INTRODUÇÃO

Considerando que a aprendizagem é construída durante todo o processo educacional, a criação de situações didáticas e a inserção de metodologias diversificadas, tornam-se, no contexto educacional, essenciais para a construção do conhecimento dos discentes, visto que o atual contexto de produção capitalista, configurado como a chamada era digital, ou sociedade técnica informacional, desencadeia uma série de mudanças na forma da construção do conhecimento, exigindo dos cidadãos o acesso às tecnologias da informação e comunicação e, da Escola, o preparo e/ou qualificação dos alunos quanto ao uso destas tecnologias. Para isso, a utilização dos recursos didáticos, constitui-se como fundamental, apresenta-se como importante ferramenta ao ensino-aprendizagem tornando as aulas mais dinâmicas e interessantes, no entanto, requer a cuidadosa mediação do professor no tocante ao planejamento e clareza de como a aprendizagem, no sentido do conhecimento cognitivo se efetivará de forma significativa.

Neste sentido, percebe-se um acentuado crescimento de estudos neste campo, bem como a construção de novas concepções pedagógicas sobre o uso dos recursos didáticos na Escola, que ultrapassem a utilização, do livro didático, quadro de giz ou quadro branco.

No intuito de aprofundar esta discussão, surge o interesse em realizar esta pesquisa. Pretende-se analisar a percepção dos professores de Língua Portuguesa quanto às possibilidades e limites do uso dos recursos didáticos no processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, define-se as seguintes questões de pesquisa. Com relação à utilização dos recursos didáticos: Que recursos didáticos estão à disposição do professor de Língua Portuguesa?  Os professores utilizam os recursos que a escola dispõe? Qual a importância de sua utilização no processo ensino-aprendizagem? Com relação ao campo das possibilidades: A utilização dos diferentes recursos didáticos favorece a compreensão dos conteúdos ministrados? Tornam-se, neste sentido, mais significativos para o aluno? No campo das limitações: Que dificuldades são encontradas quanto ao uso dos recursos didáticos? Os recursos oferecidos e utilizados favorecem a interação e participação dos alunos na construção e partilha de conhecimentos? Que fatores são limitantes? Como específicos: Identificar os recursos didáticos disponíveis e sua utilização pelos professores; Descrever a metodologia adotada pelos professores quanto à utilização dos recursos com vistas à aprendizagem dos alunos; Identificar mudanças no processo de ensino, bem como os fatores limitantes.

A escolha deste tema justifica-se pelo fato de que são visíveis nas situações de ensino as limitações quanto à utilização dos recursos didáticos. E estas, muitas vezes, acabam se sobressaindo sobre as possibilidades, contribuindo para que os educadores não façam uso desses recursos, lançando mão das tradicionais aulas.

           A pesquisa foi realizada com professores de Língua Portuguesa dos níveis fundamental II e Ensino Médio da cidade de Catolé do Rocha – Paraíba, em 02 (duas) escolas municipais, e em 03 (três) escolas estaduais, todas localizadas na zona urbana. Participaram da pesquisa, 15 (quinze) docentes, 08 (oito) da rede pública estadual e 07 (sete) da rede pública municipal. A Escolha dos sujeitos participantes se deu de forma aleatória, por meio de uma amostra representativa.

Utilizou-se como percurso metodológico, a pesquisa bibliográfica e de Campo. Para a pesquisa bibliográfica, fizeram-se presentes as contribuições de Kenski (2003); Moran (2004); Freitas (2007); Rutz (2008); Rosa (2007); Libâneo (2006); Souza (2007), entre outros. Na pesquisa de campo, utilizou-se o questionário, contendo 07 (sete) perguntas abertas e 15 (quinze) perguntas fechadas. A escolha do questionário por perguntas abertas e fechadas facilitaram a análise dos dados. A utilização do questionário com perguntas abertas e fechadas serviu segundo Richardson (1999, p. 193) para com as perguntas fechadas, obter informações como sexo, escolaridade, idade, etc., [...] e as perguntas abertas, destinadas a obter maiores informações e as opiniões do entrevistado. Ou seja, nas perguntas fechadas as alternativas são padronizadas e sua análise se torna mais fácil, porém menos inexata e nas perguntas abertas o pesquisado é livre para responder as questões acerca do tema proposto.

Para uma melhor compreensão dos dados, utilizaram-se gráficos e tabelas contemplando as informações coletadas. Para isto, recorreu-se ao programa Microsoft Office Excel 2007.

Por sua característica discursiva, a pesquisa caracteriza-se como qualitativa. Foram empregados alguns elementos quantitativos para melhor visualização dos dados, tendência atual da pesquisa educacional. A abordagem qualitativa de um problema, segundo Richardson (1991, p. 79), além de ser uma opção do investigador, justifica-se, sobretudo, por ser uma forma abordada para atender a natureza de um fenômeno social. Segundo Neves (1996), “seu foco de interesse é amplo, fazendo parte dela a obtenção de dados descritivos mediante contato direto e interativo do pesquisador com a situação objeto de estudo”. Por isso, a escolha por esse tipo de pesquisa, pois seu objetivo é a interpretação e análise das respostas. Os elementos quantitativos, dos quais utilizamos foram na intenção de contribuir com informações complementares importantes, objetivando uma maior possibilidade de veracidade da investigação. 

O trabalho foi dividido em três capítulos. No primeiro capítulo, apresenta-se o ensino de Língua Portuguesa no ensino Médio na ótica das Orientações Curriculares para o referido nível de Ensino; as novas perspectivas para o ensino aprendizagem no contexto do ensino Médio. No segundo capítulo, discute-se sobre algumas definições de recursos didáticos; sua importância e função no processo do ensino e aprendizagem e a inserção das novas tecnologias no processo de ensino aprendizagem de Língua Portuguesa. No terceiro capítulo, faz-se a análise e discussão dos dados obtidos no campo de estudo.

Não pretendemos com este trabalho, realizar um estudo acabado sobre o tema em foco, mas sim contribuir com reflexões sobre a diversidade de recursos didáticos existentes e que podem ser utilizados em sala de aula, auxiliando assim, a prática pedagógica docente no sentido de dinamizar o processo de ensino-aprendizagem de forma a torná-los mais significativos.


CAPÍTULO I – O ENSINO MÉDIO E A LÍNGUA PORTUGUESA NA ÓTICA DAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES

1.1  Os desafios do Ensino Médio como etapa da Educação Básica

Na nova organização do Ensino Médio, contemplada nas Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais, a disciplina Língua Portuguesa se insere na área de conhecimento: Linguagens, códigos e suas tecnologias juntamente com as disciplinas literatura, línguas estrangeiras modernas, arte e informática.

De acordo com a LDBEN, artigo 21, inciso I, a Educação Básica passa a ser “formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio”. Em seu artigo35, aLDBEN, esclarece que o ensino médio passa a ser a última etapa da educação básica, e suas finalidades são as seguintes:

I- a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos;

II- a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III- o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluído a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV- a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino e cada disciplina (BRASIL, 2006, p.28-29).

           Neste sentido, o ensino médio, sendo a última etapa da educação básica, irá consolidar e aprofundar os conhecimentos que os alunos obtiveram no ensino fundamental. Nessa concepção, a LDB/96, coloca como objetivos a serem atingidos pelos alunos nessa etapa:

(i) avançar em níveis mais complexos de estudos;

(ii) integrar-se no mundo de trabalho, com condições para prosseguir, com autonomia, no caminho do seu aprimoramento profissional;

(iii) atuar de forma ética e responsável, na sociedade, tendo em vista as diferentes dimensões da prática social.

                 

         Dessa forma, percebe-se que essa última etapa da educação básica, não tem a função apenas de preparar o aluno para chegar ao ensino superior ou para garantir seu lugar no “mercado” de trabalho, mas de conduzi-lo ao pensamento e a construção de um aprendizado mais significativo e permanente.

Além disso, as Orientações curriculares para o ensino médio diz que “[...] as ações realizadas na disciplina Língua Portuguesa, no contexto do ensino médio, devem propiciar ao aluno o refinamento de habilidades de leitura e de escrita, de fala e de escuta” (BRASIL, 2008, p.18). Percebe-se a preocupação em possibilitar ao aluno o contato com diferentes textos, para que ele possa aumentar seus conhecimentos e também adquirir habilidades de se desenvolver e melhorar sua linguagem escrita e falada. Para isso, torna-se necessário pensar metodologias de ensino, e situações didático-pedagógicas que favoreçam o desenvolvimento dessas habilidades. Neste sentido cabe a inserção desses materiais didáticos nas várias disciplinas do currículo no caso específico, em Língua Portuguesa, com vistas a atingir os objetivos delineados pelo currículo oficial contemplado nas prescrições oficiais. 

