O Brasil vem num crescente de impressões de boletos. Em 2007 se imprimiu 1,3 bilhões de boletos segundo estudo realizado pela Febraban. Em 2008 passou a imprimir 2 bilhões, conforme dados, também da Febraban, apresentados abaixo em um trecho de um artigo publicado do site:
"Mensalidades de escolas, planos de saúde, condomínios, prestações, financiamentos de casas e veículos, essas cobranças geram em torno de 2 bilhões de boletos de papel por ano"

Isso representa um crescimento de 53,85% em relação aos números de 2007. Se projetarmos um percentual igual para o ano de 2009 teremos um montante de 3,07 milhões de boletos por ano. Este número seria muito relevante quando se trata de um mercado extremamente competitivo, onde cada centavo economizado pode ser usado para se montar um diferencial competitivo. Mas este rumo está sendo corrigido, como é demonstrado nos números oficiais de 2009, onde a impressão de boletos baixou, chegando a 1,8 bilhões, graças às novas formas de cobranças. É neste cenário, onde a briga entre as empresas obriga os concorrentes a terem administrações mais ágeis, eficientes, eficazes e enxutas. Em que o mercado obriga quem quiser concorrer pela liderança do seu segmento a ter um serviço ou produto de melhor qualidade com preço competitivo que trabalharemos.
Para solucionar este problema o ideal seria migrar todos os clientes de boletos para meios de pagamentos já existentes e amplamente difundidos como cartões de créditos, débitos automáticos ou DDAs (Débito Direto Autorizado), nova onda de meios de pagamentos eletrônicos. Mas, sabe-se que existem clientes conservadores e desconfiados que preferem a segurança de pagar as suas contas olhando o valor que estão retirando, do que se sentirem inseguros por terem valores debitados em suas contas correntes sem a aprovação dos mesmos.
Uma boa tentativa de quebrar a resistência dos clientes que preferem receber boletos seria reduzir ao máximo o custo desta modalidade de cobrança, criando formas que não sejam vistas como uma invasão à conta bancária do cliente, como os débitos em conta. Uma delas é o uso de boletos eletrônicos, que serão enviados por e-mail para os clientes que aderirem a esta modalidade de cobrança. Pois é uma alternativa entre o boleto convencional, impresso e postado, e o cartão de crédito ou débito em conta, pois ainda dá ao cliente a possibilidade de contestar a cobrança antes de efetuar o pagamento e isto pode ser vital para aceitação dos clientes em trocar a cobrança através do boleto impresso para uma modalidade mais correta no sentido da preservação da natureza e agregue uma redução de custos relevantes à empresa. Desta forma se pode trocar os custos apresentados de impressão e postagem de documentos físicos pela geração de imagem para envio da cobrança, o que pode ser feito dentro da empresa pela equipe de TI.
Contudo, há o problema de falta de acesso à internet e problemas como clientes com e-mails falsos ou falhas de cadastro de e-mails no servidor da empresa, boletos eletrônicos não entregues por estarem cadastrados como SPAM (mensagens eletrônicas não seguras, que podem conter softwares maliciosos, propagandas ou mensagens inconvenientes)
Se fizer esta implantação cada mensagem deverá ser assinada digitalmente para garantir autenticação, integridade, confidencialidade e não repudio, onde autenticação garante a certeza da origem da mensagem, integridade garante que a mensagem não foi alterada em nenhum momento após a certificação, Confidencialidade garante que outras pessoas não saibam do conteúdo desta mensagem e não repudio garante que a origem não pode negar o envio da mesma.
Naturalmente, os pagamentos realizados por esta forma de cobrança passarão por uma análise posterior, idêntica à que deve ser realizada hoje, nos boletos convencionais, para identificar pagamentos por valores divergentes dos da cobrança e iniciar ações corretivas, se for o caso.
Adotando um meio de cobrança eletrônico a empresa, além de toda a economia do processo, começa a ter outro espaço para divulgação, pois no boleto impresso se tem um espaço pré-determinado e a arte tem que ser enquadrada neste espaço, pois, normalmente, o espaço limita-se a uma folha A4. Já com o boleto por e-mail se terá um espaço maior de divulgação, ficando limitado apenas a quantidade de kbytes que a empresa está disposta a trafegar para não correr o risco de o seu boleto não chegar à caixa de entrada do cliente. Este espaço pode ser amplamente usado para divulgar seus produtos ou fazer propaganda para melhorar a sua imagem, ou ainda a passar uma imagem de modernidade, agregando à sua marca a chancela de ser uma empresa que se preocupa com a comodidade do cliente e com o problema ambiental que vivemos.