis da educação no objetivo de encaminhar para um futuro do exercício da cidadania e um mundo do trabalho, cada vez mais exigente.

O estágio compreendeu também experiências de Gestão Escolar nas quais pude observar a dinâmica que compreende a Gestão Administrativa e Financeira, Gestão Pedagógica e de Recursos Humanos.

A Gestão Administrativa incumbem -se da parte física e burocrática da escola, que envolve o prédio, equipamentos, materiais, legislação e atividades de secretaria e responde pela parte de finanças da escola.

A Gestão Pedagógica define a linha de ensino, as metas a serem atingidas, levando em conta os objetivos e o perfil de seus alunos. Deve avaliar o rendimento das práticas adotadas, para detectar e corrigir eventuais erros se necessário, juntamente com a equipe de professores envolvidos.

A Gestão de Recursos Humanos administra o bom andamento das atividades escolares focando em manter as pessoas envolvidas no comprometimento da rotina e das novidades da escola.

O estágio me fez refletir sobre a identidade da escola que queremos e a importância da mesma para a evolução da sociedade de forma igualitária, sendo motivada por uma escola que é para todos.

A Educação ao lado da Cultura são condicionantes para evitar a exclusão social. Assim sendo, definir a  identidade da escola em direção ao horizonte desejado passa por responder que tipo de educação consideramos apropriada para os nossos jovens e as nossas crianças.

É preciso pensar em uma escola inclusiva, que seja de fato para todos, quando dizemos todos, é para todos de verdade, é pensar no vulnerável socialmente, mas é pensar na participação da pessoa com deficiência incluída no sistema educacional brasileiro, é construir um identidade que contemple toda nossa realidade, integrando todos e socializando conhecimento para poder compartilhar oportunidades na direção efetiva do que preconiza o artigo 208  da Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

 

A identidade da escola que desejamos, só pode concretamente ser possível com um esforço de toda sociedade política e social na busca da qualidade da educação, principalmente de base. Pois à medida em que se sustenta a democratização da informação e do conhecimento para os saberes fundamentais à formação de um educando participativo, crítico e solidário, caminhamos para a composição de uma sociedade de cidadãos conscientes do objetivo de priorizar à educação como o caminho ideal a transformação do ser humano e o viver digno no exercício da cidadania.

Nessa perspectiva, desejamos o pleno compromisso de contemplar a diversidade como identidade de uma escola futurista que se remodela no presente, ou seja, discutindo hoje, com vistas no horizonte, possibilidades e práticas que evidencie as temáticas da pluralidade,  como alfabetização e letramento, artes, música, esportes, idiomas, questões sobre a igualdade racial e de gêneros, várias formas de inclusão, entre outras.

O horizonte que desejamos, inclui uma escola de identidade democrática, plural e significativa. Uma escola de qualidade social para todos!

Portanto o referido trabalho de estágio é acompanhado de um olhar observador dentro de uma perspectiva da educação enquanto instrumento de autonomia, o que posso afirmar ter encontrado no corpo de docentes da Escola Estadual Deputado Maurício Goulart, através do pleno esforço no desenvolvimento e no envolvimento dos projetos da escola para tornar realidade os desafios da cidadania em uma comunidade da periferia da Cidade de Guarulhos. Pois é preciso considerar que a realidade do mundo globalizado chega nos recantos dos grandes centros como sonhos, algo distante que exige da escola empenho para acompanhar os movimentos da sociedade, para o bem da constituição da própria comunidade aprendente.

É a luta de estar atualizada (mesmo sem os recursos necessários), no compromisso das questões que interferem na vida e na beleza dos sonhos dos educandos, afim de prepará-los para o exercício da cidadania e o mundo do trabalho, o que requer que a escola esteja situada na realidade que vai além do bairro, da cidade, do país, ou seja,  a escola de hoje vive o dilema de influenciar na comunidade local, e estar antenada com o mundo.