1.2 Novas perspectivas para o ensino e aprendizagem no contexto do Ensino Médio

No tocante, as novas perspectivas para o ensino aprendizagem de Língua Portuguesa, as orientações curriculares indicam como deve se dá a organização do currículo dessa disciplina no contexto do Ensino Médio. Considerando que os conhecimentos são obtidos desde o ensino fundamental, o documento sugere que o processo de ensino e de aprendizagem ocorra por meio da interação através das mais variadas instituições sociais, a fim de proporcionar aos alunos a construção de conhecimentos em relação à adequação do uso da linguagem.     

          Nesse sentido, as orientações curriculares para o ensino médio (BRASIL, 2008), levam em consideração a história de interações e letramento que o aluno traz para o ensino médio, esta construída nos mais variados contextos sociais de emprego da linguagem, que vão desde as experiências do dia a dia à sistematização de aprendizagem, a produção e a compreensão dos textos.

          Isso requer a definição de quais saberes são necessários ao aluno, na disciplina Língua Portuguesa. Sobre isso, as Orientações Curriculares (2008), prevê que, ao longo de sua formação, o aluno deverá:

a) conviver de forma não só crítica, mas também lúdica, com situações de produção e leitura de textos, atualizados em diferentes suportes e sistemas de linguagem: escrita, oral, imagético, digital, etc. -, de modo que conheça – use e compreenda – a multiplicidade de linguagens que ambientam as práticas de letramento multissemiótico em emergência em nossa sociedade, geradas nas (e pelas) diferentes esferas das atividades sociais – literária, científica, publicitária, religiosa, jurídica, burocrática, cultural, política, econômica, midiática, esportiva, etc.

b) no contexto das práticas de aprendizagem de língua (gem), conviver com situações de produção escrita, oral e imagética, de leitura e de escuta, que lhe propiciem uma inserção em práticas de linguagem em que são colocados em funcionamento textos que exigem da parte do aluno conhecimentos distintos daqueles usados em situações de interação informais, sejam elas face a face ou não.

c) construir habilidades e conhecimentos que o capacitem a refletir sobre os usos da língua (gem) nos textos e sobre fatores que concorrem para sua variação e variabilidade, seja a lingüística, seja a textual, seja a pragmática (BRASIL, 2008, p.32).

               Dessa forma, o aluno na disciplina Língua portuguesa, deve apresentar um perfil no qual ele esteja preparado para conviver com as diferentes situações que lhe são apresentadas em sala de aula, de maneira que através dessa interação ele construa habilidades que o façam refletir sobre o funcionamento da linguagem. Assim, não só na disciplina Língua Portuguesa, mas também nas demais disciplinas do currículo, as orientações são no sentido de se trabalhar as diferentes manifestações da linguagem incluindo a dança, o teatro, a música, a escultura e a pintura, bem como, valorizar as mais diferentes ideias, culturas e formas de expressão. No intuito de ampliar o conhecimento do aluno e poder se construir como um sujeito crítico, é essencial que os textos literários, jornalísticos, científicos, técnicos, etc., sejam trabalhados sem deixar de levar em conta os suportes em que circulam como a imprensa, o rádio, a televisão e a internet. Dessa maneira, o discente ao ter contato com essa grande variedade de textos, passa a construir os mais variados sentidos ao que leu. (BRASIL, 2008). 

         A perspectiva para o ensino e a aprendizagem da disciplina, deve então levar em conta as mais diversificadas manifestações de interação pela linguagem, ou seja, dá ênfase ao “fenômeno social da interação verbal”, que possui como unidade básica o texto. Desse modo o aluno deve compreender que, seja na modalidade oral ou escrita, a língua materna tem a função de facilitar o entendimento e o encontro dos discursos empregados nas situações sociais.  Nesse sentido,

                                 

A linguagem verbal, oral e escrita, representada pela língua materna, ocupa na área o papel de viabilizar a compreensão e o encontro dos discursos utilizados em diferentes esferas da vida social. É com e pela língua que as formas sociais arbitrárias de visão e divisão do mundo são incorporadas e utilizadas como instrumentos de conhecimento e comunicação. Aprende-se, com a língua, um ‘sentido mediato de mundo’, que deve ser desvendado, no decorrer de um processo de resgate desse e de outros sentidos possíveis (BRASIL, 1999, p.131).

Nesse sentido, o ensino e a aprendizagem da língua materna devem procurar desenvolver no discente do ensino médio uma competência linguística, a qual não se pauta no uso exclusivo da língua padrão, mas, sobretudo, em como empregar a língua na sua diversidade, onde se leva em questão principalmente o contexto da conversação e interação.

           Isso quer dizer que o aluno deve perceber que as modalidades de emprego da língua oral e escrita são complementares e interativas nas práticas sociais. Porém, por o ensino médio ser a última etapa da educação básica, não se pode deixar de lado as práticas sociais do emprego da língua escrita, visto que elas possuem um valor social e histórico em nossa sociedade, por isso, elas devem ser enfatizadas na orientação das atividades escolares.

Nesse sentido, os recursos didáticos fornecem vários suportes, para que o educador possa fomentar suas práticas educacionais buscando uma socialização de conhecimentos acerca dos diversos conteúdos que circundam a Língua Portuguesa.

A partir da nova base curricular, os equipamentos didáticos passam a assumir uma importância fortíssima, pois além de facilitar a mediação do conhecimento, por intermédio deles, a teoria e a prática se aproximam, visto que, esses materiais passam a enriquecer as aulas, assim como contribui para a melhoria da qualidade do ensino e da abordagem dos conteúdos.

 CAPÍTULO II - RECURSOS DIDÁTICOS E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

2.1 Recursos didáticos: algumas definições e funções no processo do ensino e aprendizagem

 

Diante de um universo globalizado os recursos didáticos se apresentam de diferentes maneiras. Envolvem variados elementos que são utilizados como suporte experimental na organização do processo de ensino e de aprendizagem. A compreensão que se tem é de que quaisquer instrumentos que estimulem o aluno, que torne a aula mais atrativa e eficaz e que possibilite a aprendizagem mais adequada do aluno, são recursos didáticos.

Freitas (2007) corrobora com esta posição, ao afirmar que os recursos didáticos compreendem todo e qualquer instrumento utilizado em um procedimento de ensino, visando estimular e aproximar o aluno do processo ensino-aprendizagem.  Souza (2007, p. 111), esclarece que “recurso didático é todo material utilizado como auxílio no ensino aprendizagem do conteúdo proposto para serem aplicados pelo professor aos seus alunos”.

Os PCNs (BRASIL, 1998) esclarecem que “material didático é um instrumento de trabalho na sala de aula: informa, cria, induz à reflexão, desperta outros interesses, motiva, sintetiza conhecimentos e propicia vivências culturais. Sua aplicabilidade só enriquece a prática docente. Freitas (2007), Karling (1991, p. 245) acrescentam que os recursos de ensino são recursos humanos e materiais que os docentes utilizam na atividade escolar com o objetivo de auxiliar e facilitar a aprendizagem.

Desta maneira, os autores compreendem que recursos didáticos, são dispositivos auxiliares para o processo de ensino e aprendizagem utilizados pelos docentes para aprimorar suas aulas e/ou indicados pelo professor aos seus alunos que tem como função contribuir para que estes se sintam motivados a aprender. Segundo Saviani (1982), os recursos didáticos podem ser classificados em:

  • Recursos visuais;
  • Recursos auditivos;
  • Recursos audiovisuais e
  • Recursos múltiplos.

De acordo com Saviani (1982), os recursos visuais são os que utilizam a visão e inclui-se aqui quadro de giz, quadro magnético, gravuras, transparências, entre outros. Já os recursos auditivos impressionam a audição, usando fitas de áudio, discos, etc. Já os recursos múltiplos atingem todos os sentidos, incluindo-se nesta categoria todas as experiências que os estudantes vivenciam.  Os autores Cerqueira e Ferreira (1999), classificam os recursos didáticos em:

  • Naturais
  • Pedagógicos
  • Tecnológicos e
  • Culturais.

           Aos recursos naturais pertencem elementos de existência real na natureza, como água, pedra, animais; aos pedagógicos o quadro, cartaz, gravura, slide, entre outros; aos tecnológicos incluem-se a Internet e seus dispositivos, rádio, gravador, televisão, vídeo cassete, computador, ensino programado, etc.; e aos Culturais, a biblioteca pública, museu, exposições.

           Desses, os recursos audiovisuais são os mais enfatizados por utilizar a audição e a visão. Por usar esses dois sentidos os discentes compreendem melhor as informações e consequentemente adquirem um conhecimento maior diante das informações que lhe são passadas. 

De acordo com Rutz (2008) os recursos audiovisuais são todos e quaisquer recursos utilizados no contexto de um procedimento visando estimular o aluno e objetivando o aprimoramento do processo de ensino aprendizagem [...] onde podemos destacar folhetos, vídeos, sistema de áudio e projetor de slides (RUTZ, 2008, p. 13).

