Quando falamos em regras e limites, deparamos com uma dificuldade que constantemente está presente nas instituições de educação e também nas famílias, pois é comum ouvirmos falar: Que a criança não tem limite, esta difícil para trabalhar com ela, ela não me obedece, diante dessas questões podemos refletir sobre os estagio do desenvolvimento da criança e a importância de começar atribuir limites na infância.

Podemos começar a refletir sobre a falta de limites, como uma fase de desenvolvimento da criança, na fase de 2 a 5 anos as crianças são egocêntricas e acreditam que seu desejo tem que ser satisfeito e utilizarão de chantagem para conseguir atingir seus objetivos.

A partir dos 3 anos, vemos que ocorre o estágio do personalismo, momento da constituição do eu, no qual a criança em seu confronto com o outro passa por uma verdadeira crise de personalidade,

Caracterizada pelas mudanças nas suas relações com o seu entorno e pelo aparecimento de novas aptidões. Wallon (1953) considera esse estágio, que vai até os 6 anos de idade, como sendo muito importante para a formação da personalidade.

No período seguinte o da idade da graça, por volta dos quatro anos de idade, a criança desenvolve maneiras de ser admirada e chamar a atenção para si através da sedução, com uma necessidade de agradar cujo objetivo é obter a aprovação dos demais. A criança passa a ser considerada em função da admiração que acredita poder despertar nas pessoas.

O terceiro período, o da imitação, por volta dos 5 anos, é marcado por uma reaproximação ao outro, manifestada pelo gosto por imitar, que possui um papel essencial na assimilação do mundo exterior.

Ao ingressar na escola a família ainda constitui no grupo por excelência para a criança. No entanto a escola proporciona uma diversificação dos grupos nos quais a criança poderá se inserir. O papel do grupo formado pela criança da mesma idade passa a ser o de favorecer a aprendizagem social, ou seja, o convívio com os padrões e regras sociais. Durante esse estagio o grupo permite a criança diferenciar dos outros e descobrir sua autonomia e sua originalidade. (Wallon, 1953).

A falta de limites pode ser trabalhada, pois para as crianças crescerem bem elas precisam de amor e limites. O amor é fundamental para crescer com confiança e auto-estima, os limites são cruciais para a criança aprender o controle e que possam viver em família e sociedade.

De uma forma simples, mais sem qualquer intenção de oferecê-lo uma receita, podemos conceituar dar limites como: É uma maneira de dar segurança a criança e mostrar que você se importa com ela. Dizer sim sempre que possível e não sempre que necessário. Dizer não quando necessário e forma de mostrar as crianças que nem tudo é possível, e que a vida assim cheia de não pela frente. Bion acreditava que um pouco de frustração não faz mal a ninguém.

Ao contrario sentindo se frustrada por não ser sua vontade satisfeita a tempo, a criança começa desenvolver o pensamento na tentativa de atingir seus objetivos.

Sabemos que dizer "não" a uma criança é uma atitude, dentro do processo educativo, necessária e saudável.

A criança precisa de compreender que existem regras, que tudo tem um momento certo.

A partir dessas considerações, podemos verificar que a escola juntamente com a família possui um papel importantíssimo na formação da personalidade da criança, visto que permite a sua adaptação à vivência em comunidade, em grupos que vão além dos limites familiares e contribui para a formação do eu psíquico. A escola pode estimular o desenvolvimento de valores saudáveis nas interações, tais como a cooperação, a solidariedade, o companheirismo e o coletivismo.

Referências.

http://www.tutomania.com.br/artigo/o-desenvolvimento-infantil-de-0-a-6-anos