RESUMO

Este trabalho apresenta o processo histórico no qual se dá o relacionamento entre professor e aluno. Nosso objetivo é detectar os principais problemas desse relacionamento ocorridos através do tempo e as características causadoras do surgimento de alguns problemas existentes no processo ensino-aprendizagem. Objetivamos desta maneira  detectar o que ocasiona determinados comportamentos entre ambos.Ainda detalhamos atitudes como este relacionamento se dá através do tempo e como o mesmo esta inserido no contexto educacional e ou social de cada realidade.Averiguar atitudes positivas e negativas é fator que julgamos ser relevante.Volvemos nosso olhar para a relação professor-aluno no processo de ensino  aprendizagem, direcionando a discussão para o aspecto de sua relevância dentro da educação, por compreender-se que todo relacionamento é arraigado de afeto, sendo este o principal componente nas relações humanas.  Para tanto, a relação professor-aluno é uma forma de interação que dá sentido ao processo educativo, uma vez que é no coletivo que os sujeitos elaboram conhecimentos.

PALAVRAS-CHAVES: Relação; Professor /aluno; Ensino- Aprendizagem;

1- INTRODUÇÃO

O presente trabalho ressalta o relacionamento professor e aluno no decorrer do tempo e as modificações visíveis e também preocupantes pelas quais este processo vem se dando.

      No passado era tido como ditador o chamado tradicional. Ele era o centro das atenções, o sabe tudo... Enquanto que os alunos eram apenas expectadores, recebiam as mensagens já prontas e não as constelavam só ouviam, decoravam e repetia, o professor permanecia em seu pedestal enchendo os alunos de conteúdos, sem revelar nenhum interesse pelo aspecto cognitivo ou até mesmo afetivo. Atualmente por incrível que pareça ainda existem tais profissionais. O que fazer para que cada um vá tomando consciência  do seu papel de educador transformador da realidade social ? Acreditamos que o caminho a seguir seja o professor aceitar a mudança em si própria para tornar-se um transformador da realidade que aí estáeste é o primeiro passo.

       Resta-nos lutar para que ocorram mudanças consciente e plena entre professores e alunos, para que a aprendizagem ocorra  na esfera social modificando toda a sociedade,tornando-a esclarecida e menos desprivilegiada.

      Segundo  NERICE,(  1985):” o educador e a sociedade são os dois motivos porque a educação existe. Como a sociedade é constituída de indivíduos, o educando indiretamente, também a representa, e com isso passa a ser o “centro da escola”.

      Daí a escola atuando sobre o educando, estará atuando indiretamente, sobre a sociedade. Por isso, o professor deve sempre revelar-se interessado na pessoa do aluno, nos seus planos de vida, nos seus sucessos e dificuldades e nos estudos.

      O educando precisa sentir por parte do professor, que ele é mais importante do que a disciplina lecionada.

      Uma das melhores técnicas de motivação são as boas relações entre educador e educando. Nada mais entusiasma o aluno do que perceber que é visto, distinguido e compreendido pelo seu professor. O bom relacionamento entre ambos cria um clima que facilita os trabalhos escolares e convida o aluno a empenhar-se nas tarefas que lhes são confiadas.

(Segundo Gadotti, (1974): a relação mestre discípulo na educação.) “ Se a educação não se limita ao âmbito da relação professor-aluno, pai e filho a relação mestre-discípulo,que se torna educadora,é uma relação cujo sentido ultrapassa as fronteiras da escola e da família.”Educador”, tornou-se  hoje uma palavra cujo o sentido está ligado a uma classe de pessoas que trabalham como profissionais.Aqui o mestre é necessariamente um profissional de educação.É verdade que a relação mestre/discípulo realiza-se numa certa paisagem onde podem existir normas e instituições,mas, quando essas normas e instituições forem predominantemente ficar-se-á apenas na área do ensino,quando do muito não se operando a relação de maestria propriamente educadora”.

      Ainda citando GADOTTI (1974.p.59):

“Temos um ponto de partida para que um relacionamento  se torne verdadeiro: deverá existir uma relação de diálogo.

Essa relação só se torna verdadeiramente diálogo quando existir a inovação da verdade, que só ocorre no enfrentar de personalidades e não de intelectos.  Eles se descobrem realmente na sua relação de diálogo em que se põe em questão a própria verdade, que é a verdade humana, que é a verdade em diálogo.

Reduzir a relação mestre/discípulo é uma relação na distância, baseada na superioridade do mestre, é trair a invocação que está na base desta mesma relação.

Ambos, mestre e discípulo, estão subordinadosà mesma exigência, pois nenhum dos dois é ainda chegado. Ambos ainda estãoa caminho “tenso” para a verdade.

Amor e amizade têm, pois, um valor educativo muito grande. Deles depende muitas vezes, o êxito ou o fracasso escolar. “Ensinar é uma vocação de amizade.”

Então nos perguntamos: será o aluno que se fecha ou o professor que não vai até ele?Acho que se houvesse diálogo, mais abertura e confiança entre ambos esse relaciomentopoderia ser fortalecido, o que geraria um despertar de um novo renascer no processo ensino/aprendizagem. Partindo desse princípio destacaremos alguns pontos,dos quais observamos ao aplicar alguns questionários em algumas escolas do interior do estado do Ceará.Colhemos informações de professores, alunos e algumas observações  sobre a sala de aula.

  Na interação teoria e práticaobservamos que poucos  dos professores entrevistados,fazem o seu papel de educador,as pessoas entram nos chamados “modismos educacionais”,trazidos e fabricados pela mídia  sem que sejam introduzidas as mudanças internas nos indivíduos. Na realidade são dadas reciclagens, cursos de aperfeiçoamento e pouco se vê o resultado. Será que no meu espaço de sala de aula com meu aluno acontece essa transformação, essa quebra de paradigma tão temida por todos? È certo que toda mudança gera medo, pois o novo é sempre temido,desconhecido, mais é através desse ousar que o educador pode transformar o homem para que ele venha a transformar o mundo.

Será que não sou mais um tradicional apegado aos velhos modelos, disfarçado de um desses “modismos?”  Como diz Regis de Morais” minha inquietação me acompanha.”...