            Pode-se perceber que são muitas as opções de uso dos recursos audiovisuais, bem como os benefícios quanto a sua utilização, visto que eles fornecem aos professores muitas maneiras de expor os conteúdos que se quer trabalhar em sala de aula, podendo-se evitar o ensino puramente verbalizado, rompendo assim a monotonia e a passividade em sala de aula (professor fala, aluno apenas ouve) e, a aprendizagem pode se tornar mais eficaz quando é realizada uma experiência vista e ouvida. Nesse sentido, Vidal (2009, p. 5) faz algumas advertências quanto à utilização dos recursos audiovisuais. Segundo o autor, esses devem ser usados de forma criteriosa e de acordo com os objetivos que se quer atingir, cabendo ao professor selecionar os recursos que deseja em sala de aula. Não usá-los apenas para distrair o aluno, mas sim com planejamento e objetivos definidos. Rosa (2007, p.41) orienta que “[...] o uso de um filme ou de uma simulação multimídia deve ter uma função definida no plano de Ensino elaborado pelo Professor para um dado conteúdo”. É essencial que o professor ao abordar um filme, ele deve ter planejado o objetivo que se quer atingir e qual sua função no que se refere ao conteúdo que está sendo abordado.

Diante do exposto percebe-se que todos os recursos, seja qual for sua classificação, através de um ensino planejado, toma o espaço escolar mais dinâmico e eficaz. O professor não deve, em hipótese alguma, fazer uso de diferentes recursos didáticos, apenas para poupar seu trabalho ou para diminuir o trabalho dos alunos. É necessário que o educador tenha consciência da importância que esses recursos têm no sentido de facilitar, motivar e intensificar a aprendizagem.

Como educadores temos como obrigação saber da importância que o uso dos recursos didáticos tem. Porém, não devemos tomá-lo como um produto pronto e acabado que está ali para mudar os meios educacionais, devemos ter consciência de que eles não devem assumir o lugar principal no ensino, isto é, sua função é a de fornecer caminhos para que o aluno construa seu conhecimento. Portanto, os recursos didáticos, sejam quais forem, devem ser vistos como instrumentos mediadores da aprendizagem. Jamais eles podem ocupar o papel do professor, pois, este é o primeiro responsável pela aprendizagem dos alunos.                                                                      

Sobre essa função mediadora dos recursos didáticos, Bravim (2007, p. 03) afirma que: “Mediar uma relação é servir de interface entre dois pólos e, dessa forma, contribuir para a sua apropriação”. Ou seja, ao manipular alguns recursos, os alunos se apropriam do conteúdo escolar mais facilmente.

Na visão de Karling (1991, p. 238), os recursos utilizados no ensino têm a função de ajudar na comunicação e a compreender melhor a estruturação do conhecimento. Eles são importantes porque fazem com que alguns alunos gostem  de estudar mais a disciplina ou algum assunto; quando o professor faz uso de um cartaz, por exemplo, a compreensão é mais satisfatória do conteúdo; os recursos fazem com que os discentes despertem interesse pela aula e de certa maneira, faz com que se sintam incentivados a estudar, bem como a aula se tornam mais atrativas. Para isso, é essencial que o material utilizado seja adequado a fim de que o estudo seja realmente compreendido.

 Não importa qual seja o recurso utilizado, o importante é que ele seja bem utilizado e muito bem planejado. Ao professor também nesse contexto, cabe transformar o espaço da aprendizagem em um ambiente desafiador, onde seja promovido um ensino que desenvolva a autonomia, a criatividade e a consciência crítica dos alunos, já que ele também está em processo de formação. Ou seja, ao professor não cabe mais transmitir informações, mas servir como um mediador/incentivador, contribuindo para que os alunos construam seus conhecimentos.

 

2.2 Recursos didáticos - sua utilização e algumas indicações

 

Mesmo com a indicação de vários instrumentos que podem ser utilizados pelo professor, as aulas expositivas, dentre as metodologias utilizadas, comumente, são as mais usadas. Dessa maneira, a avaliação que os autores fazem é de que as longas exposições, sem a utilização de nenhum recurso didático tornam as aulas rotineiras e conduzem os alunos a atitudes de passividade frente à aprendizagem, ou seja, os alunos tendem a ficar calados, enquanto o professor expõe o conteúdo, pois, neste caso, há pouca ou nenhuma interferência por parte do aluno. Libâneo (2006) contribui com essa discussão ao afirmar que o relacionamento do professor em relação ao aluno é descrito desta maneira:

Predomina a autoridade do professor que exige atitude receptiva dos alunos e impede qualquer comunicação entre eles no decorrer da aula. O professor transmite o conteúdo como verdade a ser absorvida; em conseqüência, a disciplina imposta é o meio mais eficaz de assegurar a atenção e o silêncio (LIBÂNEO, 2006, p. 24).

Nesse caso, cabe ao aluno apenas memorizar o que está sendo repassado pelo professor e isso compromete a aprendizagem, pois, esta passa a ser medida, pela quantidade em detrimento da qualidade. Sem o uso de nenhum material e de meios que auxiliem o aluno no processo de ensino aprendizagem, é evidente que o ensino fica comprometido. Portanto, a utilização dos recursos didáticos pedagógicos, diferentes dos que comumente são utilizados pela maioria dos professores (quadro e giz), como bem salienta Trivelato (2006, p. 2), torna-se uma necessidade. Para o autor, “deixam os alunos mais interessados em aprender”, pois o professor passa a promover uma aula diferente instigando os alunos a expressarem suas opiniões e a socialização dos conhecimentos. Para que haja essa aula diferente, os professores devem aliar-se também aos diferentes materiais didáticos para ministrar suas aulas e torná-las mais dinâmica e proveitosa. Segundo Ferreira (2007, p.3), o professor pode usar o recurso didático para preparar, melhorar ou aprimorar a aula que será dada.

Dentre os recursos didáticos mais utilizados pelos professores, o livro didático figura como o principal. Esse material está presente em sala de aula e há relatos de que alguns professores o utilizam como o único recurso para ensinar, isso não deve ocorrer, pois as aulas onde são usados somente os livros didáticos e o quadro de giz já não satisfazem mais o alunado, eles reclamam e desejam a todo instante uma aula diferente. No entanto, não devemos desconsiderar a utilidade do livro, ele se constitui como um meio auxiliar ao professor por contribuir no processo de ensino. Críticas severas eram feitas sobre os conteúdos dos livros didáticos, muitos professores reclamavam da monotonia ou por possuir muitos exercícios que não desenvolvem a criticidade dos alunos.

A partir da implantação do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) os livros didáticos têm melhorado muito. O referido programa tem como objetivo subsidiar o trabalho pedagógico dos professores por meio da distribuição de coleções de livros aos alunos da educação básica.  As Escolas por meio dos professores passaram a escolher os títulos disponíveis, aqueles que melhor atendem ao projeto político pedagógico das Instituições de Ensino. As orientações são no sentido de que eles devem possuir a essência do conteúdo da disciplina e este conteúdo deve ser bastante útil, significativo e bem estruturado a fim de facilitar a compreensão dos alunos.

De acordo com Karling (1991, p. 254), o livro didático é um dos recursos mais econômico e completo. Nesse sentido, os professores devem utilizá-lo como base para complementar suas aulas, como um instrumento mediador no processo de ensino e aprendizagem. Os alunos por sua vez precisam fazer uso deste material, como fonte importante de pesquisa e acompanhamento das atividades didático-pedagógicas.

Várias outras indicações, quanto ao uso dos recursos audiovisuais podem ser utilizadas, dentre eles, a exposição de textos ilustrativos com sons e vídeos, tendo como objetivo tornar a aula mais atrativa contribuindo assim para uma aprendizagem mais prazerosa; o uso dos aparelhos eletrônicos como o vídeo cassete e o DVD, possibilitando levar para os alunos filmes ou vídeos que abordem o conteúdo que está sendo estudado, para que através desses recursos os alunos possam obter maior compreensão do conteúdo abordado.

Outros recursos didáticos dos quais o professor pode lançar mão são: softwares, trabalhos acadêmicos, filmes, ilustrações, CDs, DVDs, jogos didáticos, livros literários, entre outros. O uso de jogos didáticos, por exemplo, para o ensino da ortografia é boa opção. Para isso, é essencial a intervenção do professor para que o conteúdo seja assimilado. Leal (2011, p.31), enfatiza que:

O jogo, em seu aspecto pedagógico, apresenta-se como um recurso produtivo para o professor que busca nele um apoio para o ensino de conteúdos muitas vezes considerados de difícil assimilação. Os jogos também são produtivos para o aluno, desenvolvendo sua capacidade de pensar, refletir, analisar, compreender, levantar hipóteses, testá-las e avaliá-las com autonomia e cooperação.

Percebe-se que os jogos didáticos é um ótimo recurso para o ensino da ortografia, porém deve ser bem explorado e possuir objetivos delimitados, bom como serem adaptados aos conteúdos e a faixa etária dos alunos. Macedo, Petty e Passos (2000), destacam alguns aspectos fundamentais na elaboração de um jogo didático. Apontam alguns passos a serem seguidos, tais como: definir o objetivo; determinar o público, idade e a quantidade de participantes; organizar os materiais que serão utilizados; adaptar o jogo ao conteúdo; calcular o tempo necessário; definir o espaço e como será a organização; planejar dinâmicas; apresentar o jogo como se fosse participante; relacionar e estabelecer continuidade para as atividades.

