Num quase carnaval, numa tarde de verão. Duas vidas, uma morte.



E teus olhos, que sempre me enlevaram, nunca mais os vi.


E tua voz, que sempre me seduziu, nunca mais soou encantada.


Um terremoto cá dentro, e teu olhar lá fora!


Surpresa!!!


Encontrei-te cá dentro! Mas te perdi lá fora, e nem sei ao certo o que achei... nem se perdi!


Como surgiste?


Sorriso fechado, voz calada, olhos velando, olhar velado!


Como me senti?


Faltou-me ar, faltou-me chão, faltas-me!


E tua alma, que sempre me extasiou, nunca mais a toquei.


E teu sorriso, que sempre me arrebatou, nunca mais o tive.


Certezas já não tenho. Tampouco dúvidas...


Meu coração já não pula, mas ainda balança!


Uma morte, duas vidas.


Três mortes, uma quase vida...


E uma marcha fúnebre ao fundo.


Quem é mais irônico, a vida ou o amor?