Nos últimos cinco meses estive presente na Direção escolar de uma escola da rede pública. Foi uma experiência de grande valia, pude observar as mais diferentes situações que ao longo da minha carreira de magistério não imaginaria ter a proximidade que foi diante os conflitos de rotina escolar. Descrevendo o ambiente desta escola percebe-se a frieza da clientela escolar na busca de seus ideais e a fragilidade daqueles que esperam que dias melhores na educação venha a acontecer. Uma das principais queixas que evidenciada por parte do corpo docente é a ausência marcante dos responsáveis pelo educando na vida escolar do aluno, sobressaindo à dificuldade que a equipe pedagógica apresenta em trazer a família para o seio escolar. Os professores que trabalham com uma carga horária menor na maioria das vezes não conhecem o responsável, pois a maior parte se faz ausentes até mesmo quando convidados a uma Reunião de Pais e Mestres, quando presente em uma das reuniões não participa do que está sendo discutido, estão sempre muito apressados, se justificam ter deixado o trabalho para tão simplesmente pegar o boletim escolar. Pais, não se esqueçam que no Estatuto da Criança e do Adolescente está claro que é o seu dever matricular e acompanhar o rendimento e a freqüência de seu filho na escola! Você tem reservado momento de crescimento acadêmico junto com o seu filho? Tais interrogativas nos deixam desprotegidos do cumprimento do dever da família e as dificuldades acabam se acentuando dia após dia, interferindo de certa forma no resultado em relação as competências e habilidades que o educando deveria aprender na escola e ser retomado no recinto familiar. Eis questionamentos que são levantados rotineiramente no interior da escola e que hoje a sociedade convive diariamente com a mesma problemática no interior das diferentes redes de ensino, pois os pais têm transferido a cada dia tão somente a responsabilidade da formação a nós educadores, se esquecendo que as crianças são nossos alunos e filhos de vocês, cabendo a cada segmento se responsabilizar por sua parte na formação deste cidadão. O desempenho escolar de seu filho pode ser melhorado quando a família busca fazer-se presente na Educação dos filhos. É importante contribuir na aprendizagem de maneira constante, podendo colaborar de diferentes formas, desde o questionamento de como foi o seu dia escolar, até as suas mediações nos deveres de casa, bem como verificando cada caderno de seu filho. Estudos revelam que a participação da família contribui bastante para o aprendizado da criança. Quando os pais participam da vida escolar dos filhos, as notas aumentam em torno de 20%. Diversos estudos mostram que faltas dificultam muito na aprendizagem de crianças e adolescentes. Quanto mais aulas ele perder, maiores serão as chances de ele tirar notas ruins e repetir o ano. As crianças estimuladas pelos pais a estudar e fazer as lições de casa tem desempenho sempre melhor, estimular não é executar a atividade pela criança, isso só trará prejuízos. Em resumo acompanhe, mas não de as respostas prontas, leve-o a refletir e conseguir chegar ao objetivo da tarefa. Outro ponto que é presente no interior da escola, é a dificuldade que a criança apresenta em relação ao seu relacionamento com as outras crianças e que de certa forma acaba acarretando na sua falta de atenção, concentração e melhores resultados no rendimento escolar. Quando pensamos em crianças, logo associamos à imagem angelical de pureza e doçura. Por isso nos causa grande espanto e desorientação ao ver atitudes agressivas em crianças pequenas. A agressividade é uma força instintiva que como outras são inatas em todos os seres humanos. Especialmente a criança, expressa tudo o que é mais essencial do ser humano, uma vez que ela ainda não completou seu amadurecimento moral e intelectual, ou seja, ela não tem recursos próprios para se relacionar com o mundo. Assim, nas crianças percebemos as características essenciais e instintivas do ser humano com a agressividade, porém é individual de cada uma como e o quanto esta se manifesta. Diante de uma criança que expressa uma agressividade excessiva, devemos compreender o contexto em que isso ocorre. O primeiro passo é verificar se existe em seu convívio familiar e escolar, algum fator que esteja estimulando a reação agressiva. Se esse for o caso os adultos podem orientar a criança á ter atitudes alternativas para resolver a situação, se for necessário o próprio adulto poderá interferir na situação. Em crianças que tem como característica pessoal uma força agressiva intensa, os pais podem proporcionar-lhes oportunidades de direcionar essa força para um caminho produtivo como atividades artísticas ou nos esportes. A criança que tem características que não correspondem às expectativas dos pais, familiares e professores, encontrarão muitas dificuldades no seu desenvolvimento caso os adultos de seu convívio a tratem como uma criança problema, estranha e indesejável, pois isso prejudica ainda mais a possibilidade dela se aceitar do jeito que é e se tornar uma pessoa saudável. As escolas de maneira geral pedem socorro, tem se tornado cada dia mais expansivo a dificuldade em resolver os transtornos e conflitos gerados em decorrência das famílias estarem distantes de seus filhos e ao ser chamado na escola para conversar, com comodidade dizer eu não sei mais o que fazer ou tratar-nos com descredibilidade na atuação didático pedagógica.