Por exemplo, para trabalhar com as regras ortográficas, o professor, tem que adequar ao jogo, uma única regra ortográfica e assim por diante. Sobre isso, Leal (2011) diz que, “pode ser utilizado após a reflexão sobre determinada regra como trabalho final. Nesse caso, o objetivo do professor será consolidar a aprendizagem”. 

Quanto ao ensino de textos literários, há relatos que quando as obras chegam até as salas de aula, as práticas de ensino são reduzidas a falar sobre os autores, das escolas literárias e do contexto histórico da obra. Há reclamações que as obras ficam guardadas na biblioteca, sem ser utilizadas. Para que esse discurso mude, nós professores, não podemos deixar de apresentar aos alunos textos literários, pois a literatura deve estar sempre na sala de aula, de forma que “a leitura em vez de afastar-se da literatura, deve levar até ela” (ALLIENDE; CONDEMARÍN; 2005 p.183). Para isso, é necessário que haja o incentivo à leitura pautada pelo prazer de ler. Esse prazer deve ser construído também pelo professor, pois, para o trabalho com a literatura, é essencial ser um professor-leitor de obras literárias, conforme descreve Lajolo (1997):

A discussão sobre leitura, principalmente sobre a leitura numa sociedade que pretende democratizar-se, começa dizendo que os profissionais mais diretamente responsáveis pela iniciação na leitura devem ser bons leitores. Um professor precisa gostar de ler, precisa ler muito, precisa envolver-se com o que lê (LAJOLO, 1997, p.108).

Além de ser um bom leitor, ao professor cabe o incentivo a leitura de obras de qualidade, pois “[...] a literatura, como obra de arte, põe o leitor em contato com a beleza, a imaginação, a afetividade, enriquecendo o seu mundo interior e humanizando o seu comportamento” (ALLIENDE; CONDEMARÍN, 2005, p.182).  Neste sentido, o professor poderá indicar melhor as obras a seus alunos e selecionar textos que irão trabalhar na sala de aula.

Em se tratando do Ensino Médio, comumente os professores indicam aos alunos a leitura de uma obra literária para ser lido ao longo do primeiro bimestre. Por vezes, isso pode ser visto como uma imposição, o que acaba não causando nenhuma curiosidade no aluno. Uma ótima indicação seria ler essas obras na sala de aula. Pode começar com gêneros literários menores, como a crônica, os contos e os poemas. Ao trabalhar com a crônica, por exemplo, o educador pode fazer com que o aluno reflita e se posicione diante da realidade social que nos rodeia. É importante deixar que os alunos escolham os textos, autores e obras para leitura em classe, talvez assim, os alunos se interessem em ler uma obra completa. Essa leitura em classe é essencial, pois como destaca Beserra (2011, p.92), “boas experiências de leitura em sala de aula podem levar o aluno a interessar-se por leitura fora da escola.” Desta forma, deve-se sempre adotar métodos de leitura que chamem a atenção dos alunos e façam com que eles se sintam interessados em ler, e passar a ter prazer em ler.

          Alguns métodos de leitura, como por exemplo, cantinho de leitura, feiras literárias, oficinas de leitura, entre outros já puderam constatar grandes avanços na prática de alguns professores. Nas oficinas de leitura o professor terá a oportunidade de ver como cada leitor comporta-se. O modo como cada um lê, sua interação com os demais enquanto leem o material, e as trocas de impressões. Carneiro (2002, p. 66) acrescenta que,

Os rituais de leitura nos mostram que cada texto, palavra ou linguagem, é um recorte no plano mais amplo da linguagem, e pede uma leitura específica. A questão torna-se mais complexa quando levamos em conta os rituais de leitura individuais – o ritual de cada leitor – que extrapolam qualquer tentativa de classificação e que, justamente por isso, fazem mais atraente o debate sobre leitura e linguagens [...].

       

        Sabemos que cada leitor tem a sua interpretação quanto ao texto lido, por isso, é importante a socialização e discussão dos temas retratados na leitura. O professor pode solicitar o posicionamento da turma, tornando o conhecimento mais profundo. Oficinas de leitura deve sempre existir nas escolas, a fim de que os discentes possam se capacitar não somente para o letramento funcional, mas para exercer sua cidadania, pois segundo Paulo Freire (2000), leitura e escrita são meios de conscientização e transformação das realidades sociais. 

          Importante ressaltar que a leitura deve acontecer de maneira consciente e prazerosa, não imposta, como acontece muitas vezes. A escola, no geral precisa ter um espaço reservado para práticas de leitura que envolva: a contação de histórias; atividades de encenação ao teatro; rodas de leitura; lugar reservado aos livros escolhidos pelos alunos para serem lidos coletivamente, entre outros. Nesse sentido, as oficinas de leitura é um recurso que pode ser utilizado pelo professor para contribuir na formação leitora dos alunos.

              Diante do exposto, nós professores como mediadores do processo ensino aprendizagem, devemos seguir alguns critérios ao escolher determinado recurso. Segundo Haydt (2002), o primeiro passo é escolher um recurso que atenda aos objetivos, ao conteúdo que será dado, como também saber como será desenvolvido com os alunos e principalmente que atenda aos seus interesses e necessidades; um segundo critério seria escolher um recurso que atenda à função que se quer atingir; deve ser também simples, fácil de manejar ter uma boa qualidade e exatidão e devem ser atrativos para que possa despertar nos alunos a curiosidade.

Por fim, percebe-se que o material didático tem grande importância no processo de ensino e aprendizagem, pois, ele facilita, aprimora o trabalho do professor, como também é bastante significativo em sua prática pedagógica. Porém, é importante que o educador possa compreender que não deve usá-lo como um produto único e acabado e sim como um apoio complementar ao processo de ensino e aprendizagem, tornando a construção do conhecimento mais inovador, atrativo e dinâmico.

Por isso, nós educadores não podemos mais deixar de ter um olhar mais aberto a esses recursos e usá-los em nossas aulas para que elas sejam mais proveitosas e que para o ensino se torne mais significativo.

 

2.3 Recursos Didáticos - destaque para a inserção das novas tecnologias no ensino aprendizagem de Língua Portuguesa

Com o desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação, o século XXI encontra-se ancorado na revolução tecnológica e é evidente que a educação também é atingida por esse avanço. Esse contexto exige novas formas de construir o conhecimento e a inserção de novos recursos didáticos relacionados às novas tecnologias, constitui-se uma necessidade e um desafio para a Escola e para o educador.

São evidentes os benefícios da tecnologia no campo educacional, ela pode ser utilizada das mais variadas formas auxiliando o educador em sua metodologia de ensino o que concorrerá para a motivação do aluno em sala de aula, favorecendo para a efetivação da aprendizagem. No entanto, Moran (2004) faz uma alerta sobre os cuidados que se deve ter com relação às informações que chegam até nós por meio dos vários suportes, seja pelos jornais, TV, revistas, folhetos, propagandas, rádio. O autor destaca a importância de se fazer escolhas significativas diante da variedade de informações.

ensinar e aprender exige hoje muito mais flexibilidade espaço-temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdo fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação. Uma das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, a variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos, menos engessados. Temos informações demais e dificuldades em escolher quais são significativos para nós e em conseguir integrá-las dentro da nossa mente e da nossa vida (MORAN, 2004, p. 29).

            Isso se aplica a internet, a utilização do computador interligado a internet que possibilita ao aluno acessar diversos conteúdos, se constitui como um dos meios que nos fornece uma rede vasta de informações e que requer certo cuidado quanto ao seu uso. Neste sentido, o direcionamento do professor é essencial. Este entra como mediador, direcionando os alunos para aquilo que é mais significativo, possibilitando também uma aprendizagem significativa. É de extrema importância que o professor tenha atenção ao que seus alunos estão pesquisando, pois na internet nem tudo é confiável e aproveitável. Requer planejamento quanto ao uso desse recurso, para que o aluno alcance resultados satisfatórios, como podemos verificar na fala de Gasperetti (2001, p.47):

A quantidade de informações, uma das vantagens da Internet, também constitui o seu maior defeito. Sendo um meio que se cria a partir da base, a Internet é caótica e não tem uma ordem lógica. O resultado pode ser nos perdermos nesse quase oceano de informações.

Os professores de Língua Portuguesa, convencidos de que a aula desta disciplina não pode mais ser concebida de maneira tradicional e, cientes das mudanças em relação ao ensino da língua, procuram mudar a metodologia de ensino, buscando inovar sua prática pedagógica.  Desta forma, os alunos ao invés de estudarem a Língua Portuguesa, vão aprender através da língua Portuguesa, pois a mesma deve ser a base para se aprender as outras disciplinas como a história, geografia, literatura, educação física, química, entre outras.

