"Ser" é um verbo inerente e próprio de quem se conhece muito embora não seja conhecido por todos; é admirável, embora não seja politicamente elogiável; é um verbo próprio também de quem acredita em fatos e numa verdade que também não é vista e nem visitada pelo senso comum. "Ser" é, sem dúvida, um verbo típico de quem revela com naturalidade a expressão essencial da vida quando assumimos valores, ideais e sonhos sem a preocupação de darmos a satisfação aparente de uma realidade que não existe pois é a cada dia construída. Assim, nunca é alto o preço a pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo. Mas pagamos se não conjugarmos esse verbo pelo menos na primeira pessoa e que seja inicialmente no singular, de fato. Quando há essa conjugação, há comunhão e um olhar visualmente vislumbrante para a construção de uma história realmente invejada e carimbada pela verdade rara do que somos e não do que nos impõe a ser o que todos de forma comum sempre faz. Assim, gostamos não porque temos medo, não porque tenho que colocar uma capa de hipocrisia, mas sim, pelo fato de sermos o que verdadeiramente somos. Isso parece comum, mas é uma tremenda raridade!