" Drogas, Tô Dentro"
Publicado em 02 de agosto de 2010 por Aloisio Trancoso
O que é ético, ou não, depende de um modelo definido pela sociedade. Esta sociedade é dividida em grupos e estes subdivididos em grupos ainda menores. Em cada formação de um novo grupo haverá um novo conceito de ética. A ética acompanhará esta ramificação até que se chegue a um grupo com um número mínimo de pessoas com a mesma definição de ética.
O objetivo deste não é definir o que é ético ou não, mas sim ter um entendimento de como a mente humana se afasta do que é considerado antiético. O ser humano tende a afastar-se do negativo, não pela consciência do mal que ele nos traz, mas sim por um conceito social, ou seja, um conceito ético.
"Drogas, Tô Fora", é muito perigoso, pois é um conceito que está permeado pela ética. Desta forma a pessoa tenderá a afastar-se das drogas, criando conflitos mentais do que é ético (consciência) versus do que não é ético (inconsciência).
Estar dentro das drogas não significa ser um usuário, mas sim ter consciência de sua existência, dos benefícios e malefícios. Um neurologista, um cientista ou um psicólogo pode estar totalmente dentro das drogas, o que não quer dizer que seja usuário.
Existem dois tipos de "Tô Fora": Tô Fora porque isto não me atinge, tenho força de vontade, ou, "Tô Fora" porque é maléfico (antiético). As duas formas citadas _ o excluir ou o criticar _ cria uma falsa proteção. Em depoimento de adictos notamos que em algum momento, o mesmo esteve Fora por "criticar" ou "excluir-se".
"Drogas Tô Dentro" significa saber que tenho potencial suficiente para ser um usuário; significa saber que meu filho ou outra pessoa muito querida tem este mesmo potencial para ser um usuário, ou, até mesmo; significa saber que qualquer outro ser humano, adicto ou não, pode precisar de você.
Dois exemplos de como os pais podem dialogar com os filhos sobre drogas:
"Drogas Tô Fora" _ ...quando alguém lhe oferecer, nunca aceite. As drogas são a maior desgraça para o ser humano, destrói a dignidade, felicidade, alegria, a saúde. Vai te levar para o fundo do poço. Os teus amigos que hoje lhe oferecem drogas te abandonarão quando você estiver na pior...
O diálogo acima não traz contradições, mas devido à questão ética não demonstra toda a verdade. Todo e qualquer ato negativo, acontecido por acidente ou por vontade própria, traz um ganho positivo. Assim, no uso de drogas, tem que haver algum ganho positivo, e este ganho tem que ser considerado.
"Drogas Tô Dentro" _ ...as drogas são algumas das maravilhas do mundo. O estado alucinógeno deve ser (ou "é", se já experimentou) fantástico....Está é a parte em que as drogas lhe trazem um ganho positivo. ...as drogas lhe dão estes benefícios, mas em compensação lhe tiram a dignidade, a felicidade, a alegria e a saúde. As drogas realmente são muito boas, visto que o preço a pagar é a própria vida. A questão é: será que vale a pena? Quando chega a hora de pagar o valor exigido, a maioria dos usuários dizem não ter valido a pena...
Quando os pais não falam dos ganhos positivos em que as drogas trazem, oculta uma verdade que poderá causar danos para o filho que fará uso pela primeira vez. Todo e qualquer conceito negativo, que os pais tenham passado, quanto às drogas, se transformará, a nível inconsciente, em uma grande mentira. Isso ocorre porque a parte negativa não será evidenciada, pois ela depende de um tempo para que ocorra. Naquele momento, sendo a primeira vez, só existe o lado positivo, este trará os benefícios (prazeres) que as drogas proporcionam.
Como o ser humano tem, na maioria das vezes, a família como seu primeiro grupo social, o filho, ao ser "enganado" (entendimento do inconsciente), terá quebrado o princípio ético, adquirido de seus pais.
A linha que separa o conceito de drogas ilícitas de drogas lícitas é muito fina. Assim o conceito ético ou a lei, que gera esta linha, não pode ser o fator determinante de um ser humano "superior", ou "inferior".
