REFLEXÃO DO EVANGELHO DE JO 6,60-69

 

Esse Evangelho nos mostra a postura que deve ter os seguidores de Jesus. Não se pode praticar o cristianismo apenas na realidade humana, essa é uma tentação atual, muita gente vive a religião de normas e preceitos, acha que basta cumprir tudo o que a Santa Igreja ensina, mas se algo dá errado tudo é culpa da Igreja – isso é chamado de tradicionalismo – essa era a posição de fariseus e doutores da Lei, que não aceitavam no advento da Salvação, presente na pessoa de Jesus. Portanto, a prática do Cristianismo traz o desafio de fazer a experiência profunda com Jesus sem tirar os pés do chão da história – quem esta em sintonia e aberto ao Espírito Santo de Deus, torna-se forte e enfrenta os problemas da vida.

Desta forma entendemos que existem seguidores de Jesus Cristo sem fé, que não acreditam no projeto de Jesus e acham suas palavras duras demais.

Existem muitas maneiras de fazer a experiência com Jesus, entretanto, é preciso cautela e não criar um cristianismo light, onde quem faz parte da Igreja acaba pensando que essa prática é suficiente e fica ancorado apenas na carne e se recusa a “levantar vôo na experiência do Espírito Santo de Deus” ou então tira os pés do chão, ignora a carne que sustenta o Espírito, mergulhando na perigosa fé da magia.

É preciso coerência naquilo que se crê e naquilo que se vive. Jesus não é aquela criatura que alisa o “ego” de seus seguidores, mas Jesus nos concede a liberdade da escolha “Vocês também querem ir embora?”. E Pedro, falando em nome da comunidade, reconhece que o ser humano só pode se realizar quando enxerga além dos horizontes humanos, quando aceita Jesus em sua vida e luta pelo Projeto de Jesus. Pedro aceita Jesus como Deus, Senhor e Salvador, de maneira incondicional “A quem iremos Senhor?” Tu tens palavras de Vida eterna. “Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”. Ser cristão é ser seguidor de Jesus Cristo que nos leva a fazer a escolha de aceitá-lo. Na vida de Fé não dá para “empurrar com a barriga” e fazer “corpo mole”, pois se corre o risco de perder o “jogo”, que Cristo já venceu, com a encarnação, paixão, morte e ressurreição.