Citamos algumas indicações do uso da internet para fins didáticos. Um dos exemplos é a pesquisa. A partir do tema dado pelo professor, os alunos podem pesquisar o máximo de informações na internet.

Feita a pesquisa, esta deverá ser socializada em sala, cada aluno apresentando o que pesquisou. Outra possibilidade de uso da internet é a troca ou envio de e-mail entre professor e aluno. O aluno ao produzir um texto poderá contar com a ajuda do professor na correção e orientações para a reescrita do texto ou atividade.

A TV, DVD e o vídeo também são recursos tecnológicos que o professor pode lançar mão para o ensino de língua portuguesa, Um ótimo exemplo, para se trabalhar a leitura é o uso de filmes legendados. As legendas são capazes de recriar e transformar a realidade, aproximando o estudante da leitura. Daminelli (2010, p.71) esclarece que: quando bem utilizadas, as legendas assumem um papel essencial no processo de ensino-aprendizagem da leitura, de forma a promover a capacidade leitora do estudante. Desta forma, o uso de um simples filme legendado contribui de forma satisfatória para o processo de leitura, pois os alunos passam a ler e visualizar o que lêem.

          É evidente que o contexto atual exige mudanças constantes por parte do professor e da Escola. No entanto, a construção do conhecimento não deve está aliada somente à inserção das novas tecnologias, é essencial que o docente tenha consciência do seu papel de condutor e mediador neste processo, conforme adverte Kenski (2003):

É preciso considerar que as tecnologias – sejam elas novas (como o computador e a internet) ou velhas (como o giz e a lousa) – condicionam os princípios, a organização e as práticas educativas e impõem profundas mudanças na maneira de organizar os conteúdos a serem ensinados, as formas como serão trabalhadas e acessadas as fontes de informação, e os modos, individuais e coletivos, como irão ocorrer às aprendizagens (KENSKI 2003, p. 76).

Para que isso ocorra é de suma importância que o professor possa está sempre atualizado e que também possa dominar as tecnologias para saber quais informações e quais os melhores modos para adquiri-las. Porém, esta não é uma responsabilidade só do educador, mas de toda a Escola. É essencial que as secretarias de educação ofereçam cursos de formação, de atualização para que os profissionais se capacitem e possam adotar essas ferramentas em suas práticas docentes. Aliado a isto é necessário ações administrativas e pedagógicas para que se realize o trabalho docente. É sabido que as escolas muitas vezes não fornecem uma boa estrutura física, faltam materiais dos quais os professores necessitam, e isso acaba refletindo na prática pedagógica do professor.

Mesmo diante das dificuldades impostas pelo contexto cabe o esforço de todos que fazem a Escola na busca da inserção dos recursos tecnológicos, pois já não se pode pensar em uma educação melhor sem a inserção das novas tecnologias. Kenski (2003, p. 94) atenta para esta questão ao afirmar que: “Favoráveis ou não, é chegado o momento em que nós, profissionais da educação, que temos o conhecimento e a informação como nossas ferramentas como matérias-primas, enfrentem os desafios oriundos das novas tecnologias”.

Almeida (2002) ao discorrer sobre a importância do uso dos recursos tecnológicos como indispensáveis no cotidiano da escola e nas práticas educacionais, adverte sobre os desafios que o professor enfrentará ao pretender construir algo novo em sua prática docente, na escola e na sociedade. Para o autor:

É preciso ousar, vencer desafios, articular saberes, tecer continuamente a rede, criando e desatando novos nós conceituais que se inter-relacionam com a integração de diferentes tecnologias, com a linguagem hipermídia, teorias educacionais, aprendizagem do aluno, prática do educador e a construção da mudança em sua prática, na escola e na sociedade (ALMEIDA, 2002, p.73).

Portanto, o uso dos recursos tecnológicos, tendo como principal ferramenta, o computador, são bons aliados nessa difícil tarefa de educar e de socialização do conhecimento. Através dele o professor pode dispor das condições que são necessárias para os estudantes exercitarem a capacidade de procurar e selecionar informações, resolver problemas e aprender.

Então, faz-se necessária a discussão no que concerne a inserção das novas tecnologias no meio educacional, visto que hoje se fala muito em letramento digital, que vem criando um novo modo de enunciar, influenciando na escrita e na leitura. Desse modo, devemos realizar transformações no ensino para que os discentes não permaneçam distante dessa realidade. Conforme Soares (2002, p.53) “Letramento digital, é o status que uma pessoa adquire ao se apropriar da nova tecnologia digital e passa a exercer práticas de leituras e de escrita na tela, o que é diferente de uma prática no papel.

Nesse caso, é importante que a escola abra espaço para o letramento digital dos alunos frente aos variados textos que circulam na internet, a fim de que os alunos tenham acesso a outros métodos de prática de leitura.

           Diante disso, cabe aos educadores o enfrentamento. Para tanto, é necessário preparar-se para os novos desafios, vivenciar novas experiências, construir novas metodologias de trabalho, caminhos para se alcançar os objetivos exigidos por esta era tecnológica, ou chamada sociedade do conhecimento.

Dessa forma, torna-se necessário que as Escolas e os poderes públicos constituídos atentem para a importância da inserção desses recursos tecnológicos nas políticas públicas e práticas educacionais, pois, pesquisas mostram que os discentes têm facilidade em acompanhar e assimilar as novas tecnologias que lhes são apresentadas.

CAPÍTULO III :POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES QUANTO AO USO DOS RECURSOS DIDÁTICOS – DIZERES E FAZERES DOS PROFESSORES            

3.1 Os docentes – Caracterização e atuação profissional

         Após a elaboração do referencial teórico que serviram de base para a realização desta pesquisa, partimos para a análise e discussão dos dados objetivando compreender as possibilidades e limitações concernentes ao uso dos recursos didáticos no processo do Ensino e Aprendizagem dos alunos na disciplina Língua Portuguesa. Os resultados obtidos por meio da pesquisa de campo se deram por meio de questionário contendo 07 (sete) perguntas abertas e 15 (quinze) fechadas. O público escolhido foi professores que atuam na rede pública de ensino e na disciplina Língua Portuguesa. Dos inquiridos, 87% são do sexo feminino e 13% do sexo masculino. O quadro demonstrativo a seguir apresenta a caracterização dos pesquisados quanto à faixa de idade.

Quadro1. Caracterização dos sujeitos quanto a sua idade.

Faixa etária

20-30 anos

31-40 anos

Acima de 50 anos

Total

Quantidade de professores

06

07

02

15

Porcentagem (%)

40

47

13

100

          Verifica-se que 40% dos docentes estão na faixa etária de 20-30 anos, 47% de 31-40 anos e apenas 13% possui mais de 50 anos. Vê-se que o maior número de professores encontra-se na faixa de 31-40 anos, equivalendo a 47%. Este resultado pode ser atribuído ao fato dessa faixa etária encontrar-se em uma zona mediana da população brasileira, onde os profissionais buscam uma maior qualificação profissional e uma melhor qualidade de vida.

          Quanto à formação pedagógica dos professores, 25% possuem o curso superior em pedagogia, 58% Licenciatura Plena em Letras, e 17% pós-graduação. Pode-se atribuir que este baixo índice de professores com pós-graduação, é principalmente a falta de incentivo profissional e a inexistência de um programa específico para profissionais que atuam nesta área de ensino na região.

          Quanto ao tempo em que os professores lecionam, constatou-se que 40% têm de1 a10 anos de experiência profissional na educação, 40% de11 a20 anos, e 20% de 21-30 anos. Fazendo a correlação entre o tempo em que os docentes lecionam com sua idade cronológica, percebemos que os mesmos, possuem percentuais equivalentes, visto que os que têm idade entre 20-40 anos se encaixam nos docentes que lecionam de 1-20 anos. Isso mostra um número considerável de jovens inseridos no processo educacional, conforme apresentado no quadro abaixo:

Tempo de atividade profissional

 

1-10 anos

 

11-20 anos

 

21-30 anos

 

Total

Número de professores

6

6

3

15

Porcentagem (%)

40

40

20

100

Quadro 2 - Tempo de atividade profissional dos docentes.

 

3.2 Utilização dos recursos didáticos

 

Vimos que os recursos didáticos fornecem subsídios para que o processo de ensino torne-se mais dinâmico, visto possibilitar à participação interativa entre professor/aluno facilitando a aprendizagem. No ensino de Língua Portuguesa, estes mecanismos vem contribuindo para que as aulas sejam mais diversificadas, possibilitando a aprendizagem e despertando o senso crítico do aluno. Desta forma, cabe ao professor, mediante a disponibilidade dos recursos oferecidos pela Escola e das condições efetivas para a realização de seu trabalho docente, procurar utilizar os recursos didáticos adequados, a fim de facilitar o entendimento e assimilação do conteúdo que pretende abordar com seus alunos.

Neste sentido, procuramos identificar quais os recursos existentes na escola onde os professores trabalham e se todos os recursos oferecidos são utilizados.

