O MEU INSIGHT SOBRE A COLOCAÇÃO: REDES DE COMPUTADORES DE ALCANCE MUNDIAL COMO RECURSO POLÍTICO-PEDAGÓGICO TEM TRÊS PONTOS DE REFERÊNCIA

O primeiro ponto é uma leitura comentada que faço sobre a obra de Pierre Levy, que como a professora fez nos saber, é um autor incontornável na discussão sobre cibercultura e obviamente associado a teoria da inteligência colectiva. 
Ora, Pierre Levy na sua obra ciberdemocracia explora com audácia a sua utopia, explora com audácia a possibilidade de se aprofundar a democracia em ambiente digital, na era do satélite ou se quisermos retomar a expressão de Jerome Bindé a era da terceira revolução industrial. Portanto, esta obra desenvolve noções  como: ciberespaço, governança mundial, Estado transparente, cultura da diversidade, ética da inteligência e inteligência colectiva etc. 
 
O segundo ponto da minha fala busca a precisão conceitual do termo Web 2.0 que é na verdade uma restruturação da web como plataforma mediatizadora de novas relações sociais, pois sabemos que até antes da emergência das redes sociais a internet mantinha uma postura tradicional, dito de outro modo, mantinha uma virtualidade vertical, vertical no sentido em que apenas os servidores central (as grandes empresas televisivas e publicitárias com alta infra-estrutura de telecomunicações) produzia e apurava informações para a rede mundial e como podem calcular, era mais vulnerável a manipulações, omissões, e sendo que essas informações como é óbvio, eram assinadas apenas por jornalistas. Hoje, a Web 2.0, com a emergência das redes sócias, (twitter, YouTube, gmail, Skype e recentemente o facebook) é possível que o usuário, mais do que consumir produza conhecimento, informações e os compartilhe quando e como quiser na wold wid web (rede de computadores de alcance mundial). 
Faço um exemplo: Se agora mesmo decidir eventualmente escrever  um simples artigo de opinião (como faço sempre pelo jornal club k.com) ou uma simples noticia, sei lá, qualquer coisa no mural do meu facebook, pelas inúmeras relações que tenho, (importa referir que calculo mais de 1200 amigos no facebook) estou seguro que serei lido, comentado, criticado, traduzido, compartilhado, "gostado", por milhões de pessoas, facto que demonstra que as redes sociais são uma verdadeira teia de comunicação entre as pessoas.
 
O terceiro ponto e talvez mais interessante tem que ver com a midiatização do folclore político, e o caso se quisermos, das revoluções árabes que é uma realidade muito próxima a de Angola. Portanto, o Desemprego, a opressão, a pobreza, a fome, a falta de habitação e outros problemas que podem ser enumerados por cada um de nós, são as principais razões de fundo que levaram os países árabes à manifestações populares. Claro, não pretendo buscar todos os factos que marcaram a primavera árabe (o que só cabe na aula de historia ou geopolítica) nem tão pouco discorrer sobre as reais causas políticas que conduziram a esse descalabro. O certo é que uma comparação com o caso angolano seria possível de ser discutido com mais pormenor. Tanto, o que eu quero trazer fundamentalmente tem que ver com o papel da redes sociais nos movimentos popular pró-democrático nos países árabes, e aqui digo vagarosamente para que não haja equivoco, o seguinte: As redes sociais não criaram nenhuma revolta no mundo árabe, em geral as redes sociais não detonam revoluções, elas simplesmente actuaram como veículos ou meios autónomos que permitem cristalizar o pensamento colectivo sobre as reais causas políticas e sociais que levou a revolta, na verdade, mesmo que o Facebook que foi usado para combinar as passeatas no Egipto, mesmo que não existissem, as revoltas sairiam, é só ver que o governo Egípcio de então, durante as sessões dos manifestantes tentou tirar a rede da internet e a cobertura do telefone, mas mesmo assim o Egipto se transformou, hoje sabemos como esta o Egipto, um caos autentico que preocupa o mundo.
O quê que isso demonstra? 
(Como última nota que faço) Isso demonstra a selvajaria de regimes ditatoriais contra a midia publica, o ranger de dentes das ditaduras escapa da internet de modo que se assumi como um espaço político alternativo.
Bem haja as redes sociais!