RECEPTIVIDADE DO ESTIGMA E VIABILIDADE DO PÓLEN EM FLORES DO ARAÇA DO CAMPO (Psidium guinnense Sw., Myrtaceae) Jacimar Berti BOTI 1; Brayan Ricardo de OLIVEIRA 2;Hediberto Nei MATIELLO1 Cirlei Pereira Guss MATIELLO. 3. 1. Professor do IFES-Campus Santa Teresa; 2. Estudante de pós-graduação do ESFA; 3. Mestrado em Biologia Celular e Estrutural-UFV.

INTRODUÇÃO
O araçá do campo pertence à família Myrtaceae, encontrando-se em estado nativo nas pastagens e margens de estradas de quase todo o Brasil. É um arbusto com altura entre 2 a 3 metros. Apresenta potencial comercial para indústria alimentícia e medicinal. Seus frutos são bagas ovóides, amarelados e ricos em vitamina C. O florescimento ocorre de três a quatro vezes ao ano, com picos em épocas de menor pluviosidade. Suas flores são brancas e axilares, ricas em pólen. É excipiente a produção científica acerca da polinização de araçá do campo. O presente trabalho objetivou verificar a receptividade do estigma e a viabilidade do pólen dessa espécie.

MATERIAL e MÉTODOS
Foram selecionadas cinco plantas adultas em pastagem no campus do Instituto Federal de Educação de Santa Teresa/ES (19° 48?S e 40° 40?W). Entre os dias 16 e 20 de agosto de 2010, verificou-se o período de receptividade do estigma utilizando-se peróxido de hidrogênio a 3% (Dafni, 1992). O botão central do dicásio foi selecionado para os tratamentos . Foram utilizadas três flores de cada indivíduo na pré-antese, 10 na antese, cinco flores em cada um dos intervalos de 4, 10, 18, 24 e 30 horas após antese.
Para verificação da viabilidade do pólen, utilizou-se a metodologia de Radford et al. (1974). Foram ensacadas três flores de cada indivíduo na pré-antese, das quais 20 anteras foram utilizadas em cada fase de abertura floral. As anteras foram maceradas em lâmina com carmim acético na pré-antese, na antese e nos intervalos de 4, 10, 18, 24 e 30 horas após antese. Com auxílio de microscópio, o pólen foi observado ao acaso.

RESULTADOS e DISCUSSÃO
Verificou-se que o estigma estava receptivo desde a pré-antese até 24 horas após abertura floral; entretanto, no momento da abertura da flor registrou-se maior receptividade, corroborando com os dados obtidos em Psidium guajava L. por Singh & Sehgal (1968) e Boti (2001).
O pólen apresentou-se viável desde a pré-antese até 10 horas após a antese, com maior viabilidade no momento da abertura da flor.

CONCLUSÃO

O estigma apresentou maior receptividade e o pólen maior viabilidade no momento da abertura floral ;

Referências Bibliográficas:

BOTI, J. B. 2001. Polinização entomófila da goiabeira (Psidium guajava L., Myrtaceae): Influência da distância de fragmentos florestais em Santa Teresa, Espiríto Santo. Viçosa-MG:UFV, 2001, 56p. Dissertação (Mestrado em Entomologia), Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.

Dafni, A. 1992. Pollination ecology: a practical approach (the practical approach series). New York, Oxford: University press. 250p.

Radford, A.E, Dickison, W.C, Massey, J.R., Bell, C.R. 1974. Vascular Plant Systematics. Harper & Row Publishers, New York. 891pp.
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