O sistema funcionaria, assim: a escola dualista (Que mostra a necessidade de crescer para ser burguês em comparação com a situação ruim do proletariado) fica promovendo uma forma de trabalhadores, na qual os estudantes aprenderiam a SUBORDINAÇÃO como modo de adaptarem à situação social. Essa aprendizagem se daria com um currículo oculto, isto é, com atitudes e comportamentos, NORMAS, PUNIÇÕES e PREMIAÇÕES que "ajustam" os indivíduos (alunos em geral) às estruturas sociais existentes e aos comportamentos desejados. Quais? OBEDIÊNCIA, CONFORMISMO e INDIVIDUALISMO. Em resumo, trata-se da escola dualista (a burguesia e o proletariado). O bom trabalhador é dócil, aceita as regras; enquanto a elite tem que ser INDEPENDENTE, sem questionamentos. (“É um sistema sem escolhas para a prática pedagógica livre, IMPEDE A ESPONTANEIDADE e a percepção da CONDIÇÃO HUMANA. Não há escolha, apenas obediência. Não há critério pedagógico, apenas ADAPTAÇÃO AO PROCEDIMENTO EMPRESARIAL com a capa de pedagogia tecnológica. Ao veicular modelos idealizados no lugar da realidade, os próprios livros didáticos inculcam sutilmente na mente dos alunos a ideia de que eles são excluídos de um modelo social conveniente à sociedade. Mostra o burguês (empresário) feliz e a empregada doméstica sendo negra e sem poder ter sua independência. Essa educação brasileira tem essa faceta oculta e que poucos, ou por quase nenhum, educador tem a coragem de dizer um ai! sequer. Prefere a obediência ao crime pedagógico sendo mais um objeto e tolo a obedecer seu princípio como verdadeiro educador: aquele que não rejeita os objetivos da escola, mas sim, transforma-o com uma visão construtiva do ato de educar, sem interferências meramente burocráticas. Pais e mães... ACORDEM!!! (Wallas Cabral, Linguista e pesquisador pela USP)