Bom, acho que a minha missão com Vocês foi completada por aqui. Chegou a hora de me despedir, embora que eu não quisesse por esta hora assim o fazer. Mas é fato. Agora estou saindo de vez da vida intelectual direta com vocês, diante de um olhar focado e amigo e com o desejo de um abraço fraternal, mas que está neste momento ausente, sem o calor de um sorriso de esperança. Quanto aos meus atos e aos que queiram desativar minhas metas e objetivos metodológicos, dou-me a objeção ou salvação, fazendo-os julgar corretamente na prática de suas ações. E nesse cacife me seguro sem temor ou angústia no coração. Durmo sorrindo e durmo em paz e feliz todos os dias, com a alma lavada de que fiz a escolha certa. Eu fiz o que o meu coração mandou, o que o meu sensor me disse e o que os fatos claramente me mostraram. E dentre esses fatos, fora a cor negra no caminho, algo bom: um sonho de fazer sempre a diferença! A invenção criativa dando lugar ao atraso da pura repetição. Ouvi, assim, o coração, mais do que a simples razão. É uma escolha de coragem, e uma honra ao mesmo tempo, pois o MEDO sempre anula a expressão dos sentimentos e a entrega de quem não se conforma com pouco. Os jesuítas impuseram normas e a repetição acompanhado com a condenação aos "rebeldes". 200 anos se passaram, e hoje vivemos ainda o atraso da educação brasileira frente a esse descabido momento de nossa história. Enquanto isso, os "iluministas" viam um mundo de inteira liberdade, com mais sentido e nisso veio as maiores descobertas científicas, tanto no lado tecnológico como nas relações humanas. Então, agir com sentimento não é ser profissional? uro engano! A inteligência emocional está, hoje, mostrando que há equívocos em ser apenas racional. O MEDO anula a invenção e inovação. Mas esse medo não me venceu. Pelo destino corremos o risco sempre de ser deixado de lado momentaneamente, mas não morto em nossa meta e obsessão de querer bem, de ser um mediador do raciocínio, amante do saber, do sentido linguístico e da paz no coração. E esse é o nosso maior trunfo dinâmico e didático. Sou um servo do sentido das coisas. O que é a informação sem a ideia? É um prato sem comida. E alimento essa ideia onde eu for, buscando humildemente um coração aberto que goste da palavra RENOVAÇÃO e não LIMITAÇÃO. Lutei, com total transparência, procurando, assim, expor uma didática diferenciada com mais sentido, e por este sentido caminhei rumo a uma nova proposta fora de sistema abitolado e desmotivante. O que eu desejo? que cada um seja um diferencial, um inovador de sonhos e nunca um inconformado com a IMPOSIÇÃO dos que acreditam ser o melhor para si sem critério definido e significado claro e, pior, sem DIÁLOGO. Que a fé os guie, e lembre-se de que fiz o melhor que pude por todos vocês! Fui verdadeiro, sincero e alimentei metas. E se há desencorajamento, obscuridade, informações indiretas, confusão ou dúvidas, pode ter certeza que eu não compactuarei jamais com tais características. Entre o coração e a razão, fiquei com o sentimento do primeiro para dar significado prático ao segundo. Um homem completo não vive dominado pelo medo, mas sim recheado de sentimento. Um homem completo não age apenas com técnica e normas, mas sim com o sentimento humano. E se não nos entregamos, também nunca acertaremos. Nisso posso ter falhas. Falho em teimar para acertar. E não sou perfeito, mas busco o sentido de uma perfeição que começa certamente com o amor pelo que se faz e a entrega SEM TEMOR. Não se muda um mundo se não mudarmos nossa postura com metas e inovações. Sei e acreditei sempre no potencial de vocês. Por isso não me arrependo uma gota da entrega e luta que fiz! Amo a todos. Assinado: um simples servo de uma nova proposta de educação! Lembrem-se de mim com sorrisos! Isso me basta...