FACULDADE DE TEOLOGIA E FILOSOFIA FIDES REFORMATA

MESTRADO EM EDUCAÇÃO HOLÍSTICA

PROF. DR. NEY IARED REYNALDO

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO INCLUSIVA  

ATIVIDADE AVALIATIVA – RELATO DE UMA VIVÊNCIA EM RELAÇÃO EDUCAÇÃO INCLUSIVA

MESTRANDO (A): MARLETE DE MORAIS MARTINS VIEIRA

SANTA RITA DO ARAGUAIA - GO

MARÇO DE 2013 

  • Relato de uma vivência/experiência em relação à Educação Inclusiva, tendo como base nas aulas dadas.
  • Faça um comentário apontando quais são os aspectos positivo e negativos da Educação Inclusiva na escola regular de ensino.

RELATÓRIO DE TRABALHO PEDAGÓGICO

Nome do (a) Aluno (a) Letra inicial do nome “M”

Ano Letivo: 2011; 3º ano Ensino Fundamental Turno: Matutino

Professora: Camila dos Santos Dassa Aranha.

Sou professora em uma escola de rede Municipal e leciono numa turma de 3º ano Ensino Fundamental composta de 35 alunos matriculados. Neste grupo algumas crianças demonstram dificuldades de aprendizagem, dentre eles “M”, qual foi acometida com paralisia cerebral.

O desafio estava posto; nunca havia trabalhado com tantas diversidades, com isso senti que precisava de informações específicas para cada quadro de dificuldade dos alunos. Para tanto, fui à busca de novos cursos para que eu pudesse desenvolver o meu trabalho pedagógico com eficiência.

Com olhar e escuta atenta, fui me aproximando, colocando desafios e observando até onde iam as respostas que o grupo me daria, organizando as atividades e potencialidades de acordo com as necessidades dos alunos, e com as devolutivas que recebia das conversas informais que realizávamos pude traçar outras ações para tentar ajudar o referido aluno. Em vários momentos e em duplas, tivemos em roda leituras, no qual enfatizavam a diversidade e respeito para com o outro.

O grupo sempre foi muito solícito, conversávamos sobre como ajudar, de modo, deixar claro o momento que realmente era necessário tal auxílio, mostrando assim, a capacidade e a necessidade que cada um tem em superar-se. É importante destacar que M. é um aluno fantástico, interessado, colaborativo, esforçado, muito inteligente e de vocabulário rebuscado, reside em uma casa de abrigo, e tem um histórico fragilizado.

Houve uma sincera relação de confiança, identificação dele comigo devido ao acolhimento e propostas que direcionavam para ações de superação. Ao ponto dele chamar atenção dos colegas de sala quanto ao comportamento inadequado.

Sua maior dificuldade estava no movimento de pinça, mas as dedicações em superar suas limitações foram acontecendo dia após dia e a conquista de um recurso tecnológico chegou rapidamente para M.

A diretora, em parceria com a Secretaria da Educação, disponibilizou um computador para a realização de atividades, em que o mesmo faz uso do teclado e do mouse com muita constância. Existem softwares que uso como apoio para alfabetização (construção de palavras, jogo da memória das sílabas e ouvir histórias), entre outros. Percebo seus avanços e invisto cada vez mais nas suas potencialidades. Diante disto, podemos vibrar juntos a cada avanço, conquista e click do mouse.

 Portanto, ter ele como aluno é um grande presente, observando-o tenho forças, ações criativas para superar os meus limites enquanto professora e pessoa, e com este olhar ajudar a todos os alunos que encontro.

 Tendo como ponto de partida o relato apresentado pela professora Camila Aranha, é possível dizer que, nós educadores estamos partilhando dos mesmos desafios. Neste relato observei dois pontos relevantes: o primeiro é a intervenção como ponto de partida para gerar e motivar a aprendizagem do educando, enquanto que o segundo se trata da paciência pedagógica que forma a empatia para a inclusão do estudante.

 No entanto, devemos ser firme em nossos propósitos como educadores, pois os desafios são enormes, pois creio que para superarmos as dificuldades encontradas temos que fazer uma boa parceria entre a escola, família e comunidade, para assim, podermos realizar a efetivação da inclusão dos alunos com deficiência nas escolas de ensino regular.

Levando em consideração o ambiente físico das nossas escolas podemos perceber a necessidade de uma sala de recursos multimídias, uma vez que este espaço proporciona de maneira diferenciada, aos alunos e professores, uma maior interação no processo educativo, além de ser um ambiente propício ao encantamento, para o desenvolvimento do respeito mútuo, de modo, a priorizar a Educação Inclusiva dos estudantes com deficiência, de maneira a respeitar o potencial e o ritmo de cada um, e concomitantemente possibilitando maior autonomia destes indivíduos.

De acordo com as explanações feitas durante a aula sobre a Educação Inclusiva, pude perceber que “ser diferente é natural”; e nós educadores temos como função levar ao aluno a crer que ele é capaz apesar de suas limitações físicas ou psicológicas, pois acredito que isso é o começo do processo de ensino-aprendizagem dos estudantes que possui algum tipo de deficiência.

Referências Bibliográficas: 

http://www.diversa.org.br/acervo-de-relatos. Acessado em 17/02/2013.