Uma vontade reprimida é o mesmo que um vulcão em iminente erupção para destruição do meio em que se encontra. Por isso, o opressor que causa medo, revoltas, ocultismo (ideias, sonhos e revelações) vago, julgamentos sem base concreta do que seja "certo" e "errado", não pode reclamar de ser atingido pelas labaredas da explosão do reprimido em algum momento de sua história. É como se esquecessem de que somos humanos, antes de qualquer coisa e tratam-nos como se não fôssemos. Daí a pressão começa, e a explosão é uma questão de tempo para ocorrer. Desabafamos com tudo e com todos, revoltamos com inúmeras hipóteses sobre a vida e tentamos caminhar por lados aleatórios e muitas vezes sem rumo e horizonte. É um desastre anunciado! Os que produzem a repressão, consciente ou não, da falta de um diálogo transparente motiva a explosão desse vulcão. Que o vulcão não exploda destruindo tudo que é construído pela convivência. A vida deve ser um presente para ser valorizado. Contudo, os opressores veem a graça de observar pessoas sofrendo justificando isso com mais leis e normas de convivência, mais até mesmo do que a própria vida social nos impõe no dia a dia. Mas no fundo existe a repressão porque pode nela haver também a intenção de criar de uma forma traumática à expressão de todos os sentimentos que não são ouvidos. Recebemos um "cala a boca" de todos os jeitos: gestos, olhares, silêncio, palavras rústicas, simples proibições e apatia. Encontremos, então, o equilíbrio para usar o "livre arbítrio" de forma viva e construtivamente em paz primeiramente com nós mesmos e depois, sem hipocrisia, com as pessoas que realmente se preocupam conosco; porque quem geralmente não se preocupa apenas nos impede de sermos muitas vezes sinceros em nossos atos, vivendo apenas do "amém" sem realidade. Falta um coração sincero! Assim temos a diferença entre fé que produz servos humanos e a religião que mostra condutas superficiais de "anjos" fora de uma realidade espiritual de fato, mas que provocam a ira de muitos vulcões! Melhor do que se revoltar é receber o amor acima de qualquer julgamento; conhecer o que de humano se espera direcionando a um ninho aberto com um abraço humildemente consolador, não afirmando ser um erro, portanto, o fato de sermos simplesmente humanos.