As respostas à primeira pergunta mostraram que os recursos existentes na Escola são: quadro branco, livros didáticos, aparelhos de TV, som, data show, DVD, internet e computadores, no entanto, apenas 20% dos docentes afirmaram utilizar todos os recursos que a escola dispõe; 67% utilizam medianamente e 13% utilizam pouco, os recursos disponíveis, conforme demonstrado no gráfico abaixo.

 

GRÁFICO 1. Você utiliza de todos os recursos que a escola dispõe?

 

            Apesar de 67% dos professores terem declarado utilizar todos os recursos que a escola dispõe medianamente, uma das professoras pesquisadas deixou claro que nem sempre é possível utilizar todos os recursos que a escola dispõe, pois segundo ela “o acesso nem sempre é fácil, o material nem sempre é adequado e a preparação do professor nem sempre é suficiente” (M.U. D).

Não adianta a escola só dispor dos materiais, é preciso também que o acesso a esses recursos didáticos seja facilitado, para que os professores tenham a opção de escolher o material mais adequado a ser utilizado em dado momento, pois comumente observa-se que as escolas públicas possuem poucos recursos didáticos e alguns são precários. Além disso, há vários problemas, que foram enfatizados pelos docentes ao responderem o questionário, que acabam impedindo a utilização dos recursos, como por exemplo: a falta de incentivo, falta de orientação adequada quanto ao uso, vinda da instituição, quantidade de recursos limitada e a falta de manutenção dos materiais e equipamentos eletrônicos.

Procuramos saber quais são os recursos que os professores da disciplina Língua Portuguesa, utilizam com mais frequência em suas aulas. Constatou-se que 100% dos pesquisados utilizam mais o quadro branco e livros didáticos, o que concorre, para uma aula basicamente expositiva. Os recursos didáticos que também obtiveram uma porcentagem significativa foram a xérox de textos e o uso da internet (80%), seguido do uso de filmes (74%). O DVD, o computador e o data show com (67%) e o uso do som é utilizado por 60% dos professores. Quanto aos menos usados, temos os cartazes com (20%) e o retroprojetor utilizado por apenas (14%) dos inquiridos na pesquisa, conforme quadro demonstrativo:

Recursos Didáticos

Porcentagem (%)

Cartazes

20

Retroprojetor

14

Quadro branco

100

Xérox de textos

80

Livros didáticos

100

Televisão

67

Som

60

Filmes

74

DVD

67

Computador

67

Data show

67

Internet

80

Aula expositiva

100

Quadro 3. Recursos didáticos utilizados com mais frequência

            Analisando estes dados constatamos que os professores ainda adotam o modelo de ensino tradicional, pois 100% responderam que utilizam com mais frequência o quadro, os livros didáticos e a aula expositiva.  Neste sentido, a leitura que Libâneo (1999), faz sobre a utilização tão somente do livro didático, o giz e o quadro é a de que, desta forma, “os educadores utilizam os recursos didáticos apenas como apoio a aula expositiva na qual os alunos continuam sendo sujeitos passivos, que só escutam e decoram o que é transmitido”. Isso pode ser atribuído tanto aos professores que tendem a adotar métodos mais tradicionais de ensino como também ao modelo educacional estabelecido na escola.

            Segundo Hoehnke; Koch; Lutz (2005), “nos métodos de ensino tradicionais apenas se utiliza uma pequena parte da capacidade de aprendizagem humana”. A metodologia de ensino tradicional leva o aluno à imitação, a repetição do que o professor diz e isso é notado quando os alunos resolvem os exercícios, pois é onde os alunos repetem o que os professores disseram de forma mecanizada, fazendo com que os discentes construam sua aprendizagem somente a partir do que é transmitido pelo professor em sala de aula.

            Perguntamos aos professores se costumam diversificar os recursos didáticos a serem utilizados em suas aulas, concluímos que 34% costumam variar os recursos; 58% variam medianamente e, 8% dos pesquisados varia pouco.

            Os recursos didáticos fornecem subsídios para que os alunos possam assimilar o conhecimento de forma mais consistente. Dessa forma, quanto maior a diversidade de recursos que os docentes utilizarem, melhor para o processo de ensino com vistas à aprendizagem, pois se o estudante não consegue aprender determinado conteúdo a partir de uma metodologia, o professor tem a possibilidade de utilizar um novo método que pode fazer com que o aluno compreenda o que está sendo ensinado. Segundo Hoehnke; Koch; Lutz (2005) é preciso utilizar recursos que alcancem os cinco sentidos dos alunos. Nesse sentido, a diversidade de recursos didáticos existentes, oportuniza a aprendizagem através da estimulação desses sentidos. Para Sant’anna (2004), “O importante é que haja ensino e, consequentemente, aprendizagem, e para tal, é preciso que os cinco sentidos sejam estimulados”.

 

GRÁFICO 2. Você costuma diversificar os recursos a serem utilizados em suas aulas?

            Aliado a estas questões, somos sabedores de que, no mundo globalizado, já não é possível o ensino sem o uso de diferentes recursos didáticos, pois, além de inovadores são instrumentos que propõem mudanças significativas no processo de ensino e aprendizagem. E o professor, como mediador e facilitador do conhecimento, deve buscar meios para que seus alunos atuem de modo crítico e transformador na sociedade a qual estão inseridos.

            Portanto, não basta apenas reconhecer a importância e a necessidade de uso dos  recursos, é primordial que os professores saibam utilizá-los de forma adequada, como exemplo, o computador, data show, estes que requerem conhecimento quanto ao manuseio. Neste sentido, questionamos os professores sobre a facilidade e ou dificuldade em manejar ou utilizar as ferramentas e/ou recursos que a Escola dispõe. De acordo com o gráfico 8, constatou-se que 46% dos professores sabem muito como utilizar os recursos didáticos, 47% sabem medianamente, e 7% sabem pouco como utilizá-los, conforme demonstração abaixo:

 

 

                                          GRÁFICO 3: Sabe como utilizá-los?

Com relação a este aspecto, fazemos uma leitura positiva, visto que apenas 7%, sabem pouco como utilizar os recursos, principalmente os que apresentam um grau de dificuldade maior, como a utilização de um vídeo, de slides (Power point) ou outro recurso similar. Neste caso específico, os professores precisam se sentir motivados para tal fim, tanto para poder fazer uso deles na preparação e condução de suas aulas, bem como, para ajudar os alunos a também utilizá-los. Contudo, precisam familiarizar-se com eles, apoderar-se de suas potencialidades, e dominar os mecanismos de utilização. Abreu e Agrasso Neto (2000), diz que “é necessário primeiro que os professores estejam preparados, para que, então, eles possam começar um trabalho com seus alunos e a própria comunidade escolar”.

            Perguntado aos professores, qual a importância da utilização dos recursos didáticos no processo de ensino e aprendizagem, verificamos que a maioria ratificou a posição dos autores ao responderem que sua importância reside na possibilidade de diversificar metodologias de ensino, o que torna as aulas mais dinâmicas e diversificadas, motivando e facilitando, desta forma, o aprendizado dos alunos, conforme descreveu esta professora: “é importante sua utilização, pois, contribuem com o aprendizado, desta forma, os alunos tornam-se mais motivados para a aprendizagem” (V. F. L).

            Outro professor, ao ser questionado, apontou a importância da utilização dos recursos didáticos como estímulo a diferentes formas de aprendizagem, visto que os recursos instigam os aspectos: visual, auditivo, associativo e participativo dos alunos, essenciais à aprendizagem destes. Para este professor, “cada aluno aprende mais facilmente de uma forma. É preciso valorizar o uso de todas elas” (R. Q. L).

            Isto ratifica a posição de Souza (2007), onde o autor afirma que os alunos assimilam e compreendem o conteúdo a qual está sendo trabalhado, tendo a oportunidade de desenvolver criatividades e habilidades. Além disso, os recursos didáticos são de fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo da criança, como também possibilita ao aluno a oportunidade de aprender realmente o conteúdo de determinada disciplina de forma mais efetiva e marcante para toda sua vida.

 

3.3 Possibilidades de uso dos recursos didáticos no processo de Ensino e Aprendizagem

                

              Para uma melhor compreensão sobre o tema proposto, foi aplicado um questionário com os docentes da disciplina Língua Portuguesa para que os mesmos pudessem descrever a importância dos recursos didáticos na elaboração de suas aulas. A pergunta feita aos docentes foi: quais as possibilidades que os recursos didáticos podem oferecer ao ensino aprendizagem da Língua Portuguesa?. As proposições relacionadas a este questionamento foram: Utiliza a internet para preparar aulas e se atualizar na área; utiliza programas para complementar a discussão de conteúdos; as aulas se tornam mais significativas quando é utilizado um recurso diferente na sala de aula; recomenda aos alunos fazerem pesquisas para complementar os estudos e Costuma utilizar outros tipos de recurso. Quanto a primeira proposição, a utilização da internet para preparar as aulas e se atualizar na área verificamos que 40% utilizam muito a internet para preparar aulas e se atualizarem na área, 47% usa medianamente e 13% utilizam pouco. Como podemos ver no gráfico abaixo:

 

                                  GRÁFICO 4: Utiliza a internet para preparar aulas e se atualizar na área

            A partir dos dados obtidos, podemos perceber que o índice de professores que não utilizam a internet como um instrumento de apoio é muito pouco. Esse resultado é bastante relevante, visto que o uso da internet possibilita uma aprendizagem mais interativa que vem influenciando profundamente o trabalho nas escolas, preparando o indivíduo para um perfil de trabalho profissional que englobe a atividade em grupo. Para Cebrian (1999), o uso da internet representa um processo de construção, reconstrução e renegociação do conhecimento, que depende das partes envolvidas, que, por sua vez, representam vários centros decisórios em estado de constante interatividade, interconectividade e mobilidade.

