REFLEXÃO SOBRE A HUMANIZAÇÃO DO IDOSO: uma análise do ato de cuidar no Lar São Francisco de Assis em Simão Dias/Se

 

AUTOR (a): Adriana Marquilene Nunes Viana

ORIENTADORA: Fabiana Lopes Martins

 

INTRODUÇÃO

O acréscimo da probabilidade de vida de idosos com redução da capacidade física cognitiva e mental está requerendo que as Instituições Asilares deixe de fazer parte apenas da rede de Assistência Social e integrem a rede de Assistência à Saúde, ou seja, ofereçam algo mais que um abrigo.

Os idosos que se dirigem aos Asilos são levados pelos próprios parentes, por outras pessoas, por alguma instituição que não seja o Asilo ou por conta própria, na verdade eles querem receber um tratamento diferenciado, que a casa de apoio enfatize da melhor forma possível o receber humano, o acolhimento e o reconhecimento que eles precisam para se ter uma melhor qualidade de vida na velhice, reconhecendo desta forma o idoso como verdadeiro ser vivente, como um ser humano que traz em si costumes e um jeito próprio de ser e ter, ou seja, este idoso traz sua cultura no momento de sua morada, que ao conviver com uma nova família o respeito seja claro e evidente.

O Ato Humanístico é um dos princípios que deve estar voltado para qualquer tipo de cuidado.  O idoso tem autonomia e devemos respeitar isto seguindo os princípios éticos legais.

Humanizar é “Saber Cuidar”, “Amar”, “Valorizar a Vida” é ter atitude de respeito para com o outro ser. É um ato de construção gradual, realizada através do compartilhamento, de conhecimentos, de sentimentos e de aprendizados.

O que mais pesa negativamente na imagem que os idosos fazem das Instituições de longa permanência é a presença de pessoas com problemas mentais serem tratadas como crianças e a sensação de que, ao entrarem, nunca mais sairão. Realidade esta que se agrava associada à possibilidade de rompimento dos vínculos afetivos, a perda do contato com a família e com os amigos, visita pouco freqüente e a impossibilidade de passarem o dia fora quando quiserem. Características e necessidades das Instituições, as quais apresentam, em muitas situações, problemas na gestão, que as deixam ainda distantes do padrão de qualidade desejável definido na Legislação que regula os direitos dos idosos no país. Para muitos idosos, o dia a dia na instituição significa ócio e monotonia, resumindo-se, basicamente, segundo suas próprias palavras, em ‘comer, dormir, e assistir televisão.

Por conta destas observações é que surgiu o interesse em verificar de forma mais coerente as necessidades de uma Ação Humanística favorável, para melhorar o quadro existente, analisando e observando o perfil e a qualificação dos profissionais com o intuito de que ocorra uma verdadeira transformação de ver o idoso como “pobrezinho”, e dar a eles uma melhor qualidade de vida, ser humanizado para poder humanizar, este seria o primeiro passo que o profissional teria de fazer. 

De antemão, esta pesquisa tem por obrigação contribuir para que os profissionais possam abraçar de forma satisfatória ao Programa de Humanização do Idoso, executando-o de acordo como é preconizado no MS. A não adesão, e não aceitação do mesmo se dá pela falta de conhecimento e em alguns casos a falta de amor para com o próximo e o despreparo dos profissionais da área de saúde.

Todavia, dentre os inúmeros problemas encontrados, um dos fatores localizado que percute de forma negativa é a questão da humanização nesta área tão carente, por ser seres humanos indefesos e que precisam ser bem cuidados, acolhidos e necessitam receber um tratamento diferenciado e de estrema importância, mas, observa-se que estas Instituições não se preocupam como deveriam se preocupar em prestar um atendimento de qualidade que satisfaça seus clientes e faça com que outros procurem este tipo de lar de casa de repouso.

OBJETIVO

Analisar se a Instituição de Longa Permanência para idosos na cidade de Simão Dias /SE está capacitada para dar Assistência Humanizada.

METODOLOGIA

O referido estudo é de caráter descritivo e de natureza quali-quantitativa, com Pesquisa de Campo e Observacional, tendo como finalidade conhecer as ações existentes na instituição pesquisada, assim como identificar as experiências dos idosos no contexto da assistência prestada pelos seus cuidadores no que diz respeito ao Ato de Cuidar, proporcionando assim o reconhecimento das expectativas e anseios, dando ênfase a sensações desenvolvidas durante todo o processo de Envelhecimento. A pesquisa segue o tipo descritivo por ter o intuito de descrever, classificar e interpretar as ações existentes na instituição em estudo sobre a Humanização do idoso.

RESULTADOS

Assim conclui-se que as Instituições de Longa Permanência estão ganhando vantagem competitiva no mercado, pois os idosos que são desprezados pela família e pela sociedade procurarão este tipo de moradia que com certeza serão bem tratados se realmente houver esta humanização.

Conseqüentemente este trabalho analisou o motivo das Instituições de Longa Permanência não tem uma maior atenção neste aspecto, não sabendo que a Humanização, o acolhimento, o cuidado diferenciado é a base crucial de sucesso e bem estar de qualquer relacionamento.

Por sua vez, a humanização se dá através de atitudes solidárias e coletivas unidas ao conhecimento técnico científico com habilidade e competências que respeitem os princípios éticos; envolvendo também a promoção de uma assistência integral tanto ao idoso asilado quanto aos seus familiares.

Neste contexto para alcançar os princípios da Humanização do Idoso, algumas mudanças deverão acontecer, tais como a sensibilização dos profissionais de enfermagem e demais cuidadores em proporcionar uma assistência humanizada desde a entrada deste idoso no asilo até a sua partida.

REFERENCIAS:

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CALDAS, Célia Pereira.  A importância do cuidador no contexto da saúde do idoso.Disponívele:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141481452007000300019&script=sci_arttext>. Acessado em 31/10/ 2012.

CANCELA, Diana Manuela Gomes. O Processo do Envelhecimento. Disponível em: WWW. www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0097.pdf.   Acessado em 05/11/12

CORTELLETI, I.A. et al. Idosos asilados. Um estudo gerontológico. Caxias do Sul: EDUSC/EDIPUCRS, 2004.         [ Links ]

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