RELAÇÕES CRUZADAS NA FORMAÇÃO DO PERFIL IDENTITÁRIO DA CRIANÇA; AMIGOS OU BANDIDOS IMAGINÁRIOS?

Antônio Domingos Araújo Cunha[1]                                                                                              

RESUMO 

As mudanças na constituição da família colocam essencialmente marcos de referência na formação do caráter de uma criança. Assim, aquelas educadas em ambientes violentos tendem a repetir o estigma da violência ao constituírem suas famílias no futuro, ao menos repetirem os fracassos vividos anteriormente, ou ao contrário, reverterem radicalmente os quadros em que foram inseridas, pelas relações cruzadas em seus destinos que impregnam sua identidade de concepções de vida, visto que a criança prototipa relações e as compartilha nos limites de suas relações com ou sem grau de parentesco. O tratamento terapêutico de seres humanos tidos como problemáticos, encontra suas raízes normalmente em relações parentais desprovidas de clareza com relação aos papéis de cada um no desenvolvimento do caráter da criança, na influência destas relações que se impregnam no discurso e projeto de vida individual do menor, da mesma forma, na sua integração promovida pelas relações afetivas que complementem estes laços afetivos matriciais, que se firmam pelo convívio estabelecido ao longo de sua existência, na busca de si, indo ao encontro do outro. O presente artigo tem como objetivo principal, investigar as variáveis que balizam a vida de uma criança na eleição de seus protótipos existenciais eleitos, como nas relações entre “amigos ou bandidos imaginários”, ao longo de sua jornada única pela linha temporal da vida.
Palavras-chave: Família, histórias, criança, identidade