Segundo Moraes (1997), é importante ressaltar que ensinar através da Internet pode-se atingir resultados significativos quando está “integrada em um contexto estrutural de mudança do ensino-aprendizagem, onde professores e alunos vivenciam processos de comunicação abertos, de participação interpessoal e grupal efetivo”. Contudo, devemos destacar que o uso das novas tecnologias e das redes sociais em excesso (Orkut, facebook, MSN, etc.), causa nos alunos influência no modo de falar, escrever, e na sua leitura, criando um processo constante de mudanças, inclusive na língua, sofrendo influência direta dos fatores extralinguísticos que dão origem a diversas variantes, como por exemplo, a linguagem virtual (Tudo é td; não é naum; você é vc; beijo é bjo). Nesse sentido, é importante lembrar o papel do professor, especialmente de Língua Portuguesa, que atua diretamente na alfabetização, na construção e formação dos educandos, devendo o mesmo conhecer que as variedades da língua hoje não são mais concebidas como erradas, isso irá depender do contexto de uso e da forma a qual será utilizada, cabendo a ele orientar os alunos a discernir sobre como aplicar as diferentes manifestações da língua. 

               Quando perguntados, se utilizam programas da Microsoft para complementar a discussão de conteúdos, constatou-se que 13% utilizam muito os programas da Microsoft, 54% utilizam medianamente e, 33% utilizam pouco.

 

GRÁFICO 5: utiliza programas da Microsoft para complementar exposição de conteúdos

           Dessa forma, os programas da Microsoft deverão ser utilizados como uma ferramenta auxiliar, que ajudarão aos professores a planejar/preparar suas aulas, de forma a melhorar a exposição do conteúdo, consequentemente os alunos acabam absorvendo melhor o que foi exposto. Esta tendência, aonde 54% dos professores utiliza programas da Microsoft como mecanismo de apoio para sua atividade profissional segue o raciocínio de Sobral (1999) quando afirma que a utilização desses programas facilita a tarefa do professor, como guia de aprendizagem, além de permitir que este, também, aprenda com o aluno.

Podemos então identificar diferentes tipos de trabalhos que podem ser desenvolvidos mediante o uso dos programas da Microsoft, contudo, cabe ao professor, orientar o estudo dos alunos para que estes possam atingir os seus objetivos, preparando-os para serem pesquisadores conscientes deste novo universo, para a metodologia utilizada é primordial como complementação aos estudos dos discentes. O uso de programas como o Power point, Word, jogos, etc, torna o aprendizado mais significativo, fazendo parte de um processo continuado de globalização do ensino. A partir do momento que o professor utiliza um recurso didático dentro da sala de aula, ele faz com que os alunos adquiram conhecimentos que estão mais voltados para sua realidade fazendo com que seja desenvolvido um tipo de aula diferente, mais prazerosa e dinâmica, é o que nos advertem Soares e Andersen (2011):

O professor que decidir por utilizar esta tecnologia em suas aulas, com certeza promoverá uma maior interação entre ele e os alunos e entre a disciplina e os discentes. Pois trazendo para dentro da sala de aula o objeto de motivação dos jovens, a aprendizagem tende a ser facilitada e prazerosa, misturando diversão e educação.

            Na sequência de nossos questionamentos, perguntamos aos professores se as aulas se tornam mais significativas quando é utilizado um recurso diferente na sala de aula. Sessenta por cento (60%) deles disseram que se tornam muito significativas, 33% responderam mediano e 7% não considera significativo. É o que traduz o gráfico abaixo:

 

GRÁFICO 6: As aulas se tornam mais significativas com o uso de um recurso

Com relação a este aspecto, verificamos um número significativo de docentes que consideram significativas a utilização dos recursos. Estes reconhecem que, estamos vivendo num mundo globalizado e não podemos permanecer na tradicionalidade, nem preservar práticas consideradas ultrapassadas no meio educacional.

            É consensual entre os autores que o uso de um recurso didático diferente para abordar o conteúdo acaba instigando o aluno a ser um sujeito ativo, participativo. Neste sentido Braga (2007) nos orienta que no momento em que se utiliza um recurso didático, acaba provocando no aluno uma motivação para a participação, como também desenvolve a capacidade de observação, aproximação com a realidade e permite a fixação de uma aprendizagem mais permanente.

Perguntamos aos professores se recomendam aos alunos fazerem pesquisas para complementar os estudos. Cinquenta e três por cento (53%) responderam que recomenda muito, 40% medianamente e 7% não recomenda.

 

GRÁFICO 7: Recomenda aos alunos fazerem pesquisas para complementar os estudos.

         Podemos perceber que a maioria utiliza este recurso metodológico o que consideramos de suma importância, não só como complementação dos estudos, mas como uma prática metodológica contínua, o que contribuí para que os discentes tenham um aprendizado mais consistente, oportunizando-os na aquisição do conhecimento acerca dos conteúdos que estão sendo trabalhados em sala de aula.

        Além disso, o aluno pesquisador passa a ser um sujeito que interage juntamente com o professor, ele acaba se tornando mais autônomo e participativo no processo de aprendizagem, pois, segundo Carnin, Macagname e Kurtz, (2008):

Ao possibilitar que os educandos colaborem na pesquisa, na elaboração de atividades e no ato da avaliação, entre outros, o professor estará contribuindo ao efetivo letramento de seus alunos e criando condições necessárias para ascender ao status de co-autor de sua aprendizagem, além de abrir sua sala de aula para o mundo.

           Nesse sentido o professor acaba colaborando não só para a aprendizagem do aluno, mas também para que ele se torne um sujeito crítico, participativo, dono de habilidades e criatividades que são concebidas através de um ensino que seja centrado na interação do professor com o aluno e vice-versa.

Dentre os recursos utilizados pelo professor o mais utilizado, são os audiovisuais, apontados por 67% dos pesquisados, seguido de 33% dos visuais conforme demonstra o gráfico 8.

 

                                       GRÁFICO 8: Costuma utilizar mais que tipo de recurso

Sem dúvida, a inclusão da mídia no contexto escolar favorece significativamente o aprendizado dos alunos, reconhecido ultimamente pelo professor. Este passou a repensar e aperfeiçoar suas metodologias de ensino, utilizando mais a TV, o DVD, o computador, data show, etc., rompendo dessa forma com os métodos tradicionais que hoje são considerados ultrapassados.

Nesse sentido, dentre os recursos disponíveis, o audiovisual se tornou um tipo de recurso indispensável no processo de ensino aprendizagem, pois, por intermédio dele o estudante tem maior capacidade de absorver uma determinada informação. Neste sentido Moran, (1991, p. 146), esclarece que,

Educar é procurar chegar ao aluno por caminhos possíveis: pela experiência, pela imagem, pelo som, pela representação (dramatizações, simulações), pela multimídia. É partir de onde o aluno está ajudando-o a ir do concreto para o abstrato, do imediato para o contexto, do vivencial para o intelectual, integrando o sensorial, o emocional e o racional.

 

Desta forma, segundo o autor, é preciso educar no sentido de se chegar ao aluno de várias formas, seja pelas imagens, pelos sons, pela representação, ou pelas dramatizações. Cabe ao educador ter um senso crítico no processo de escolher a forma mais adequada de mediar o conhecimento. Os recursos audiovisuais, por dispor de muitas opções é uma ferramenta a mais que deve está disponível nas escolas para que os educadores possam incrementar e inovar o processo de ensino aprendizagem, tornando-o mais eficaz e atrativo.

Percebe-se que os recursos didáticos fornecem muitas possibilidades para o professor criar metodologias novas, evitando que o cotidiano escolar não seja rotineiro e cansativo. Daí reside a importância dos recursos didáticos como um instrumento inovador, e como possível de acontecer no processo educacional.

3.4 Limites no Processo de Ensino e Aprendizagem

A utilização ou não dos recursos didáticos depende de vários fatores, estes acabam interferindo no processo do ensino e aprendizagem. Apresentamos aos professores algumas variáveis que consideramos que concorrem ou são limitantes quanto ao uso dos recursos. Os resultados obtidos referentes a estes questionamentos estão sintetizados no quadro abaixo:

                                                                                Variáveis %

                                       Questões          

Muito

Médio

Pouco

Nada

Q1: Você procura estar qualificado e capacitado na utilização de recursos didáticos?

