REDUZINDO DANOS SOCIAIS COM A TERAPIA COMUNITÁRIA

Autora:Francisca Elizabeth nascimento de Souza

Secretaria de Estado da Justiça e Direitos Humanos

No decorrer do período de 18 de março a 25 de novembro de 2006, na cidade de Manaus, junto aos internos do regime aberto do Sistema Penitenciário, foram realizadas sete sessões de Terapia Comunitária, envolvendo o grupo de internos, que foram atendidos pelas terapeutas comunitárias Francisca Elizabeth e Anete Malveira, que estavam realizando estágio do curso de formação supervisionado pelo MISMEC/Am. A clientela apresentava os seguintes problemas: conflitos familiares, absenteísmo, evasão, reincidência criminal, alcoolismo, uso de drogas e transtornos psicológicos. No decorrer das atividades de terapia, busca-se promover encontros interpessoais e intercomunitários, valorizando a história individual e a identidade cultural, restaurando a auto-estima, a autoconfiança dos apenados, para que possam trabalhar seus conflitos interiores exteriores, dentro da sociedade, amenizando seus problemas e, estendendo aos seus familiares à experiência da Terapia Comunitária. Nas duas primeiras sessões os internos demonstraram desconfiança e timidez, o que pode ser considerado normal do ser humano frente ao desconhecido, considerando-se também o tipo de clientela e a presença da equipe técnica da Unidade no local, o que dentro do sistema penitenciário é um fator que causa um certo receio entre os usuários, no momento de falarem sobre si e de seus familiares. A partir da terceira sessão, observamos que os internos estavam mais atentos, mais atentos, mais soltos e mais encorajados a falar de si e de seus problemas, relatando diversos problemas que enfrentam, tais como: preconceito, desemprego, conflitos familiares, separação conjugal, dependência química, e os relacionados ao cumprimento de pena.Com a técnica da Terapia Comunitária, através dos relatos observamos uma considerável redução dos conflitos familiares na fase de reinserção social, do absenteísmo e evasões no decorrer do cumprimento de pena, como também a redução da reincidência criminal, ou seja, promove-se o restabelecimento do equilíbrio sócio-familiar e mental.