Simplesmente "definir" conceitos não fará a diferença para a relação entre pais e filhos. "Drogas Tô Dentro" é uma forma de chamar a atenção para a necessidade do respeito pela inteligência daquele que desperta para o mundo. Este relacionamento será mais verdadeiro e haverá mais reciprocidade .
O objetivo deste não é definir o que é ético ou não, mas sim ter um entendimento de como a mente humana se afasta do que é considerado antiético. O ser humano tende a afastar-se do negativo, não pela consciência do mal que ele nos traz, mas sim por um conceito social, ou seja, um conceito ético.
"Drogas, Tô Fora", é muito perigoso, pois é um conceito que está permeado pela ética. Desta forma a pessoa tenderá a afastar-se das drogas, criando conflitos mentais do que é ético (consciência) versus do que não é ético (inconsciência).
Estar dentro das drogas não significa ser um usuário, mas sim ter consciência de sua existência, dos benefícios e malefícios. Um neurologista, um cientista ou um psicólogo pode estar totalmente dentro das drogas, o que não quer dizer que seja usuário.
Existem dois tipos de "Tô Fora": Tô Fora porque isto não me atinge, tenho força de vontade, ou, "Tô Fora" porque é maléfico (antiético). As duas formas citadas _ o excluir ou o criticar _ cria uma falsa proteção. Em depoimento de adictos notamos que em algum momento, o mesmo esteve Fora por "criticar" ou "excluir-se".
"Drogas Tô Dentro" significa saber que tenho potencial suficiente para ser um usuário; significa saber que meu filho ou outra pessoa muito querida tem este mesmo potencial para ser um usuário, ou, até mesmo; significa saber que qualquer outro ser humano, adicto ou não, pode precisar de você.
Dois exemplos de como os pais podem dialogar com os filhos sobre drogas:
"Drogas Tô Fora" _ ...quando alguém lhe oferecer, nunca aceite. As drogas são a maior desgraça para o ser humano, destrói a dignidade, felicidade, alegria, a saúde. Vai te levar para o fundo do poço. Os teus amigos que hoje lhe oferecem drogas te abandonarão quando você estiver na pior...
O diálogo acima não traz contradições, mas devido à questão ética não demonstra toda a verdade. Todo e qualquer ato negativo, acontecido por acidente ou por vontade própria, traz um ganho positivo. Assim, no uso de drogas, tem que haver algum ganho positivo, e este ganho tem que ser considerado.
"Drogas Tô Dentro" _ ...as drogas são algumas das maravilhas do mundo. O estado alucinógeno deve ser (ou "é", se já experimentou) fantástico....Está é a parte em que as drogas lhe trazem um ganho positivo. ...as drogas lhe dão estes benefícios, mas em compensação lhe tiram a dignidade, a felicidade, a alegria e a saúde. As drogas realmente são muito boas, visto que o preço a pagar é a própria vida. A questão é: será que vale a pena? Quando chega a hora de pagar o valor exigido, a maioria dos usuários dizem não ter valido a pena...
Quando os pais não falam dos ganhos positivos em que as drogas trazem, oculta uma verdade que poderá causar danos para o filho que fará uso pela primeira vez. Todo e qualquer conceito negativo, que os pais tenham passado, quanto às drogas, se transformará, a nível inconsciente, em uma grande mentira. Isso ocorre porque a parte negativa não será evidenciada, pois ela depende de um tempo para que ocorra. Naquele momento, sendo a primeira vez, só existe o lado positivo, este trará os benefícios (prazeres) que as drogas proporcionam.
Como o ser humano tem, na maioria das vezes, a família como seu primeiro grupo social, o filho, ao ser "enganado" (entendimento do inconsciente), terá quebrado o princípio ético, adquirido de seus pais.
A linha que separa o conceito de drogas ilícitas de drogas lícitas é muito fina. Assim o conceito ético ou a lei, que gera esta linha, não pode ser o fator determinante de um ser humano "superior", ou "inferior".
Simplesmente "definir" conceitos não fará a diferença para a relação entre pais e filhos. "Drogas Tô Dentro" é uma forma de chamar a atenção para a necessidade do respeito pela inteligência daquele que desperta para o mundo. Este relacionamento será mais verdadeiro e haverá mais reciprocidade .