80

13

7

0

Q2: Sua escola dispõe de materiais as quais necessita?

20

53

27

0

Q3: Os recursos existentes em sua escola são de fácil acesso?

40

47

13

0

Q4: Há cursos de atualização em sua área de atuação?

20

53

27

0

Q5: Você se sente motivada(o) e interessada(o) a inovar em suas aulas?

40

47

13

0

TABELA 4: Quanto às limitações ao ensino-aprendizagem

Quando perguntado se os docentes procuram se capacitar e qualificar para a utilização dos recursos didáticos (Q.1), 80% respondeu que procuram muito, 13% medianamente e 7% procura pouco.  A partir desses dados podemos perceber que atualmente os docentes, em sua grande maioria, estão procurando se qualificar para fazer uso dos recursos didáticos, isso é importante, visto que o papel do professor vem se modificando constantemente, e neste novo cenário, o educador deve ter mais do que uma formação, deve ter competência para utilizá-lo. Por essa razão, torna-se necessário que os recursos estejam mesmo a disposição dos professores, pois o auxiliará no planejamento de suas atividades e em situações que possam surgir no seu cotidiano. Dessa forma, Souza (2007, apud Costoldi, 2009) esclarece:

O professor deve ter formação e competência para utilizar os recursos didáticos que estão ao seu alcance e muita criatividade, ou até mesmo construir junto com seus alunos, pois, ao manipular esses objetos a criança tem possibilidade de aprender melhor esses conteúdos. Os recursos didáticos não devem ser utilizados de qualquer jeito, deve haver um planejamento por parte do professor, que deverá saber como utilizá-lo para alcançar o objetivo proposto por sua disciplina.

Nesse sentido, os docentes devem ter consciência de que os recursos didáticos não podem ser utilizados de qualquer maneira, é necessário que os professores sejam capacitados e se sintam preparados para utilizá-los, pois, uma utilização incorreta de tal instrumento pode fazer com que a aula seja desastrosa, não atingindo o seu objetivo.

            No que se refere a Q.2 da tabela 3, apenas 20% respondeu que a escola dispõe de materiais dos quais necessita; 53% responderam medianamente e 27% responderam que a escola disponibiliza de poucos materiais. No momento da aplicação desse instrumento, essa foi umas das limitações verificadas, a maioria dos inquiridos na pesquisa revelou que há uma grande indisponibilidade de uso dos recursos didáticos, os mesmos são limitados e que a escola também não possui estrutura física adequada para sua utilização, o que dificulta o processo de ensino aprendizagem. Isso ficou evidente na fala do professor o qual identificamos como professor 1: ”Uma das maiores dificuldades que tenho é com a pequena quantidade de recursos disponíveis, pois, o número não é suficiente e seu uso torna-se limitado”. Percebe-se que o trabalho do professor não é facilitado, neste sentido, a escola como um todo precisa assumir o papel de facilitadora. É necessário que haja investimentos para melhoria da qualidade e disponibilidade dos recursos didáticos, bem com da estrutura escolar.

            Quanto à estrutura física da escola, são quase unânimes as respostas de que elas não são preparadas, não possuem uma estrutura adequada para a implementação de recursos como: computadores, sala de vídeo, etc., como podemos verificar na resposta do professor 2: “A escola não dispõe de uma estrutura adequada para a implementação desses recursos didáticos”. Por vezes as escolas até possuem alguns recursos, porém, a estrutura da escola acaba desfavorecendo o seu uso devido ser inadequada.

            No tocante a Q.3 da tabela 3, constatou-se que 40% dos inquiridos disseram que os recursos existentes na escola são de fácil acesso, 47% revelaram que é mediana a acessibilidade e 13% ressaltou que é difícil o acesso a esses recursos. Diante do exposto, constatamos que o acesso aos recursos nem sempre é fácil, se tornando um problema a ser enfrentado pelos professores, pois, de nada adianta possuir os recursos didáticos, ter professores preparados, se o acesso não for favorável, pois há uma grande perda de tempo enquanto se prepara uma sala para a utilização de um vídeo ou para uma aula com o data-show. Porém, não se pode jamais deixar de utilizá-los, pois, eles ajudam de forma bastante satisfatória a prover um ensino dentro das necessidades atuais.

            Quanto ao Q.4, que questiona sobre se há cursos de atualização na área que o professor atua apenas 20% disseram que há cursos de atualização em sua área, 53% assinalaram médio e 27% responderam que há poucos cursos de atualização. Podemos concluir que uma porcentagem muito baixa declarou que há cursos de atualização em sua área de atuação. Esse fator acaba interferindo no processo educacional, pois, é essencial que os educadores possam se atualizar profissionalmente para que acompanhe o ritmo dos discentes. Para tanto, necessitam de formação e atualização constantes, visto que a função do professor é a de facilitar e mediar a comunicação, a reflexão, a colaboração e a dinâmica entre os indivíduos, fazendo com que sejam incentivados a ter uma postura de pesquisadores, por intermédio da troca de ideias e posições. Esses mecanismos, segundo Kenski (2001) favorecem as relações do sujeito social com o conhecimento, através da modificação da relação emissão/recepção, gerando uma relação dialógica e possibilitando a co-criação do conhecimento e de soluções criativas para as necessidades institucionais e educacionais.

           É importante frisar que há disponibilidade de cursos de atualização via internet, mecanismo que o professor pode lançar mão para fazerem cursos e se manterem atualizados, o que requer para isso disponibilidade de tempo e recursos para tal fim, diante das inúmeras atribuições requeridas pela profissão. Lira (2010) a internet fornece aos docentes cursos, livraria, revistas, troca de informações com membros de sua profissão que dão a oportunidade de se atualizarem, ou seja, de acompanharem o ritmo de sua profissão. Nesse sentido, o acesso dos professores a essa ferramenta é essencial, pois, para quem não tem acesso há cursos de atualização, esse é um excelente meio de se atualizar na profissão.

Perguntamos aos docentes, se eles se sentem motivados e interessados a inovar suas aulas (Q5). Quarenta por cento (40%) responderam que se sentem muito motivados, 47% revelaram que sentem medianamente e, 13% sentem-se pouco motivados. A motivação é o primeiro passo para se conseguir realizar o que se deseja, porém, no que condiz aos educadores, o discurso da grande maioria é que cada vez mais se sentem desmotivados, devido a vários fatores. Os mais apontados foram: desvalorização da profissão, baixo salário, alunos desinteressados em aprender, falta de estrutura física adequada da escola a qual lecionam. Diante disso, o que cabe aos educadores fazerem é lutar por melhorias na educação e por melhores salários para que através disso, os profissionais da educação possam se sentir mais incentivado na busca por melhores metodologias de ensino que envolva a utilização de recursos didáticos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

         

             Essa pesquisa pretendeu compreender as possibilidades e limitações do uso dos recursos didáticos no processo ensino aprendizagem, com vistas à aprendizagem dos alunos. Respondendo as questões de pesquisas delineadas inicialmente, podemos considerar que as Escolas pesquisadas, dispõem, apesar de uma quantidade limitada de alguns recursos didáticos, uns de uso tradicional, outros mais inovadores, entre eles: o quadro branco, antes quadro de giz; livros didáticos, xérox de textos, a internet, alguns recursos audiovisuais, tais como: filmes, DVD, computador, data show e som.  No campo das possibilidades, apontamos como positivo um número significativo de professores terem declarado utilizar os recursos disponíveis na Escola, mostrando dificuldade, especificamente com relação aos eletrônicos. No entanto, ficou evidente a insatisfação deles com relação a vários aspectos, considerados como fatores limitantes. Dentre eles, As reclamações recaíram sobre a quantidade limitada dos recursos. Os gestores, por sua vez, reclamam da não disposição dos professores em usá-los; outros da falta de estrutura da escola, da falta de tempo para preparação das atividades didáticas e por parte de alguns, por não conhecer ou saber manusear alguns equipamentos. Porém, muitos ressaltam a importância da utilização desses materiais paralelos as aulas e reconhecem que os mesmos fazem uma grande diferença quando é utilizado em suas aulas.

Verificamos ainda uma série de limitações quanto à utilização de recursos que requerem a inserção das chamadas “novas tecnologias”. As exigências do atual contexto exigem dos profissionais da educação atualização constantes para a utilização de metodologias diversificadas. Nesse sentido, entendemos que medidas de ordem estrutural e de gestão devem ser implantadas nas Escolas.  Os programas de formação continuada devem orientar metodologias que possam estimular e incentivar os docentes para que utilizem todos os recursos didáticos que a escola dispõe, pois, a utilização desses fará com que os educadores construam uma prática pedagógica baseada na investigação, encaminhando o aluno para a pesquisa e para a análise crítica dos conteúdos, possibilitando assim um ensino mais dinâmico e eficaz e, consequentemente, uma aprendizagem mais significativa.

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