No primeiro momento apresento como suporte teórico o texto: “Descomplicando o Ensino de Literatura” de Ezequiel Theodoro da Silva.

O autor Ezequiel Theodoro da Silva afirma que o problema do ensino de literaturas nas escolas, não esta com a literatura nem com a educação; “o problema esta com o ensino da literatura ou, mais especificamente, com as pedagogias que, conforme sãs acionadas pelos professores tentam (mas não conseguem) sustentar a formação de leitores no contexto das escolas” (p.01).

Conforme Ezequiel T. da Silva o sujeito necessariamente se educa ao fruir ou experimentar textos literários diversos, o mesmo não pode ser dito quando essa experiência ocorre dentro da relação literária-pedagogia, pois nem todo ensino facilita a fruição, pelo aluno-leitor. Os aspectos educativos que podem emanar ou resultar da leitura de textos literários, mas a escola por meio da didatização dos textos destrói o potencial educativo da leitura literária.

O professor não deve “obrigar o aluno a ler”, isso deve partir naturalmente, pois a obrigação da leitura o aluno pode vir a sentir-se constrangido. Para o autor “O dilema da educação literária, que deveria e poderia ser promovida na escola, está exatamente na impossibilidade de eliminação do mediador que faz a ponte entre os estudantes e o livro: o professor” (p.03). De acordo com princípios pedagógicos, o professor desvia a literatura da sua verdadeira função, dificulta a apropriação do texto e impede que a fantasia e o prazer da leitura se instalem no aluno, transformando a ato da leitura da literatura em uma atividade com fins avaliativos.

O autor enfoca que a mídia vem, ao longo do tempo, minando o efeito prazeroso da literatura, oferecendo fantasia barata e do jeito mais rápido e fácil. As crianças crescem em meio à pressa do mundo moderno e acaba dando preferência a televisão por exemplo. Talvez por isso, hoje, nota-se um crescimento do analfabetismo literário. 

O autor conclui que o professor tem uma função muito importante nessa tarefa de apresentar e incentivar o aluno para leitura literária. O professor deve ter voz ativa e não se prender a currículos, visto que estes são elaborados por pessoas vinculadas a um ideário pedagógico. O professor deve ler as obras com novos olhares e também considerar a leitura de seus alunos, numa interação dialógica buscando inferir novos significados, problematizar, devanear. Assim ele será ele mesmo e vai descobrir em suas práticas em sala que sua função maior é dirigir os alunos para as descobertas que só à literatura nos oferece.