Raios X e Câncer

Toda vez que uma pessoa se submente a um tipo de exame que utilize radiação ionizante, ela está adquirindo uma probabilidade de desenvolver um câncer no futuro. Mas calma... essa probabilidade depende diretamente da modalidade de exame (radiografias, tomografias ou procedimentos de intervenção, por exemplo). Essa dependência se explica pelo fato da energia emitida pelo equipamento, assim como o tempo de emissão da mesma, variar de uma modalidade para outra. Por exemplo, num exame de raio X de tórax, o tempo de exposição é em média 0,2 s, já uma tomografia de tórax pode ter uma exposição de raio X em média de 6 s.

É intuitivo que, quanto maior o tempo de exposição, maior a probabilidade dos raios X interagirem a nível atômico e molecular, podendo culminar, a médio ou a longo prazo, em câncer. Vale lembrar que a repetição de exames aumenta essa probabilidade. Portanto, questione se pedirem para ter repetição de exame.

    Basicamente, o que diferencia um exame do outro, em termos de energia que atravessa o paciente, são três parâmetros indispensáveis a qualquer equipamento que emita raios X: Primeiro: a tensão do tubo, responsável pelo energia dos raios x, dada em kVp, ou kilovoltagem de pico. Quanto maior o kVp, mais energético e mais penetrante são os raios X. Segundo: a corrente, ou mA, que diz respeito ao fluxo de elétrons que produzirão os raios X. Quanto maior a corrente, mas mantendo o tempo constante de exposição, maior a intensidade de raios X produzidos. Terceiro: o tempo de exposição, geralmente medido em segundos, que é o tempo de produção dos raios X.

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