Relacionamentos Interpessoais: Você E Os Outros (Última Parte)

ASSERTIVIDADE

O QUE É SER ASSERTIVO?

Se você não consegue dizer o que pensa; costuma fazer trabalhos que são dos outros; diz sim quando gostaria de dizer não; quando confrontado tenta reagir, porém, só surge uma idéia coesa duas horas depois... É provável que falte um pequeno ajuste no seu comportamento. Falta assertividade!

Para simplificar, podemos dizer que "Assertividade" é a capacidade de concretizar desejos, pensamentos, não excluindo os dos outros.

A assertividade está intimamente ligada ao autoconhecimento.

TIPOS DE COMPORTAMENTOS

AGRESSIVO É caracterizado pela necessidade de dominar o outro.

PASSIVO Seu principal objetivo é não desagradar o outro.

 

PASSIVO – AGRESSIVO É um comportamento misto, com elementos de agressividade e passividade.

ASSERTIVO Exprime, sem constrangimento, seus sentimentos positivos e negativos, ouve as críticas e negocia sem ataque pessoal.

COMO SE TORNAR UMA PESSOA ASSERTIVA?

O primeiro passo é mudar a imagem que você tem de si mesmo. Como? Encarando suas dificuldades com mais tolerância e naturalidade.

Ao adotar o comportamento assertivo, você pode, inicialmente, provocar diversas reações nas pessoas com quem você convive.

O PROCESSO PASSO A PASSO PARA A ASSERÇÃO

Observe seu próprio comportamento

Observe atenciosamente sua asserção.

Concentre-se numa situação determinada.

Reveja suas respostas.

Observe o modelo eficaz.

Considere respostas alternativas.

Ponha em prática sua asserção.

CUIDADO COM AS REAÇÕES DOS OUTROS

Certos indivíduos reagem de modo desagradável quando enfrentam a asserção de outrem.

Revides - Depois de você expressar-se assertivamente, a outra pessoa envolvida pode ficar zangada, mas não declarará isto abertamente.

Agressões - Neste caso a outra pessoa torna-se abertamente hostil a você.

Crises de Temperamento - Em certas situações você pode ser assertivo com alguém que esteja acostumado a dominar. Ele pode então reagir à sua asserção ficando magoado, queixar-se da saúde, melindrar-se, dizer que você não gosta dele, chorar e lamentar-se, manipulando-o para que você se sinta culpado.

RELACIONAMENTOS DEPENDENTES

Relacionamentos podem ser saudáveis ou não, depende da maneira como você os conduz. Cada pessoa precisa ser capaz de administrar a própria vida, ser autônoma e cooperativa.

Os relacionamentos construtivos precisam estimular as pessoas a desenvolverem suas capacidades de autocrescimento.

Administrar a própria vida é ser responsável pelos resultados obtidos.

Ter autonomia é viver de acordo com seus próprios princípios, acreditar em suas convicções, exigir mais de si mesmo, é expressar suas próprias idéias e pensamentos. Conhecer bem o próprio "eu" para construir relacionamentos mais plenos, ter consciência da maneira de ser para relacionar-se com o outro são caminhos possíveis para estar com pessoas que queremos estar bem.

RELACIONAMENTOS DE DEPENDÊNCIA

Diariamente temos exemplos de relacionamentos dependentes nas famílias, nas empresas, nas escolas, etc.

Gestores queixam-se da incompetência, da falta de iniciativa de seus subordinados, entretanto, inibem seu crescimento e desenvolvimento por terem receio, medo, que estas pessoas possam, de algum modo, se sobressaírem, mostrar suas competências.

Da mesma maneira, funcionários reclamam do chefe centralizador, mas delega a ele todas as soluções dos problemas.

Outro exemplo seria quando alguém pressiona outra pessoa, na tentativa de fazê-la sentir-se responsável por ela; ou quando em uma separação de casal um dos cônjuges oferece aos filhos melhores condições materiais para que estes optem por um deles.

Segundo o psiquiatra argentino Roberto Kertesz, existem quatro formas de manipulação:

1 – Por medo: "Se você não fizer o que eu quero, eu...".

2 – Por culpa: "Eu dediquei toda minha vida a você e agora recebo seu desprezo".

3 – Por indiferença: "Enquanto você não fizer o que eu quero, não falo com você...".

4 – Por suborno: "Se você passar no vestibular, eu lhe dou o carro que me pediu...".

TIPOS DE RELACIONAMENTOS DEPENDENTES

Dominantes

Cuidam dos outros de forma centralizadora e controladora. Acreditam serem capazes de terem o domínio sobre os outros e sobre as situações vivenciadas pelos outros.

Os dominantes manipulam por medo ou suborno. Oferecem ajuda, mas cobram. Cuidam dos outros desde que "esses outros" não criem seus próprios espaços de vida.

Dominados

São mestres em pedir que os outros façam coisas que elas deveriam fazer, sempre alguém é o culpado por seus problemas ou fracassos, atribuem a outrem suas derrotas. Manipulam através da culpa e do medo. Também podem desenvolver a cultura das desculpas ou mentiras.

Individualistas

O individualista é, certamente, o tipo de pessoa com maior dificuldade de modificação. Como organizou sua vida de forma que ele mesmo se baste, sente-se auto-suficiente, procura sempre não depender das pessoas porque acredita que, se depender delas, será abandonada no momento em que precisar. Tem dificuldade em acreditar no amor que os outros têm por ela, acha que sempre existe situação de interesse.

Dificilmente admitem erros próprios ou dos outros, são profissionais perfeccionistas.

PRATICANDO AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS

APRENDA A SER UMA NOVA PESSOA

Não busque fora de você a razão de seus males, dores e problemas, admita isso ou não, é você mesmo a causa do bem ou do mal que lhe ocorre.

Não sabemos o que fazer com a dor, com as feridas, a raiva, os ressentimentos, o vazio, a depressão, a solidão, a angústia, o desamor, etc.

Apegamo-nos ao que conhecemos, porque nos parece mais seguro, confortável e até mesmo familiar, ainda que não seja satisfatório, pois sabemos que assim poderemos sobreviver.

A grande verdade é que "você é a pessoa que escolhe ser o que é".

Todos os dias você decide se continua do jeito que é ou muda.

As mudanças acontecem quando as pessoas já não se sentem mais satisfeitas com o que vem ocorrendo em sua vida, quando percebem que têm capacidade, potencial para viver uma nova vida e de maneira melhor.

Na vida nós somos problema ou solução.

MUDE ANTES QUE AS DIFICULDADES SE TORNEM UM PROBLEMA

Freqüentemente observamos que para a maioria das pessoas, enquanto a vida está "dando para o gasto", elas têm a tendência de manter o mesmo rumo e só se dão conta de que deveriam ter efetuado alguma mudança quando algum problema grande surge no meio do caminho.

É importante perceber que tudo o que está acontecendo em sua vida, seja positivo seja negativo, é resultado de um processo que você pôs em movimento.

Quando os resultados não são os esperados, chegou a hora de mudar. Muitas pessoas vivem iludidas pensando que os resultados mudarão sem que façam algo diferente.

Fazer as mesmas coisas de modo igual e esperar que os resultados sejam diferentes é "neurose".

Muitas pessoas, em vez de mudar, ficam agressivas. Na verdade, vivem prisioneiras numa jaula construída por sua imaginação.

A única vantagem é que essa jaula não tem grades. É construída de ilusão, e a própria pessoa é a dona da chave.

Quando as coisas começam a não funcionar em nossa vida é importante estar atento aos sinais de alerta para a mudança. Observe o que a insatisfação deseja lhe mostrar e vá em busca da mudança.

Muitas pessoas insistem em comportamentos que dão resultados negativos e depois reclamam. Não percebem que reclamar é inútil e que a única e melhor saída é analisar a situação e buscar solucioná-la.Ter as mesmas atitudes e esperar que os resultados sejam diferentes é acumular sofrimento.

SAIA DA ZONA DE CONFORTO

Muitas vezes as pessoas ficam presas em suas teias de insatisfação. Reclamam da vida que estão vivendo, no entanto, não fazem nada para modificar isso.

Elas podem não saber conscientemente, mas mergulharam num atoleiro de negatividade, cercado de barreiras construídas pela familiaridade (aquilo que já se conhece) e pelo conforto no modo de ser e agir.

Os principais elementos do qual você precisa para sair do atoleiro da zona de conforto são: coragem, disposição e atitudes.